Mais de 3.000 foram mortos desde março; manifestantes até então pacifistas começam a recorrer às armas
Ativista anti-governo se reúnem nas ruas de Daraa |
A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, alertou para o risco de o país cair em uma guerra civil sem precedentes e pediu à comunidade internacional que adote ações urgentes para frear o "banho de sangue" que o país enfrenta.
"É de responsabilidade de todos os membros da comunidade internacional tomar medidas de proteção de forma coletiva, antes que a repressão contínua e os assassinatos cruéis conduzam [a Síria] a uma guerra civil", disse, em comunicado.
Nas últimas semanas, grande parte do movimento pelos direitos humanos na Síria vem assumindo um tom mais militante, com ativistas abertamente à procura de armas e soldados que fugiram do exército para lutar contra os seus ex-colegas.
"Sabemos que o mundo não está vindo nos ajudar", falou por telefone um manifestante de Homs. "Nós faremos o que tiver de ser feito. Enfim, nossos irmão das forças de segurança estão acordando. E em breve nós seremos numerosos a estar lutando ao lado deles".
Também como resposta ao número crescente de desertores das forças armadas, as violências têm se intensificado ultimamente.
Apenas ontem, dez pessoas perderam a vida durante manifestações em apoio a desertores do Exército.
Anteontem, 36 foram mortos em conflitos em todo o país, sendo 25 militares (na ativa ou na reserva) das forças de segurança sírias.
CONSELHO
Partidários e opositores da intervenção do Conselho de Segurança da ONU na Síria reuniram-se ontem.
Durante as consultas regulares, o grupo de países ocidentais que é pela intervenção levantou o tema da repressão violenta do governo de Bashar Assad contra os manifestantes.
Mas Rússia e China vetaram, na semana passada, a resolução que aventava possíveis sanções contra o governo. Brasil, Índia, Líbano e África do Sul, membros não permanentes do Conselho, abstiveram-se do voto.
"Os defensores da inércia sobre a Síria deveriam tirar conclusões dos últimos acontecimentos terríveis", declarou Gérard Araud, embaixador da França na ONU.
Direitos Humanos, comunidade internacional
ResponderExcluir1 ferramenta de grande uso nao mao dos
YANKES
ERRATA
ResponderExcluirNas maos