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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Heróis reivindicam monumentos

Dois projetos desenvolvidos por Oscar Niemeyer em 1987 para homenagear militares brasileiros que defenderam a pátria na 2ª Guerra Mundial até hoje não saíram do papel, embora tenham espaços destinados para a construção. Ex-combatentes buscam investidores

O presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB, Vinícius Vênus Gomes da Silva
Muitos deles morreram sem ver a capital do Brasil retribuir, em seus contornos, merecida homenagem aos que conseguiram regressar do front de batalha. Eles são veteranos e ex-combatentes da nação, soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que lutaram em solo europeu ou guardaram a costa brasileira de investidas de navios alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Para reverenciar o feito, dois projetos foram desenvolvidos pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1987, alimentando o imaginário e o coração desses bravos guerreiros, mas nunca executados pelo Governo do Distrito Federal (GDF).

Embora o Executivo tenha feito a doação de dois terrenos no Eixo Monumental, há mais de 10 anos, para a edificação das obras — Memorial Heróis da Pátria e Monumento à Força Expedicionária Brasileira (veja ilustrações) —, elas nunca saíram do papel. A falta de vontade política e a ausência de verba, segundo membros das entidades representativas dos soldados, foram as culpadas pela inércia, mas a Associação Nacional dos Veteranos da FEB, Seção Regional de Brasília, coordena um projeto para transformar o antigo sonho em realidade.

Além de levantar fundos para a construção das duas obras, a iniciativa visa reunir um acervo sobre fatos marcantes da história nacional, especialmente, sobre a participação do país em uma das maiores guerras da história. E, para conseguir o dinheiro necessário, os envolvidos no projeto vão arregaçar as mangas e guerrear em prol de um objetivo diferente do de outrora: buscar parceiros. A ideia é contatar empresas privadas e pessoas físicas interessadas em fazer doações.

Esperança
Mesmo assim, o presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB, Vinícius Vênus Gomes da Silva, tem esperanças em relação à sensibilização do governo e também ao envolvimento das autoridades na construção desses marcos históricos. “Em todos os outros países que participaram da Segunda Guerra Mundial, há monumentos que homenageiam os soldados. No Rio de Janeiro, foi construído um quando a cidade ainda era a capital do Brasil. Mas, na Brasília de hoje, não há nada que recorde os feitos da Força Expedicionária”, lamentou.

Filha de um ex-combatente da FEB, a arquiteta aposentada Cristina Soares abraçou a causa em favor da construção das obras. Ela é uma das mais engajadas nas ações em busca de recursos. No cargo de coordenadora do projeto, Cristina destaca a necessidade da preservação da história e da cultura dos povos. “Patrimônio não é apenas um resgate do que ocorreu, é a construção do que está por vir”, afirmou. “Nós, brasileiros, negligenciamos muito a nossa história, mas monumentos em homenagem a eventos importantes, como serão esses, suprem lacunas nesses âmbitos. Esse resgate tem de acontecer. Do contrário, há prejuízo para a geração de agora e para as próximas”, argumentou.

Procurada, a Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, por meio da assessora de imprensa, informou que recebeu os projetos recentemente das mãos dos ex-combatentes e, por conta disso, ambos ainda estão em processo de análise.

Contato
Para conhecer mais sobre a história dos soldados brasileiros que participaram da Segunda Guerra Mundial e sobre as obras projetadas por Oscar Niemeyer, os interessados devem entrar em contato com a Associação Nacional dos Veteranos da FEB, Seção Regional de Brasília, pelo telefone: (61) 3317-3204.

10 comentários:

  1. Quantos navios, submarinos, aviões e tanques de combate as "poderosas" forças armadas do Brasil enviaram para combater na Segunda Guerra Mundial? Basta esta pergunta para ver o que realmente foi a participação do Brasil neste conflito...

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    1. Desprezar a pequena participação brasileira na Segunda Guerra Mundial é infantilidade. Não faz muito tempo que eu assisti um documentário da RAI sobre nossos praças.

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    2. Infantilidade é fazer monumentos a "heróis" que foram absolutamente dispensáveis para o esforço de guerra...ou alguém acha que, sem a participação brasileira, os Aliados teriam perdido a guerra? Querem monumentos? Que se façam aos combatentes da Rússia, pois sem a participação da mesma, aí sim, os Aliados teriam perdido a guerra!

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    3. Se fossem dispensáveis, os americanos não teriam insistido em nossa participação e não teriam gastados muito dinheiro com nossos soldados. Soldados esses que foram elevados ao patamar de melhores da guerra, ao lado do soldado alemão e soviético.

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    4. Os americanos insistiram na participação brasileira por 3 razões: estabelecimento da base americana em Natal, trampolim para os combates na África; acesso a matérias primas essenciais para o esforço de guerra; levar ao fracasso a infiltração nazista no Brasil/América Latina, sempre considerada quintal dos americanos. Só isto! Quantos aos soldados, você sabia que o exército brasileiro teve enorme dificuldade em recrutar soldados dentro da faixa de peso especificada para o combate e com o número mínimo de dentes na boca? Sério! Pode pesquisar...grandes soldados estes, mal e mal não sendo magrelas desdentados...isto sem falar que inúmeros soldados sofreram/morreram de frio, pois o "inteligentíssimo" exército brasileiro enviou para o frio inverno italiano homens que sequer viram neve na vida e, o pior de tudo, sem agasalhos apropriados para o frio! E ainda querem monumentos? Faça-me o favor!

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    5. Eles poderiam estabelecer uma base em Natal somente pagando.

      Sofremos um pouco com o frio sim, mas isso se deu ao uniforme americano. Nas Ardenas os soldados americanos sofreram muito mais.

      Eu acredito que só alguém que lutou na Segunda Guerra Mundial pode contestar a facilidade de certos embates. Você nunca viveu uma guerra pra falar que ela foi fácil e que os pracinhas não merecem todas as homenagens possíveis.

      Muitos que ousam falar da FEB desconhecem a verdadeira história dos brasileiros na Segunda Guerra Mundial. Você sabia, por exemplo, que a FEB destroçou a 90. leichte Afrika-Division? Aliás, eles nem quiseram engajar, pois iriam ser aniquilados. Em apenas um dia, mais de 13 italianos e alemães foram feitos prisioneiros pelos brasileiros. Não sei se você sabe, mas a 90. leichte Afrika-Division era constituída de veteranas do front Africano e tinham uma vasta experiência em combate.

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    6. A FEB era para ser composta de um efetivo de 100.000 homens, mas pouco mais de 25.000 foram enviados...o restante faltante? Como disse, simplesmente não havia homens em forma física adquada ao combate! E falando da verdadeira história dos brasileiros na Segunda Guerra Mundial, sobre a tal 90. leichte Afrika-Division, dê uma simples pesquisada e verás que ela foi quase dizimada pela 1ª Divisão de Infantaria Canadense ao longo do rio Moro no final de novembro de 1943. Enfim, em setembro de 1944 ela foi considerada como destruída na luta de Bolonha...somente o que sobrou de rendeu à FEB em abril de 1945! Monumento? Que tal aos soldados canadenses que realmente a derrotaram?

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    7. O acordo inicial realmente era enviar à Itália cerca de 100 homens. Mas o governo brasileiro esbarrou na falta de voluntários.

      A 90. leichte Afrika-Division nunca passou perto de ser dizimada na África, de onde você tirou isso?

      Em maio de 1943 os suprimentos eram escassos no Afrika Korps e grande parte da 90. leichte Afrika-Division se rendeu na Tunísia.

      No episódio que você se refere, no Rio Moro, essa divisão já não mais existia, pois ela já estava na Itália sob o nome de 90. Panzer-Grenadier-Division.

      Deixe de ler a WIKIPEDIA e compre livros da Segunda Guerra Mundial.

      E é uma meia verdade que ela estava completamente destruída. E nem preciso lembrar que uma divisão militar varia de 10 a 30 mil homens e dentro de uma divisão há várias brigadas.

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    8. Michel Medeiros lembre o Anonymous que sem o 01(nosso honrado PQDT) o dia D seria um fracasso.

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    9. Capitão Roberto de Pessoa nosso primeiro Paraquedista.

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