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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Combatentes na Síria também contam com jihadistas alemães


As autoridades de segurança da Alemanha acreditam que vários alemães se uniram aos radicais islâmicos nas linhas de frente da Síria. O que mais as preocupa são o treinamento e os laços que eles adquirem no exterior - e se vão continuar a "jihad" quando voltarem para casa.

A trilha de Ibrahim R. esfriou em março de 2013. O jovem da cidade de Pforzheim, no sudoeste da Alemanha, já tinha aparecido no radar da agência de inteligência interna alemã quando ele participou de demonstrações com outros salafistas. Mas então ele entrou em um ônibus rumo à Turquia e desapareceu. As autoridades suspeitam de que hoje esteja combatendo na Síria. A polícia conseguiu bloquear sua primeira tentativa de entrar na Síria com um grupo de extremistas muçulmanos. Mas agora ela o classifica entre aqueles que conseguiram chegar ou estão em trânsito para a Síria.

O caso de Ibrahim R. é um dos muitos movimentos precários seguidos de perto pelas autoridades de segurança alemãs. Embora fora da vista do público, a questão há muito tempo é tratada como uma prioridade doméstica. Em uma entrevista ao "Spiegel Online" na quinta-feira (26), o ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, confirmou oficialmente pela primeira vez que há "jihadistas" alemães na Síria. Friedrich expressou uma especial preocupação sobre "pedidos para que esses europeus treinados em batalha [na Síria] voltem para casa e prossigam com a jihad".

As descobertas das autoridades alemãs refletem o quadro geral das agências de inteligência internacionais, segundo o qual extremistas muçulmanos estão afluindo para a Síria com mais rapidez que qualquer outro lugar. Desde o início da revolução, em março de 2011, o país se tornou um campo de treinamento virtual para simpatizantes da Al Qaeda. Lá eles aprendem a usar armas e explosivos - e forjam laços perigosos com indivíduos de mentalidade semelhante do mundo inteiro.

As autoridades alemãs acreditam que 20 alemães estão atualmente combatendo na Síria. Alguns supostamente teriam levado suas mulheres para lá e viveriam diretamente nas linhas de frente. Em julho de 2012 o Departamento de Estado dos EUA estimou que entre algumas dúzias e cem jihadistas estrangeiros estariam combatendo na Síria. Mas um estudo recém-publicado afirma que esse número desde então cresceu para entre 2.000 e 5.500, e as principais autoridades contraterroristas da UE declararam que pelo menos 500 deles vêm de países europeus. Destes, alguns seriam imigrantes com passaportes europeus, enquanto outros são europeus nativos convertidos ao islamismo.
Salafistas alemães se mobilizam pela Síria

Há meses pregadores do salafismo, um ramo ultraconservador do islã, vêm defendendo na Alemanha a causa síria, mais que qualquer outra. Eles aparecem em grandes eventos beneficentes realizados regularmente, onde pedem doações para ajuda humanitária. Ao mesmo tempo, os pregadores não deixam dúvidas de que não se opõem aos muçulmanos que querem fazer mais que apenas doar dinheiro. "Nossos irmãos e irmãs no islã estão sendo mortos em todo o mundo porque são muçulmanos. Nossos irmãos e irmãs na Síria precisam de nosso apoio", disse o conhecido pregador salafista Ibrahim Abou-Nagie em dezembro. Para ele, a guerra civil na Síria faz parte de uma guerra global entre religiões.
Outro astro do cenário salafista na Alemanha pode já ter partido para a Síria: o rapper jihadista Denis Cuspert, mais conhecido entre seus fãs como Deso Dogg. Depois de fugir para a Síria por medo de ser preso, Cuspert teria feito várias tentativas de entrar na Síria juntamente com outros muçulmanos. As autoridades não podem confirmar se Cuspert já está combatendo na frente síria. Alguns meses atrás circularam rumores de que ele tinha sido morto durante uma luta em Aleppo. Desde então, porém, aparentemente restabeleceu contato com pessoas ligadas a ele na Alemanha.

As autoridades alemãs estão particularmente preocupadas com a capacidade de Deso Dogg servir como propagandista. Analistas dizem que um vídeo que ele fez antes de ir para a frente, no qual pediu que os muçulmanos vão combater na Síria, levou alguns membros hesitantes de seu entorno na Alemanha a seguir seu exemplo. Se ele começar a disseminar vídeos da Síria, as autoridades temem que o material possa ter um efeito ainda maior.

Os jihadistas internacionais demoraram muito antes de aderir à rebelião na Síria. De fato, foi só em fevereiro de 2012, quase um ano depois do início da revolta, que importantes figuras da Al Qaeda o mencionaram em público. Foi quando o chefe da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, disse em um vídeo: "Peço a todos os muçulmanos para ajudarem seus irmãos na Síria o máximo que puderem". Em março deste ano surgiu a primeira convocação à luta na Síria em alemão. Hajan M., que morou durante vários anos na cidade de Kassel, no centro da Alemanha, pediu aos alemães em um vídeo para se unirem à "guerra santa" na Síria.

Mais fácil ir à Síria do que ao Waziristão   
As autoridades de segurança alemãs estão seriamente preocupadas há vários meses com a capacidade de a Síria atrair jihadistas alemães. No final de 2012, Gerhard Schindler, diretor do serviço de inteligência exterior da Alemanha (BND), disse a um pequeno grupo de autoridades de segurança em Berlim que unir-se à rebelião contra o ditador sírio, Bashar  Assad, e ainda mais às brigadas do grupo extremista muçulmano Frente Al-Nusra, tornou-se muito mais interessante para combatentes voluntários do que viajar para a árida região montanhosa na fronteira do Afeganistão com o Paquistão. A Frente Al-Nusra é uma filial do ramo iraquiano da Al Qaeda, e o Departamento de Estado dos EUA diz que o grupo também está em contato regular com líderes da Al Qaeda no Paquistão.

Um dos principais motivos pelos quais jihadistas europeus e alemães estão seguindo para a Síria é simples: a viagem para essa frente é consideravelmente mais fácil do que para o Waziristão. Muitas pessoas que rumaram para campos terroristas dos taleban ou outros grupos militantes no Paquistão e no Afeganistão foram detidas no Irã e países vizinhos. Mas os combatentes voluntários na Europa podem, na maioria dos casos, voar para a Turquia sem visto. Do sul do país, é uma curta distância até a Síria, cuja fronteira é fácil de atravessar.


Diante do grande número de extremistas veteranos já presentes na região, as autoridades alemãs hoje acreditam que os jihadistas da Alemanha não tenham um papel de destaque na Síria. No entanto, elas notam que pelo menos uma parte dos fundos que os rebeldes estão usando para se armar e equipar vem da Alemanha. A polícia tem conhecimento, por exemplo, das frequentes viagens que Reda Seyam, natural de Berlim, tem feito à frente de batalha. Em cada vez ele teria carregado na bagagem vários milhares de euros em dinheiro coletado de membros de círculos radicais em toda a Alemanha.

O que mais preocupa os analistas alemães é a experiência que esses combatentes adquirem na Síria, assim como os contatos que fazem lá. Como foi o caso com o Afeganistão e o Paquistão, eles temem que esses combatentes convidados - especialmente diante da utilidade de seus passaportes para todos os planos terroristas - voltem para seus países natais ou adotivos na Europa com missões terroristas concretas. "Existe uma série de pessoas desiludidas", advertiu Hans-Georg Maassen, diretor do Departamento Federal para Proteção da Constituição, a agência de inteligência interna da Alemanha, algumas semanas atrás. "Precisamos ficar especialmente de olho nessas pessoas, já que elas podem estar voltando com conhecimentos para fabricar armas."

3 comentários:

  1. os eua e a auropa em geral so se darao conta que a guerra na syria descambara em seu quintal quando bombas explodirem em suas cidades,
    parece que os eua e particularmente a europa esquecem de sua historia,esquecem que a cia deu suporte militar,logistico e financeiro a AL QUAEDA,e anos depois eles se revoltaram e todo mundo sabe aonde foi parar,como bom nacionalista e conhecedor da historia eu digo que a historia da humandade se repete em ciclos,o furuto sera igual ao passado so que com mais poder,

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    1. Cara á questão é que EUA e Europa sabem muito bem disso que vc falou, esses caras só pensam em uma coisa chama-se DINHEIRO. A democracia criou a irresponsabilidade de não arcar com o futuro criado devido a saber q ficará no máximo 8 anos no poder e mesmo assim se for reeleito. Por ex; o Bush ferrou a economia dos EUA, quem arcou com uma economia quebrada? O sucessor dele, vc acha que o Bush e o grupo ligado a ele que ganhou rios de dinheiro da industria bélica e petrolífera para fazer guerras está preocupado com isso? Lógico que não. A mesma coisa pode-se dizer sobre todos os governantes europeus, eles pensam q se dane o futuro eu quero é encher o bolso agora. Pode parecer um pouco simplista, mais é a pura verdade.

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    2. Aonde foi parar os 200 bilhões de dólares que o regime líbio possuía no exterior, entre desvios, fundos estatais etc... que foram bloqueados? Com certeza não foi para o bolso dos bonecos de palito do CNT que surgiram no cenário líbio, isso sem contar todo o petróleo em jogo, multiplica por mais de 100 dólares quase 50 bilhões de barris de petróleo que a Líbia tem, esse pessoal que governa está nem ai se daqui uns 10, 12 anos vai ter bombas explodindo no ocidente como se tem nos países atacados, eles só querem grana e mais nada. Ai soma-se o apoio dos monarcas medrosos e capachos do oriente médio, os jihadistas estão adorando essa situação.

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