Israel e o movimento islâmico Hamas obtiveram um acordo para a troca de presos palestinos pelo soldado israelense Gilad Shalit, mantido refém desde 2006 na Faixa de Gaza, informa nesta terça-feira o jornal "Yedioth Ahronoth".
Segundo o periódico, o Governo israelense fez nesta tarde uma reunião com caráter de urgência para votar a aprovação da troca, que incluiria a libertação do militar por mil presos palestinos de diversas organizações armadas.
O acordo, informado pela televisão "Al Arabiya", foi obtido em negociações secretas nesses últimos dias. Embora o Governo israelense ainda não tenha confirmado oficialmente, a televisão do Hamas já informa sobre o acordo.
Segundo a emissora do movimento radical, um alto comando das Brigadas Ezzedine Al-Qassam - braço armado do Hamas - confirmou a troca e, ainda nesta terça-feira, o primeiro-ministro do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, anunciará publicamente o acordo.
As Brigadas foram um dos três grupos armados palestinos que participaram da captura de Shalit durante uma incursão a um posto militar israelense na fronteira com Gaza em junho de 2006.
O pai do soldado, Noam Shalit, disse à televisão pública de Israel que não estava a par das últimas negociações e que se dirigia a Jerusalém para chegar à tenda de campanha que tem instalada há dois anos junto à residência do primeiro-ministro.
Nos últimos anos, Israel e Hamas fizeram negociações com a mediação do Egito, mas as divergências eram grandes sobre o número de palestinos que o grupo islâmico exigia que fossem libertados e o destino deles - Israel queria que fossem exilados ao invés de retornarem às terras palestinas.
O principal obstáculo para Israel era a libertação de aproximadamente 400 presos envolvidos em crimes violentos. O Governo do Estado judaico se negava a libertá-los ou exigia que fossem enviados à Faixa de Gaza, embora seu lugar de procedência e residência familiar fosse a Cisjordânia.
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