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quarta-feira, 20 de março de 2013

Obama deveria visitar vilarejos para ver 'condições de vida', diz garota palestina


Não há bandeiras americanas às margens das ruas daqui, nenhuma faixa exibindo o logo oficial "Aliança Inquebrável" da visita do presidente Barack Obama, como a 11 quilômetros de distância, em Jerusalém. Em vez disso, dezenas de cartazes avisam o presidente a não trazer seu smartphone quando chegar à Cisjordânia, porque não há serviço 3G, uma das inúmeras queixas que os palestinos têm da vida sob a ocupação israelense.

Na maioria dos cartazes, o rosto de Obama foi pichado ou rasgado.

"É uma perda de tempo", disse Osama Husein, 38, que é dono de um novo café no centro, sobre a visita planejada de Obama aqui na tarde de quinta-feira (21), no meio de sua estadia de três dias em Jerusalém. "Quatro ou cinco horas aqui para nada. É apenas para aparecer, apenas para tirar algumas fotos ao lado de algumas crianças. Eu não vejo nenhum benefício."

Apesar de muitos aqui terem dito que se sentiram encorajados pelos primeiros discursos de Obama no Cairo e em Istambul e por sua exigência em 2009 para que Israel suspendesse as construções nos territórios da Cisjordânia que ocupou em 1967, eles se decepcionaram com seu distanciamento desde então do processo de paz estagnado.

Tanto donos de cafés quanto ativistas descrevem Obama como uma ferramenta de Israel, um refém do que chamam de "lobby judeu" nos Estados Unidos.

As declarações da Casa Branca nos últimos dias de que ele virá para escutar, em vez de oferecer um novo plano para solução do antigo conflito entre israelenses e palestinos, parece apenas ter piorado as coisas.

"Ele não pode ser apenas uma pessoa comum vindo ouvir --ele conhece a situação", disse Sam Bahour, um empresário e consultor palestino nascido em Ohio. "Nós já passamos do ponto de conversar. Se ele vem, diz coisas boas e não faz nada, isso causa dano."

Funcionários do governo Obama disseram que a principal meta da viagem é o presidente se conectar com o público israelense, principalmente por meio de um discurso marcado para a tarde de quinta-feira para centenas de estudantes universitários em Jerusalém.

Mas ele passará várias horas antes desse discurso reunido com o presidente Mahmoud Abbas e com o primeiro-ministro Salaam Fayyad da Autoridade Palestina, e visitando um centro jovem financiado pelos Estados Unidos. Ele planeja voltar à Cisjordânia na manhã de sexta-feira, para visitar a Igreja da Natividade.

Um legislador palestino, Ziad Abu-Amr, disse que Abbas deixará claro para Obama que ele voltaria à mesa de negociação com duas condições.

Uma é uma suspensão mútua de seis meses, na qual Israel interromperia a construção de assentamentos na Cisjordânia e os palestinos não usariam sua nova condição de Estado observador na ONU para apresentar queixas ao Tribunal Penal Internacional ou outras agências. A outra é um amplo acordo sobre as fronteiras, dividindo o território entre o Rio Jordão e o Mar Mediterrâneo segundo as fronteiras pré-1967, com algumas trocas de terras para acomodar os maiores assentamentos israelenses.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que considera as fronteiras de 1967 uma pré-condição inaceitável para negociações.

A viagem pode resultar em risco ou oportunidade para Obama.

"Se ele conseguir convencer os israelenses a sentarem à mesa e negociar, então os palestinos não irão a nenhum outro lugar --se ele não convencer os israelenses, Abu Mazen será forçado" a procurar as agências internacionais, disse Abu-Amr, usando o apelido do presidente palestino. "Se Obama voltar sem qualquer passo significativo visível que ressuscite o processo de paz ou dê esperança às partes, a visita poderia ser contraproducente."

Mustafa Barghouti, um membro do conselho central da Organização para a Libertação da Palestina, disse na manhã de terça-feira, em uma coletiva para os jornalistas estrangeiros, que estava decepcionado por Obama não se encontrar com os parentes dos prisioneiros palestinos ou por não visitar Hebron, onde ele veria os palestinos impedidos de entrar na Cidade Velha. Ele condenou a Casa Branca de "passividade" enquanto "o processo de assassinato da solução de dois Estados está em andamento diante de nossos olhos".

Berghouti e outros disseram que os palestinos realizariam manifestações durante a visita de Obama. Na tarde de terça-feira, um grupo de aproximadamente 50 manifestantes --facilmente superados em número pelos jornalistas estrangeiros e domésticos-- cantavam slogans antiamericanos e exibiam fotos de Obama com o slogan "Sem Esperança", enquanto tentavam marchar da Praça Manara, em Ramallah, até o gabinete de Abbas, conhecido como muqata.

Um segurava um cartaz dizendo: "Nós também temos um sonho".

As forças de segurança palestinas fizeram um cordão de isolamento para impedir que o grupo se aproximasse da muqata.

Não longe dali, na Fundação Jovem Al Bireh, que foi ampliada em 2010 com US$ 336 mil da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, operários passaram a tarde de terça-feira instalando uma cobertura na entrada, em preparação para a visita de Obama. Da rua do lado de fora, o assentamento israelense de Psagot pode facilmente ser visto.

Samiha Al-Abid, presidente do conselho da organização, disse que seis ou sete adolescentes que participaram de um programa de  computação se encontrariam com Obama e "conversariam com ele sobre como se sentem a respeito de seu futuro".

Primeiro, um grupo de 12 garotas realizará uma dança folclórica palestina chamada dapke.

"Eu sinto que ele entende o ponto de vista de todos", disse uma garota, Sandy Hamayel, 18, que estava no lado de fora do centro na terça-feira aguardando o ensaio. "Talvez ele possa fazer a diferença no lance da ocupação."

Ao ser perguntada sobre o que ela diria a Obama se tivesse a chance, Saada Amra, 14, disse: "Ele deveria visitar os vilarejos na Palestina para ver as condições de vida ali".

A amiga dela, Dana Itayem, 15, que vestia uma camiseta "Eu (coração) a Palestina", disse: "Eu ficaria nervosa demais para falar."

4 comentários:

  1. E podem acreditar, esse esperteleco do Obama=somebody love ainda ganhou o Prêmio Nobel Paz. Bom, depois q essa tal acadêmia da OTAN=Suécia deu o prêmio p/o Kissinger, resta saber qual que vale menos, o Imortal da OTAN=EUA=iSSrael que recebe ou a fantasia criada pela imprensa-empresa-judaica-ocidental. Aí Nobel deveria ter ficado só na Nitroglicerina que já estava muito bom.

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  2. Afinal p q serve a CIA (central internacional de atrocidades )pq? Oa Palestinos tem uma vida miserável, causada pelos judeuss ...Que atitude ele vai tomar? NENHUMA. Afinal, são à efígie da mesma moeda do satanás.Trágico.Sds.

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    1. OTAN = Organização Terrorista do Atlântico Norte

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  3. Se somarmos nessa foto as penas da justiça divina 10.000 anos de cadeia é pouco.

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