O líder venezuelano demonstrou, durante uma coletiva de imprensa, sua esperança de que o presidente Assad o convide algum dia a Golã - área ocupada por Israel desde 1967.
O líder venezuelano (E) demonstrou, durante uma coletiva de imprensa, sua esperança de que o presidente Assad (D) o convide algum dia a Golã. Crédito: AFP
Chávez, que chegou no fim da noite de quarta-feira vindo do Irã, afirmou que a Venezuela mantém uma relação de aliança com a Síria baseada nos sentimentos de amizade entre os dois povos.
"Está nascendo o mundo multipolar", disse Chávez, ressaltando que "Damasco é um dos polos humanos, de amor e de batalha".
Ao seu lado, o presidente sírio denunciou "a nova ordem mundial fundada na força e na hegemonia no lugar da justiça e dos princípios".
Asad criticou mais uma vez o Estado hebraico por negar-se a estabelecer a paz com os árabes.
"Israel não deseja e não está disposto a chegar à paz. Israel realiza ações táticas com o fim de persuadir o mundo de que busca a paz e que são os árabes que a rejeitam", afirmou.
"Israel assassina os palestinos, e o processo de 'judaização' de Jerusalém é um ato racista", acrescentou o presidente sírio.
Este é o segundo encontro entre os dois presidentes desde junho, quando Asad fez uma visita a Caracas durante um giro pela América Latina.
Síria e Venezuela estão ligados por acordos nos âmbitos energético e alimentício, assinados em junho passado.
Segundo a imprensa síria, os dois países, hostis à "hegemonia americana", compartilham uma visão comum sobre os problemas internacionais e estão unidos por diversos interesses econômicos.
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