sexta-feira, 10 de maio de 2013
Hungria reluta em pagar para preservar Auschwitz
O historiador polonês Piotr Cywinski tem uma missão. O presidente da Fundação Auschwitz-Birkenau milita há quatro anos para convencer países do mundo inteiro, sobretudo aqueles enlutados pela Segunda Guerra Mundial, a participarem da preservação do local. Foi criado um fundo especial que precisa levantar 120 milhões de euros, cujo investimento permitirá financiar as obras a cada ano. "Já temos promessas de 23 países de até 100 milhões", diz Piotr Cywinski. "Os últimos metros até a linha de chegada são os mais difíceis."
A área total é de 200 hectares, com 155 prédios e 300 ruínas, bem como milhares de objetos (sapatos, valises, documentos etc). A primeira obra iniciada foi para o acampamento de mulheres em Birkenau, 45 alojamentos em mau estado. "As palavras precisam do lugar, e o lugar precisa das palavras para tornar a realidade palpável", afirma Cywinski. "Por ali passam 1,4 milhão de visitantes a cada ano, e esse número só aumenta. É um rito de passagem para a cidadania dos jovens. É preciso preservar esse fundamento da identidade europeia."
Uma feliz surpresa: a Austrália, a Nova Zelândia e a Turquia deram suas contribuições, ainda que sejam bem inferiores à da Alemanha (60 milhões de euros), dos Estados Unidos (5 milhões), da Polônia (10 milhões) e da França (5 milhões). Em compensação, um país ainda não ofereceu nada. Esse país faz rodeios, usa pretextos, sendo que seria um dos principais interessados: a Hungria. "Começamos a conversar com as autoridades húngaras em 2009, 2010", diz Piotr Cywinski. "Na época responderam que era a crise econômica e que seria preciso esperar alguns anos. E mais recentemente ouvimos dizer que eles pretendiam doar 110 mil euros."
"Tolerância em relação à intolerância é loucura"
Uma soma risível, se comparada com as de outros países europeus, mas sobretudo se considerarmos o passado da nação. "Trata-se de uma espécie de drama interno para a Hungria", observa o presidente da Fundação. "De um ponto de vista simbólico, Auschwitz representa o maior cemitério húngaro do mundo. Do 1,1 milhão de vítimas no total, houve mais de 400 mil judeus húngaros em apenas três meses, em 1944. Atrás vêm os judeus poloneses, cerca de 300 mil."
No dia 6 de maio, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, falou diante do Congresso Judaico Mundial (CJM), reunido em Budapeste. "Não queremos que a Hungria se torne um país de ódio e antissemitismo", disse. Mas o CJM esperava que ele fosse condenar o movimento Jobbik, terceira maior força política do país, abertamente antissemita.
A Hungria tem suscitado preocupação na Europa em razão da ascensão da xenofobia na sociedade, ainda que o governo não a instigue. "Tolerância é inteligência. Tolerância em relação à intolerância é loucura", explicou o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, no dia 5 de maio, antes de seu encontro com Orban.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Oh Hungria, manda essa turma de judeus pedirem mais GRANA da Alemanha, pois está DOA grana para iSSrael até os dias de hoje, como reparação de guerra! Pois vcs na europa sabem que os EUA proibiram todos os países de exigirem reparação de guerra a Alemanha, e como pode se naquela época não existia iSSrael e agora recebem grana dos alemães? Aí a Grécia outro dia tocou neste assunto que também queria grana, pois as contas lá não fecham. Na mesma hora foi um DEUS nos acuda, abafa daqui, abafa dali e tudo ficou por isso mesmo. Hungria, a rica da europa, Alemanha pode bancar, pois são obrigada a bancar as tropas de ocupação dos EUA, também pode doar mais essa graninha p/Auschuitz. Podeeeeee...
ResponderExcluirA indústria do holocausto não pode parar. Esses judeus são uns parasitas!
ResponderExcluir