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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

China suspeita que britânico assassinado era espião

Gu Kailai, mulher de Bo Xilai, participa de julgamento em que foi considerada culpada de assassinato

A agência de inteligência externa da China, intitulado "Ministério da Segurança do Estado", suspeita que um empresário britânico foi um espião antes de seu assassinato no ano passado pelas mãos da esposa de um político sênior, de acordo com pessoas intimamente ligadas à segurança estatal chinesa.

O assassinato ainda é amplamente visto como decorrente de uma disputa financeira entre o empresário, Neil Heywood, e Gu Kailai, cujo marido, Bo Xilai, foi demitido do Politburo quando o caso explodiu como um dos maiores escândalos que afetou a liderança política da China em décadas. Mas as ligações da inteligência acrescentam outra subtrama atraente à morte de Heywood.

No último dia 6, o Wall Street Journal informou que Heywood teve encontros regulares com um oficial da agência de inteligência britânica MI6. O jornal disse que ele era um informante não remunerado, fornecendo informações sobre assuntos particulares da família Bo.

O governo britânico recusou-se a comentar sobre a reportagem do jornal, e um porta-voz indicou aos jornalistas uma declaração feita no início deste ano de que Heywood não era um funcionário do governo "de nenhuma forma".

Pessoas próximas ao ministério disseram que o Ministério da Segurança do Estado suspeitou que Heywood era um espião britânico, embora não tenha confirmado que ele trabalhou informalmente para o MI6.

Um pesquisador com ligações com Bo e com o ministério disse que Bo sabia das suspeitas oficiais do ministério antes da morte de Heywood, assim como outros líderes.

Separadamente, um analista político com ligações com a alta hierarquia do partido disse que Heywood estava na lista de vigilância do ministério, possivelmente havia anos, como resultado de seu relacionamento com a família Bo.

"Quando um funcionário de nível ministerial tem tais relações com um estrangeiro, ele definitivamente é supervisionado", disse o analista.

As suspeitas podem ajudar a explicar a paranoia crescente na comitiva da esposa de Bo. Heywood tinha laços comerciais com Gu e ajudou o filho do casal a se candidatar a escolas britânicas. Perto do fim, no entanto, Gu insistiu que seus amigos jurassem lealdade a ela.

Não está claro, entretanto, se Gu suspeitava que Heywood estivesse espionando sua família. O advogado de Gu disse que sua cliente nunca mencionou acreditar que Heywood era um espião.

"Eu nunca ouvi falar da família Gu ou de qualquer outra pessoa que Heywood tinha qualquer ligação com os departamentos de inteligência, como fonte ou espião", disse o advogado, Li Xiaolin, numa entrevista. "Nada que ligue Heywood ao trabalho de inteligência tampouco foi apresentado no julgamento de Gu."

Somando-se às questões sobre a importância da espionagem no caso, amigos disseram que Heywood tinha se afastado da poderosa família no ano anterior à sua morte em novembro de 2011. Ele também cultivava abertamente a imagem de ser um informante, dirigindo por Pequim num carro esporte com placa "007".

Os relatos variam quanto aos motivos por trás do assassinato de Heywood. Gu sustentou que ela estava tentando proteger seu filho. Segundo o testemunho apresentado em seu julgamento, Gu afirmou que Heywood a havia ameaçado por conta de um mau negócio imobiliário.

Em seu julgamento, em agosto, de acordo com notícias da mídia estatal, Gu admitiu ter envenenado Heywood depois que ele foi visitá-la em Chongqing, a cidade-estado que seu marido governava. Heywood vomitou depois de beber muito e pediu água. Gu admitiu ter dado cianeto de potássio para ele beber.

Inicialmente, a causa da morte de Heywood foi considerada como sendo um ataque cardíaco; uma investigação de assassinato começou depois que o chefe da polícia de Bo fugiu para o Consulado dos EUA de uma cidade próxima no início deste ano. Ele contou a diplomatas norte-americanos sobre suas suspeitas e forneceu provas da cumplicidade de Gu na morte de Heywood. Os diplomatas então informaram as autoridades britânicas.

Quando o assunto veio à tona em sites chineses e em reportagens da mídia ocidental, os oponentes de Bo dentro da hierarquia do partido conseguiram forçar sua demissão e arquitetar sua expulsão do Politburo. Ele era considerado como um concorrente fraco para ganhar uma posição no Comitê Permanente no congresso do partido, mas Bo era uma figura carismática e que reunia os céticos em relação às reformas de mercado da China.

Ele foi recentemente expulso do partido e enfrenta um processo criminal por acusações de corrupção, abuso de poder e obstrução da investigação sobre a morte de Heywood. Gu e o chefe de polícia, Wang Lijun, foram condenados à prisão.

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