Príncipe William |
O príncipe William chegou ontem à base militar de Mount Pleasant, nas ilhas Malvinas (Falklands em inglês), dependência britânica que a Argentina reivindica.
O membro da família real está em missão militar e viaja como um oficial comum, sem regalias ou segurança.
Os jornalistas foram mantidos do lado de fora da pista onde o avião desceu, e o príncipe não tem eventos oficiais na agenda. Nas próximas seis semanas, ele realizará tarefas de resgate como piloto de helicóptero e dormirá e fará as refeições nos alojamentos dos soldados.
A visita ocorre a dois meses do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas e em meio a uma escalada da tensão entre britânicos e argentinos.
Foi considerada como uma provocação pelo governo argentino. Em Buenos Aires, houve protestos contra a visita do herdeiro real.
"É impressionante como é possível distorcer acontecimentos por meio do discurso político. O governo argentino anda dizendo coisas incríveis nos últimos tempos", disse à Folha Daniel Biggs, membro da força de segurança local.
Biggs é um "kelper" (habitante das ilhas), nascido um ano após a guerra. "Minha geração tem uma visão ponderada do conflito, mas os mais jovens estão ficando muito irritados e agressivos com relação aos argentinos."
A chegada de William é comemorada pelos locais. "É importante marcar posição quando estamos sendo outra vez ameaçados", diz a escocesa Gwen Smith.
Stanley, a capital, encheu-se de bandeiras britânicas nos últimos dias. Nos monumentos aos mortos em combate, as pessoas deixam flores e mensagens.
A Guerra das Malvinas durou de 2 de abril a 14 de junho de 1982, quando os argentinos foram derrotados.
Durante os anos do presidente Carlos Menem (1989-1999), houve tentativas de reaproximação com relação ao arquipélago. Mas, desde que os Kirchner estão no poder (2003), as ilhas voltaram a ser reivindicadas pelo governo argentino em fóruns globais.
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