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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Com postura conservadora, Partido Republicano não demonstra sinais de renovação


Na melhor parte do ano, o país sobreviveu, de alguma forma, sem uma bancada do Tea Party na Câmara dos EUA. O grupo que já ferveu de furor anti-governista ficou dormente no verão passado à medida que a popularidade do Tea Party despencava e sua líder, Michele Bachmann, esforçava-se para conseguir a reeleição. Dez membros da bancada perderam seus cargos em novembro. As críticas contra a liderança republicana na Câmara – sem mencionar ao presidente Barack Obama – se aquietaram.

Na semana passada, porém, a bancada do Tea Party organizou uma recepção para se "relançar" – um motivo para comemoração se você é um apreciador da desordem republicana. Já faz muito tempo que os membros da bancada promoveram o projeto de lei conhecido como "birther", lembrando o público do racismo e do nativismo que gira em torno da extrema-direita. E faz tempo que a bancada emitiu um orçamento à direita do de Paul Ryan – e à direita do bastante conservador Comitê de Estudos Republicanos – defendendo vários cortes que tornariam o atual sequestro parecer uma fantasia liberal.

Líderes republicanos da Câmara não podem estar felizes com este movimento. Eles vêm tentando renovar a imagem de seu partido, tornando-o mais palatável aos eleitores suburbanos que foram desestimulados pela estridência "vocês mentem!" da bancada. O projeto de lei de imigração que tramita agora no Congresso é um fruto desse esforço, mas os membros da bancada do Tea Party prometeram destruí-lo uma vez que chegue à Câmara.

O movimento da direita para minar os líderes na Câmara ficou evidente quando Eric Cantor, líder da maioria, retirou um projeto de lei que teria transferido o dinheiro do fundo de prevenção da lei de reforma da saúde para grupos de seguro de alto risco.

Cantor queria mostrar que a lei de reforma tem falhas mas que o seu partido ainda se preocupa com as pessoas pobres com condições de saúde pré-existentes. Os conservadores da Câmara, no entanto, só querem revogar a lei de saúde, e recusaram-se a votar em qualquer projeto de lei que apenas faça ajustes nela.

O Tea Party, ou o que resta dele, não tem interesse em reformular a imagem, e mesmo a presença de uma bancada menor exercerá um puxão ideológico sobre os republicanos menos radicais. Os eleitores moderados que talvez tenham imaginado que o Partido Republicano tinha deixado tudo isso para trás, deverão pensar novamente.

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