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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Exportação pode ganhar impulso


Acima dois Embraer EMB 314 Super Tucano da FAB; A aeronave brasileira é um sucesso de exportação

A expectativa é que o novo impulso da indústria de defesa no país crie um efeito favorável sobre a balança comercial - principalmente porque o setor trabalha com bens de alto valor agregado. Tanto que a indústria aeronáutica é o único setor manufatureiro com superávit comercial, diz Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança.

De acordo com o Ministério da Defesa, em 2010, as vendas internas do setor foram de US$ 2 bilhões, as importações, no mesmo valor, e exportações, de US$ 1,5 bilhão. Segundo a assessoria da pasta, cerca de 40% desse valor são insumos, matérias-primas e equipamentos de bordo utilizados pelas Forças Armadas. Os números de 2011 ainda não foram fechados.

O mercado externo participa com 50% da receita da Embraer - a empresa toda, não só a área de defesa -, revela Aguiar, número que deve se manter nos próximos anos. Ele defende o desenvolvimento tecnológico do setor como estímulo às exportações de bens de alto valor agregado, para superar a tendência de vendas externas concentradas em commodities. É um modelo que já vem funcionando em países como Canadá e Austrália, que vendem trigo e carne em grande quantidade, mas também exportam produtos de alta tecnologia - sobretudo nas áreas aeronáutica e de telecomunicações.

Se o crescimento da indústria de defesa não é visível, o mesmo não se pode dizer das fabricantes de armas "leves". Pelos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em 2011 o saldo comercial dessa área cresceu 2,1%, chegando a R$ 258,5 milhões. As exportações foram de R$ 293 milhões, com queda de 8,9% em relação a 2010.

Entretanto, o crescimento do saldo comercial em uma década foi de expressivos 500%.

Com 65% a 70% das vendas concentradas na América do Norte, a Forjas Taurus espera expansão de 10% nas exportações para esse mercado este ano, diz Jorge Py Velloso, vice-presidente sênior da empresa. E nos demais mercados, de 10%.

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