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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Provas de utilização de armas químicas na Síria são submetidas à ONU


Pelo menos uma vez armas químicas foram utilizadas na Síria. É o que afirmam diplomatas do Conselho de Segurança da ONU. "Temos provas sólidas" da utilização de projéteis com produtos químicos "de maneira esporádica", garantiu um deles, diante de jornalistas. Provas "muito contundentes" foram comunicadas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enfatiza um outro. No mesmo dia em Londres, os ministros das Relações Exteriores dos países do G-8 (grupo das sete economias mais desenvolvidas do mundo e a Rússia) de reunidos em cúpula lembravam que "qualquer recurso a armas químicas exigiria uma séria resposta internacional".

Há vários meses, vários países ocidentais, sendo o principal deles os Estados Unidos, disseram que o uso de armas químicas no conflito seria ultrapassar uma "linha vermelha", que poderia justificar o desencadeamento de uma intervenção armada internacional na Síria.

Pelo menos um projétil químico utilizado em meados de março
Segundo os ocidentais, pelo menos um projétil químico foi utilizado em meados de março no vilarejo de Khan Aassal, nos arredores de Aleppo. O tiro feriu vários soldados sírios, mas sua origem ainda não foi determinada. Teria sido um tiro perdido do exército regular ou um tiro proveniente dos rebeldes? Nada permite afirmar com certeza. Em compensação, britânicos e franceses dizem que dispõem de informações segundo as quais as forças sírias de fato utilizaram armas químicas contra os rebeldes, sobretudo no bairro de Al-Bayyada, em Homs, no dia 23 de dezembro de 2012. Nesse dia, uma arma química, cuja natureza ainda não foi estabelecida, teria provocado várias mortes e dezenas de casos de envenenamento.

A pedido de Damasco, certa de que o ataque de Khan Aassal teria sido perpetrado por rebeldes, Ban Ki-moon havia anunciado no dia 21 de março que a ONU abriria uma investigação sobre esse incidente. A França e o Reino Unido haviam pedido então que essa missão também se debruçasse sobre outros casos de possível utilização de armas químicas, imputadas ao regime, perto de Aleppo, de Damasco e em Homs.

Obstrução de Damasco
Três semanas mais tarde, a equipe da ONU, constituída de 15 especialistas "neutros" – originários de países nórdicos, latino-americanos ou asiáticos, mas nenhum dos cinco países-membros permanentes do conselho de segurança – ainda espera em Chipre que Damasco a autorize a se movimentar pela Síria.

Mas, desde que Ban Ki-moon pediu por um acesso "sem entraves" e exigiu que "todas as alegações" fossem verificadas, as autoridades sírias não quiseram mais ouvir falar nessa missão. "É lamentável que o governo sírio tenha recusado minha oferta de conduzir uma investigação" no local, declarou Ban Ki-moon, na última quinta-feira (11), após seu encontro em Washington com o presidente americano Barack Obama.

Em uma carta datada de 6 de abril, o ministro das Relações Exteriores sírio, Walid al-Moualem, explicou que a equipe da ONU devia iniciar sua missão em Aleppo e que ela estaria autorizada em seguida a se dirigir a Homs, se seu trabalho se revelasse "honesto" e "imparcial". "É melhor não ter investigação nenhuma do que uma investigação limitada a Aleppo", responde um diplomata ocidental, convencido de que esta poderia ser conduzida fora da Síria, recolhendo depoimentos de supostas vítimas de bombardeios por armas químicas que fugiram do país.

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