Presidente de associação, porém, diz que Argentina e Reino Unido 'brincam com tragédia'
Dois soldados argentinos são feitos prisioneiros durante a Guerra das Malvinas |
"Não vai haver uma nova guerra, mas é muito ruim ver como ambos os governos, o da Argentina e o do Reino Unido, estão brincando com a nossa tragédia."
Assim resume a atual tensão pela soberania das Malvinas o veterano Juan Carlos Ianuzzo. O oficial aposentado da Marinha participou do desembarque argentino nas ilhas em 2 de abril de 1982 e hoje é secretario administrativo da Associação de Veteranos de Guerra das Malvinas.
"Essa troca de farpas é só retórica, ninguém quer ir de novo para a guerra. Nem nós, que temos certeza de que as Malvinas são argentinas."
Ianuzzo se refere à escalada de tensão entre os dois países nas últimas semanas. A Argentina levou, na última sexta-feira, uma reclamação às Nações Unidas pelo que considera uma "militarização" da região do Atlântico Sul. O governo argentino se refere às recentes movimentações inglesas na área.
O Reino Unido decidiu deslocar um poderoso barco de guerra e enviou o príncipe William ao arquipélago, para fazer exercícios militares como piloto de helicóptero.
A chegada do herdeiro real causou reação forte na Argentina. Por meio da Chancelaria, o governo repudiou que William estivesse nas ilhas com uniforme militar, e não como um chefe de Estado.
Na semana retrasada, o Reino Unido divulgou que um submarino se somaria às forças de defesa das ilhas. Atualmente, na base militar de Mount Pleasant existem mais de 2.000 soldados britânicos.
A Argentina exige que a determinação da ONU para que os dois países dialoguem sobre a soberania das ilhas seja cumprida. O Reino Unido não aceita negociar, pois respeita o princípio de autodeterminação dos "kelpers".
Nos últimos meses, os argentinos ganharam o apoio dos outros países do Mercosul e do Caribe.
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