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terça-feira, 12 de março de 2013

USAF defende Embraer em licitação


A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF por sua sigla em inglês) defendeu ontem sua decisão de conceder à Embraer e à sua sócia Sierra Nevada um contrato de US$ 428 milhões para a entrega de 20 aviões de ataque leve, apesar de enfrentar protestos da Beechcraft.

"Estamos confiantes que a decisão é bem fundamentada e que as propostas dos ofertantes foram total e justamente consideradas dentro do critério de avaliação", disse o porta-voz da Força Aérea americana, Ed Gulick, que não comentou a possibilidade de paralisar as encomendas.

A Beechcraft, conhecida anteriormente como Hawker Beechcraft, afirmou na sexta-feira que vai protestar novamente contra a decisão dos americanos.

Embraer e Sierra Nevada venceram em dezembro de 2011 um contrato de US$ 355 milhões para o fornecimento de aviões Super Tucano para serem usados no Afeganistão.

Mas a licitação foi suspensa após ser contestada pela Beechcraft. Uma nova licitação foi realizada e vencida novamente pelas duas companhias.

O novo protesto é o capítulo mais recente de uma saga sobre a aquisição de equipamento militar envolvida com política. Representantes brasileiros expressaram desânimo quando o primeiro contrato foi suspenso, e consequências políticas do caso também surgiram na campanha eleitoral presidencial dos EUA.

Ontem, Gulick disse que a escolha da Sierra Nevada e da Embraer envolveu um novo "time de avaliação, conselheiros internos e externos e uma nova autoridade para seleção".

Agora, o órgão do governo americano que supervisiona compras federais questionadas tem até 100 dias para decidir sobre o assunto.

A Beechcraft saiu de um processo de concordata no mês passado. A fabricante disse em um comunicado que a decisão da Força Aérea dos EUA coloca 1,4 mil empregos em risco no Estado do Kansas.

Na sexta-feira, Embraer e Sierra Nevada disseram que o Super Tucano será montado em Jacksonville, na Flórida - o que garantiria a manutenção de outros 1,4 mil empregos nos EUA. A Sierra Nevada tem 2,5 mil funcionários e a Embraer, 1,2 mil, só nos EUA.

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