quarta-feira, 10 de abril de 2013
Projeto do KC-390 é prioridade para FAB
O desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, sob a responsabilidade da Embraer, está sendo considerado o projeto prioritário da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2013, afirmou o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, durante entrevista ao Valor, do seu gabinete na Laad, feira internacional de defesa e segurança no Rio de Janeiro.
"Não haverá atrasos no projeto. Isso implicaria em perda de mercado", afirmou. O valor do investimento previsto para este ano, segundo o Valor apurou, é da ordem de R$ 1,2 bilhão. A aeronave, que tem seu primeiro voo previsto para o fim de 2014, vai consumir um investimento de aproximadamente US$ 2 bilhões.
O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que a primeira venda está prevista para o primeiro trimestre de 2014. O mercado potencial de vendas da aeronave está distribuído entre 80 países. "O potencial de vendas é superior a US$ 50 bilhões", disse o diretor do programa na Embraer, Paulo Gastão.
A aeronave conta com 60 cartas de intenção de compra assinadas pelo Brasil, Chile, Colômbia, Argentina, Portugal e República Tcheca. O desenvolvimento do avião, segundo Aguiar, criou mais de mil oportunidades de trabalho.
O modelo C-130 J, fabricado pela americana Lockheed Martin, é o concorrente mais próximo do KC-390. Aguiar disse que os competidores estão praticando preços entre US$ 95 milhões e US$ 120 milhões e que a Embraer vai oferecer um produto de custo menor. "Estamos seguros de que o KC-390 será competitivo em preço em relação ao que a concorrência vem praticando." O avião terá capacidade de carga de 23 toneladas.
Sobre as vendas do Super Tucano para Guatemala e Senegal, Saito disse que os negócios confirmam a qualidade e a competitividade do avião brasileiro. Segundo ele, o interesse pelo Super Tucano aumentou depois que a Força Aérea dos EUA confirmou a compra de 20 aeronaves. De acordo com o brigadeiro, os americanos já autorizaram a compra de mais 35 aeronaves, o que eleva o valor do contrato para cerca de US$ 1 bilhão.
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O quão nacional o KC-390 é? Quais partes dele são fabricadas no exterior?
ResponderExcluirHoje em dia grandes projetos como o KC-390 são feitos em parceira.
ExcluirArgentina, Colômbia, Chile, República Tcheca, Portugal e outros países ajudarão na construção do KC-390.
Em suma, a IAE fabricará os motores, a Messier-Bugatti-Dowty fabricará os freios, sistema de retração e aterrisagem e o nariz da aeronave... A Liebherr-Aerospace fabricará o sistema de pressurização da cabine, a BAE Systems fabricará o hardware e o software embarcado, integração dos sistemas eletrônicos de controle de voo. A Goodrich Corporation desenvolverá o fly-by wire, o EHAs, o EBHAs e outros sistemas. A SELEX Galileo desenvolverá o radar e sistemas ópticos. A Elbit fornecerá o computador de missão, o SPS, o DIRCM e o HUD. A Hispano-Suiza, desenvolverá o PEPDS, SPDS e o EPS. A LMI Aerospace desenvolverá o slat das asas. A Eaton Corporation fornecerá partes para o sistema de combustível. A Cobham desenvolverá o sistema de reabastecimento em vôo, a Hamilton Sundstrand fornecerá o sistema de que fornecimento de eletricidade e o APU. A OGMA fornecerá os paineis da fuselagem central, os elevadores e o sistema de abertura e fechamento das portas. A ACSS, L-3 Communications e Thales desenvolverão o sistema de comunicação. E tem mais empresas que irão desenvolver mais partes.