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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Companhia nacional perde espaço no KC-390

Concepção artística do KC-390

O programa de desenvolvimento e produção do novo cargueiro militar KC-390 já criou cerca de mil oportunidades de trabalho dentro da Embraer, entre novos contratados e funcionários que foram remanejados de outros programas, diz o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar. Mas para os fornecedores locais, as oportunidades têm sido pequenas.

"O KC-390 é um projeto mobilizador de recursos. No pico do desenvolvimento, em meados de 2013, acreditamos que 7,8 mil pessoas venham a fazer parte desse programa no Brasil", afirmou.

Além da geração de novas tecnologias e formação de recursos humanos especializados, Aguiar destaca que a aeronave tem potencial de US$ 18,7 bilhões em exportações nos próximos 20 anos, o que representará a geração de um saldo líquido da balança comercial da ordem de US$ 9,4 bilhões.

"Nas fases de produção e desenvolvimento o KC-390 deverá gerar um total de 3,4 mil empregos diretos e 17 mil indiretos, algo em torno de R$ 6,8 bilhões", disse o executivo.

Aguiar admite, no entanto, que apesar de existir um esforço da Embraer e do governo para o adensamento da cadeia produtiva, a participação da indústria nacional no programa do KC-390 se dará de forma mais efetiva na fase de produção. "Tem muito pouco dessa cadeia conosco na fase de desenvolvimento. Quase nada é feito no Brasil", afirmou.

A Embraer informou que oito empresas brasileiras ou com operações no Brasil estão envolvidas hoje no desenvolvimento do cargueiro, como a AEL Sistemas, controlada pelo grupo israelense Elbit; a Eleb, uma empresa da Embraer; LH Collus e Aerotron. Na área de engenharia foram contratadas as empresas Aernnova e Alestis, de origem espanhola; a Sobraer, do grupo belga Sonaca; e a Akaer, criada por ex engenheiros da Embraer.

No programa de desenvolvimento do caça AMX, considerado uma das bases mais importantes para o desenvolvimento dos jatos que levaram a Embraer a liderança mundial no segmento de aviação regional, segundo o Valor apurou, houve um envolvimento mais amplo da indústria nacional em todos os sistemas críticos do produto. "No caso do KC-390 o envolvimento mais pesado se dará na área de aeroestruturas", comentou uma fonte.

Fontes do setor comentam que um envolvimento maior da cadeia nacional no desenvolvimento do KC-390 era a grande oportunidade que as empresas teriam para evoluir e reduzir a dependência da Embraer, capacitando-as para se tornarem fornecedoras de nível global.

Na fase de produção do KC-390, de acordo com as fontes consultadas, a cadeia continuará fornecendo peças usinadas e serviços, atividades consideradas de baixo valor agregado. "Até o projeto do ferramental do KC está sendo feito fora do país. Para a indústria nacional só resta cortar ferro e metal", afirmou uma das fontes ouvidas pelo Valor.

Para o gerente do Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista (Cecompi), Agliberto Chagas, o grande problema do baixo índice de participação da indústria nacional na fase de desenvolvimento do KC-390, que envolve maior valor agregado, é que as empresas não tem capacidade financeira para suportar o risco de desenvolvimento do programa, devido às dificuldades para apresentar garantias para conseguir um financiamento.

"Falta acesso a capital para investimento competitivo com garantia e fundo de aval". O BNDES, segundo ele, exige, além das garantias reais, o balanço contábil auditado. O banco chegou a disponibilizar um crédito de R$ 200 milhões para as empresas da cadeia, mas como existe a dificuldade das garantias, não houve tomador e o prazo para solicitar os recursos se encerra em março de 2013.

O chefe do Departamento de Exportação do BNDES, Márcio Migon, disse que o banco tem se esforçado para ajudar as empresas da cadeia, mas que o setor também precisa ser mais pró-ativo e empreendedor.

A especialista em projetos na área aeronáutica da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Cynthia Mattos, disse que o governo vem trabalhando em algumas medidas que deverão aumentar a competitividade da cadeia, tendo em vista a necessidade de se fortalecer o conteúdo de engenharia e de desenvolvimento básico do setor.

"No longo prazo todos esses programas mobilizadores e de aumento da capacidade empresarial e tecnológica da cadeia vão permitir que outras oportunidades surjam e não sejam perdidas como aconteceu no KC-390", comentou.

O presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), Walter Bartels, disse que instrumentos como o regime especial de tributação para a indústria aeronáutica (Retaero), embora se proponha a reduzir a carga fiscal efetiva do setor, não tem sido muito utilizado pelas pequenas empresas. "O acesso aos benefícios do regime é complicado, porque exige mudanças na forma de executar os balanços financeiros das empresas para se adequar às exigências da Receita Federal", disse.

2 comentários:

  1. O Persas deram uma tecnológia de mísseis ultrapassada aos Palestinos,ou os mesmos ñ tinham os meios p os construir melhor, por causa do embargo; + de 89% foram destruidos no ar pelo sistema DAM dos judeuSS. Estão de parabéns.E isso e um ensaio p pegaream o Irã. Só q os Persas estão aperfeiçoando o sistema de mísseis deles p escapar do DAM dos judeuSS....Quem viver verá. Sds.

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    1. Agora eu vou lhe repreender: Eu não aceito em hipótese alguma que você mencione mais a palavra judeu de forma pejorativa nesse espaço, okay? Nem todo israelense é judeu, do mesmo jeito que nem todo judeu é sionistas. Você quer criticar os israelenses, então chame eles de sionistas.

      Os israelenses não abateram 90% dos mísseis palestinos. Não sei como alguém pode acreditar nessas falácias. E nem todos mísseis que os palestinos lançaram eram uma versão do Fajr-5. Ademais, o Fajr-5 não tem nada demais. Os iranianos repassaram o know-how de como fazer mísseis com alcance maior e com isso levar o medo para mais cidades israelenses. Na verdade, o Fajr-5 não se trata de um míssil, mas sim um foguete de artilharia já um tanto ultrapassado.

      Só pra acabar com a falácia sionista de que o Iron Dome falhou, é que os EUA irão dar mais dinheiro para melhorar, afinal falhou no última semana.

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