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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Ásia vai superar EUA e Europa até 2030


A China será a maior economia do mundo em 2030, mas os EUA continuarão como "primeiro entre iguais" no sistema internacional, de acordo com novo estudo da inteligência do governo americano sobre tendências internacionais.

O informe prevê que a Europa, o Japão e a Rússia vão continuar passando por um declínio relativo, e que a Ásia vai eclipsar o resto do mundo em termos de poder econômico e militar.

Entre outras conclusões, o estudo prevê que a onda de terrorismo islâmico deverá ter acabado em 2030; os EUA terão independência energética e poderão ser exportadores importantes de fontes de energia; e avanços nas tecnologias de produção poderão reduzir a necessidade de terceirização. O informe também alerta para conflitos futuros na Ásia e Oriente Médio que poderiam envolver um "elemento nuclear".

"Com a rápida ascensão de outros países, o "momento unipolar" acabou e a "Pax Americana" - a era do predomínio americano na política internacional que começou em 1945 - está rapidamente se desfazendo", sustenta o documento. Em termos de tamanho econômico e gastos tecnológicos e militares, a Ásia vai superar a América do Norte e Europa somados em 2030. Os EUA, entretanto, vão manter seu papel central porque continuarão como o único país capaz de mobilizar coalizões para abordar desafios internacionais.

"Nenhuma outra potência tem capacidade para replicar o papel dos EUA sob esse cenário", disse Christopher Kojm, presidente do Conselho Nacional de Inteligência (NIC, na sigla em inglês).

O estudo, chamado "Tendências Globais 2030", é publicado pelo NIC e mostra a visão das 16 agências de inteligência do governo dos EUA sobre como será o mundo daqui a duas décadas. O informe é divulgado a cada quatro anos para ajudar no planejamento estratégico de longo prazo de cada novo governo.

A conclusão geral de que a Pax Americana chegará ao fim contrasta profundamente com a retórica das recentes campanhas para a eleição presidencial, na qual os dois candidatos sustentaram a ideia de que proeminência americana continuaria. O NIC, contudo, é ligeiramente mais otimista sobre o papel futuro dos EUA do que em seu informe anterior, preparado há quatro anos, durante o auge da crise financeira, no qual descreveu um sistema internacional que seria "irreconhecível" em 2025 e "repleto de riscos", em consequência do declínio da influência americana.

Embora o novo informe admita as grandes mudanças em andamento no poder relativo pelo mundo, em especial na Ásia, também mostra nuances na análise do provável aumento de poder e influência da China, citando o envelhecimento de sua população, problemas ambientais, o crescimento do nacionalismo e o potencial para manifestações e de oposições regionais.

"A China é o curinga. Suas ações podem ser seu pior inimigo", disse Mathew Burrows, principal autor do estudo, referindo-se à diplomacia mais agressiva da China na Ásia. "Isso acabou criando muito mais apoio para a continuidade do papel dos EUA na região."

Ao mesmo tempo, a capacidade para os EUA formar coalizões de aliados e mobilizar redes de pessoas e de participantes fora da esfera dos governos lhe trará vantagens, mesmo se perder sua posição dominante de "poder duro". O informe, contudo, acrescenta: "Um EUA dividido terá mais dificuldade em modelar seu novo papel".

O documento argumenta que os EUA poderiam tornar-se exportadores importantes de fontes de energia, como resultado do desenvolvimento do gás de xisto. Caso os Estados Unidos também consigam explorar depósitos de petróleo de difícil acesso, isso poderia mudar a dinâmica no mercado internacional de petróleo, levando a uma perda de poder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e ao possível "colapso" dos preços do petróleo.

Os avanços em novas tecnologias, como robótica e impressão em 3D, poderiam ter grande impacto na indústria, segundo o informe, com o aumento da produtividade e diminuição da necessidade de terceirização da produção. Essas tendências, contudo, vão continuar a empurrar para baixo os salários dos trabalhadores com capacitação média, nos países em desenvolvimento.

Burrows considera provável que o ciclo de terrorismo islâmico tenha "exaurido a si próprio" em 2030 por falta de apoio popular nos países muçulmanos.

O documento ainda aponta que uma tendência importante nos próximos 20 anos será o crescimento da classe média, que "se tornará o setor econômico e social mais importante na grande maioria dos países do mundo". Isso vai levar a um aumento na "conquista de poder individual", incluindo a melhora na formação educacional, na assistência médica e na disseminação das tecnologias de comunicação.

Leia o estudo no site www.dni.gov

Um comentário:

  1. "Nenhuma outra potência tem capacidade para replicar o papel dos EUA sob esse cenário", disse Christopher Kojm, presidente do Conselho Nacional de Inteligência (NIC, na sigla em inglês)."==== Imagine se os Sino criarem uma organização visando ser o contraponto a otan...então, adeus poder aglutinador dos iankSS.Quem viver verá. Sds.

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