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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Dilma lança novo pacote de estímulo ao setor aeroespacial


Governo quer criar empresa de economia mista para facilitar processos de exportação; medidas incluem desenvolvimento de sistemas espaciais completos, com incentivo a projetos em andamento no DCTA

O governo federal apresentou ontem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento da Indústria um pacote de medidas de incentivos que inclui o setor de defesa, aeronáutica e espacial. Uma das propostas da presidente Dilma Rousseff (PT) é a criação de uma empresa com participação privada, mas com controle do Ministério da Defesa para funcionar como trading. O objetivo seria é facilitar as exportações do setor.A intenção é dinamizar o segmento e fortalecer a sua cadeia produtiva.

A Região Metropolitana do Vale do Paraíba concentra importantes companhias do setor, como Embraer, Avibras e Mectron, além de um Cluster Aeroespacial que reúne mais de 50 empresas.

Medidas
Denominado de Agendas Estratégicas Setoriais, o pacote integra o programa Brasil Maior. Entre as medidas previstas estão implantação de programa de financiamento para empresas estratégicas de defesa, criação de programa de apoio ao desenvolvimento tecnológico da indústria espacial, alinhar as compras de defesa com a estratégia nacional de defesa, implantação de política de exportação de produtos de defesa, entre outras.

No campo espacial, o pacote visa estimular o desenvolvimento de sistemas espaciais completos, que incluí veículos lançadores de satélites, desenvolvimento de propelentes (combustível) de satélites e sistemas associados, como eletrônicos de bordo do equipamento. Parte das propostas estão vinculadas aos programas e projetos do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), como a certificação de empresa nacional para a produção do foguete de sondagem VSB-30, desenvolvido na instituição.
As medidas devem ser implementadas entre 2013 e 2014, segundo documento divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento.
Reação.

Para o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), em São José dos Campos, Almir Fernandes, o governo precisa mesmo incentivar e proteger a sua indústria de defesa. "Todos os países fazem isso. Veja o caso dos Super Tucanos que a Embraer vai vender para os Estados Unidos. Uma das exigências é que a aeronave seja montada lá", disse.

Para o diretor do Ciesp, além de incentivos, o governo deve investir em pesquisa e formação de mão de obra qualificada para o setor. "Isso é fundamental para o setor, que é estratégico para o país", pontuou.
Especialista em assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora(MG), Expedito Bastos também considera fundamental a criação de mecanismos para fortalecer a indústria nacional de defesa."É um setor que depende de compras governamentais. Então, o governo tem que adotar medidas para fortalecer o segmento", afirmou.

SAIBA MAIS
Pacote
Governo federal lança pacote para incentivar setor industrial, que inclui a área de defesa, aeronáutica e espacial
Ações
Medidas contemplam uma série de ações que devem ser implementadas entre 2013 e 2014
Empresa
Uma das propostas é a criação de uma empresa com participação privada, controlada pelo Ministério da Defesa, para funcionar como trading
Incentivo
A intenção é fortalecer a indústria de defesa, aeronáutica e espacial e também a sua cadeia produtiva
Satélite
Uma das propostas inclui a certificação de empresa nacional para produção do foguete de sondagem VSB-30, desenvolvido pelo DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), de São José dos Campos

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