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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Le Monde: Após sanções americanas, cresce a desconfiança entre a Rússia e a União Europeia


As relações entre a UE (União Europeia) e a Rússia se estagnaram desde que Vladimir Putin voltou ao Kremlin. A 30ª cúpula entre as duas partes, na sexta-feira (21) em Bruxelas, não foi ser marcada por nenhum avanço significativo em questões essenciais, entre elas a segurança energética e a isenção de vistos, esperada por Moscou para seus cidadãos. O contexto é ainda mais cinzento pelo fato de que paira uma sombra sobre essas relações: a de Sergei Magnitsky, o advogado do fundo Hermitage, morto na prisão em 2009 em decorrência de maus tratos.

A cúpula anterior fora realizada no final de 2011, enquanto manifestações inéditas na Rússia expressavam a fúria da classe média urbana contra a fraude nas eleições legislativas. Desde então, a oposição russa não conseguiu encontrar um líder para si e concordar em uma estratégia. Foi ainda mais difícil pelo fato de a volta de Vladimir Putin ao Kremlin ter provocado um endurecimento legislativo, policial e judiciário. "A Human Rights Watch tem um escritório na Rússia há mais de vinte anos, e temos certeza de que uma repressão política realmente sem precedentes está em andamento", explicou a ONG em meados de novembro. A consequência desse clima é que europeus e americanos estão reavaliando suas relações com a Rússia desse ponto de vista, mas evitando a ruptura.

Nos Estados Unidos, o Congresso aprovou no dia 14 de dezembro por esmagadora maioria uma lei intitulada "Magnitsky bill", prevendo sanções (proibição de vistos, congelamento de bens) contra os oficiais russos de alto escalão envolvidos na morte do jurista, mas também mais amplamente contra todos os acusados de atentados aos direitos humanos. Depois da Câmara de Representantes, o Senado validou esse delicado dispositivo como parte de um texto que regulariza as relações comerciais entre os dois países.

Os dirigentes russos reagiram com fúria às sanções americanas. A Duma (câmara baixa do Parlamento) aprovou um texto que prevê sanções idênticas, mas sem citar nomes americanos. Entre as "vítimas" russas, estão o comerciante de armas Viktor Bout. Em resposta à lei Magnitsky, criaram a "lei Yakovlev", nome de uma das crianças russas mortas nos vinte últimos anos depois de terem sido adotadas por americanos negligentes. Os deputados foram mais longe do que nunca, proibindo a adoção por casais americanos. Os órfãos viraram reféns da diplomacia russa? O ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, exprimiu dúvidas sobre essa medida. Na quinta-feira, Vladimir Putin considerou "apropriada" a "reação emocional" dos deputados.

Outro efeito da "Magnitsky bill" foi que ela acelerou a reflexão na Europa sobre as sanções contra oficiais russos, a exemplo daquilo que a UE já vem praticando contra Belarus. "Tudo depende do peso da opinião pública", diz Bill Browder, presidente do fundo de investimentos Hermitage Capital Management, ex-empregador de Magnitsky e principal lobista a favor das sanções. "A questão que surge para os governantes é simples: vocês querem deixar que responsáveis por torturas venham livremente a seus países?"

Atalho
No dia 23 de outubro, o Parlamento europeu aprovou uma resolução não obrigatória que exige sanções. Segundo Alexey Puskhov, presidente da comissão das Relações Exteriores da Duma, essa resolução visa "separar a Europa da Rússia". Mas na UE, cada Estado segue uma direção. "Precisaremos de mais um ano para conseguir aqui as mesmas sanções que nos Estados Unidos", prevê Bill Browder. O parlamento holandês aprovou uma resolução por unanimidade a favor de sanções similares. Iniciativas parlamentares também surgiram na Itália e na Suécia. O governo britânico escolheu um atalho ao visar os oficiais russos envolvidos, mas sem revelar publicamente quantos deles e seus nomes.

A Alemanha tem um posicionamento reservado. Já a França se mostra totalmente vaga. "Existe uma ambiguidade na Europa sobre a política das sanções individuais," diz um diplomata francês. "Isso é feito para certos países, sem saber se é eficaz, mas não para outros". Entrevistado pelo "Le Monde" durante uma viagem a Varsóvia, no dia 16 de novembro, o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse ignorar a existência de um debate sobre sanções específicas. Bem como os detalhes do trágico destino de Sergei Magnitsky, espancado até a morte e privado de seus direitos básicos por ter denunciado uma fraude gigantesca no montante de US$ 230 milhões que beneficiou membros do Ministério do Interior.

2 comentários:

  1. Fogo trocado ñ dói...é esse o caminho, Sds.

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  2. O cinismo do Ocidente Maravilha está no auge, pois então Rússia comece a por os nomes dos ANJOS OCIDENTAIS na Mídia de vcs, pq a mídia ocidenteal é TODA judaica e ñ colocarão um nome sequer dos Imortais Ocidentais. Listinha Ocdental (milionésima parte):
    1) TODOS OS GENERAIS DOS EUA no Vietnã/Laos/Cambdja/Iraq/Sérvia/Afg.
    2) Aqueles q acobertam os "DIRIGENTES ASSASSINOS DO KOSOVO" p/lhes roubarem o carvão: ALBRIGHT/ex-gen WESLEY
    3) TODOS OS GENARAIS DE iSSrael PELAS ATROCIDADES C/OS PALESTINOS: EX: SHARON e todos os dirigentes ex-GUERRILHEIROS
    4) Rumsfeld/Condolezza/todos os presidentes EUA q bombardearam as nações q ñ lhe eram gratas
    5) Todos os DITADORES da América Latrina apoiados p/CIA
    6) Os DEMOCRATAS ÁRABES dos regimes CRUÉIS do GOLFO, CCGOTAN
    7) ....

    Acho q DEUS deveria expulsar os russos e chineses como os desalmados do planeta Terra para q a vida se tornasse um Sonho Ocidental.

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