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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Grupos inspirados na Al Qaeda têm menos interesse em atacar os EUA

Ruínas do WTC

Os candidatos ofereceram respostas profundamente diferentes durante o último  debate  com o presidente Barack Obama repetindo sua narrativa triunfal de ataques de teleguiados e terroristas mortos, e Mitt Romney alertando sombriamente sobre o avanço dos islamistas num Oriente Médio cada vez mais hostil.

Num certo sentido, ambos são verdadeiros. A organização que planejou os ataques de 11 de setembro, sediada no Afeganistão e no Paquistão, está em ruínas; dezenas de seus principais líderes foram mortos desde que Obama assumiu o governo, e aqueles que restam parecem estar na maior parte inativos.

Ao mesmo tempo, jihadistas de vários tipos, alguns que se identificam com a Al Qaeda, estão florescendo na África e no Oriente Médio, onde o caos que se seguiu às revoltas árabes muitas vezes deu a eles uma maior liberdade para se organizar e operar. A morte de Christopher J. Stevens, o embaixador dos EUA para a Líbia, em setembro, durante um ataque de autoria de jihadistas líbios armados contra a embaixada dos EUA em Benghazi levou isso até o público americano.

Mas há uma diferença importante: a maioria dos novos grupos jihadistas tem objetivos locais, e muito poucos desejam atacar diretamente os Estados Unidos como fez o núcleo da rede de Osama bin Laden. Eles podem interferir nos interesses dos EUA ao redor do mundo – como na Síria, onde a presença de militantes islâmicos entre os rebeldes que lutam contra o governo de Bashar Assad tem inibido os esforços dos EUA para apoiar a revolta. Mas isso está muito longe de conspirações terroristas contra os Estados Unidos.

"Sob vários aspectos, nós voltamos para a forma que o mundo era antes de 11 de setembro , disse Brian Fishman, pesquisador em contraterrorismo da New America Foundation. "Seus grupos jihadistas locais estão concentrados em projetos dentro de seus próprios países, mesmo que às vezes mantenham a estrutura retórica da Al Qaeda e sua luta global.”

Embora esses grupos locais possam ter se beneficiado a curto prazo com a turbulência que se seguiu aos levantes da Primavera Árabe, eles também sofreram um golpe ideológico que poderia tornar muito mais difícil recrutar jovens seguidores. Movimentos pacíficos de protesto derrubaram ditaduras na Tunísia e no Egito, e lá, como nos conflitos mais violentos na Líbia e no Iêmen, os Estados Unidos estavam do lado da mudança.

A ideia de atacar os Estados Unidos, “o inimigo distante” no jargão jihadista, sempre foi impopular para muitos radicais islâmicos, cujo principal objetivo substituir seus próprios governos por teocracias. O conceito se tornou mais impopular depois dos ataques de 11 de setembro, quando Bin Laden e seus seguidores foram expulsos do seu santuário no Afeganistão. Nos anos seguintes, os afiliados à Al Qaeda no Iraque e na Arábia Saudita causaram um dano considerável ao nome do grupo, matando um grande número de muçulmanos, embora o assassinato de soldados dos EUA no Iraque, onde as tropas eram vistos como invasores ao estilo das Cruzadas, tenha encontrado ampla aprovação.

O que a Al Qaeda ainda tem é uma mística, a lenda de um pequeno grupo de guerreiros que tomou um império e desferiu um golpe devastador. Essa mística ainda tem um tremendo apelo, mesmo para os insurgentes que divergem dos métodos da Al Qaeda ou de seu foco em atacar os EUA.

 Na Nigéria, o grupo radical islâmico Boko Haram já matou milhares de pessoas nos últimos anos em sua luta para derrubar o governo e estabelecer um Estado islâmico. Lá, a luta é em grande parte sectária; o Boko Haram atacou principalmente os cristãos e queimou igrejas.

Jihadistas agora controlam o vasto norte do Mali, como Romney mencionou mais de uma vez no último debate, e têm ligações com um grupo mais antigo oficialmente filiado à Al Qaeda, que cresceu a partir do conflito civil da Argélia na década de 1990. Embora esses grupos estejam bem armados e sejam perigosos, alguns parecem ser mais criminoso do que ideológicos, focados em sequestros e tráfico de drogas. Os jihadistas também ganharam força na península de Sinai no Egito, do outro lado da fronteira com Israel.

Em um ponto durante o debate, Romney pareceu ligar as ameaças variadas com a ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder no Egito. Para alguns analistas de terrorismo, esse tipo de conversa é contraproducente, porque borra distinções cruciais entre aliados potenciais que professam crer na democracia e direitos cívicos, como a Irmandade, e os islâmicos mais militantes que veem esses princípios como heresia.

“Há ainda uma tendência para falar sobre o inimigo em termos grandiosos, ligando todos eles, porque isso faz você parecer duro”, diz Fishman da New America Foundation. “Na verdade, isso faz o contrário, porque obscurece as diferenças que deveriam estar no centro dos nossos esforços de contraterrorismo.”

O movimento mais perigoso da Al Qaeda, do ponto de vista norte-americano, é o do Iêmen, que tentou várias vezes plantar bombas em aviões com destino aos Estados Unidos. Lá, como no Afeganistão e Paquistão, os ataques de teleguiados norte-americanos tiveram um efeito devastador, matando o clérigo nascido nos EUA Anwar al-Awlaki e muitos outros altos líderes. O grupo assumiu vastos territórios do sul do Iêmen no ano passado, enquanto o governo iemenita estava distraído com protestos de rua na capital; mas os jihadistas foram conduzidos de volta em junho, com assistência militar dos EUA.

Ao mesmo tempo, a maior parte das realidades políticas que inspiraram a organização de Bin Laden ainda existem, incluindo o apoio dos Estados Unidos a Israel e aos governantes de Estados do Golfo Pérsico. O poder militar dos EUA ainda está lutando no Afeganistão, e o Talibã, que abrigou a Al Qaeda durante os anos 1990, poderá ganhar maior poder depois de uma retirada dos EUA.

Al Qaeda “nunca foi um movimento de massas; ela sempre teve a intenção de ser uma vanguarda”, disse Bernard Haykel, professor de Estudos do Oriente Próximo na Universidade de Princeton. “Então, mesmo com o desaparecimento de grande parte da primeira geração de líderes, é muito difícil declarar que o movimento está morto.”

2 comentários:

  1. Podem está quase vivos, + morinbundos e, pior, nada podem contra o "GRANDE SATÃ". Acabaram.Sds.

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  2. A verdade que o nacionalismo está mais morto do que a inteligência do povo kkkkk. Por isso é besteira político em pleno século XXI se apoiar em ideias nacionalistas, o que ás pessoas querem é grana no bolso, a religião com o fanatismo também funciona muito, o resto são simples políticas sociais que dão apoio a governos e partidos, nacionalismo, socialismo,. comunismo entrr outros ismos, hoje servem para nada mais com o mundo atual.

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