Por enquanto, só oficiais da Marinha vão integrar força de paz das Nações Unidas
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou que o Brasil poderá integrar uma nova missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Líbano. No momento, o País pretende enviar apenas alguns oficiais da Marinha, sem nenhuma embarcação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já autorizou o envio dos oficiais e o Brasil negocia com o Departamento de Operações de Manutenção da Paz da ONU uma definição da data de embarque do grupo que integrará a Unifil - Força de Paz Interina das Nações Unidas para o Líbano.
A participação do Brasil na Unifil não será nas bases da Minustah, a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, onde atuam 2.300 militares brasileiros, incluindo um batalhão de engenharia para ajudar na reconstrução do país, atingido por um terremoto no início do ano. Hoje, o Brasil está presente em missão em 11 países - em 10 deles, como observador.
"Inicialmente teremos uma participação com militares do Estado Maior da Marinha. Em um segundo momento, podemos pensar em enviar tropas", disse Jobim, ao comentar que "a ONU está interessada na capacidade dos brasileiros em atuar em situação de conflito, em defesa da paz". Criada em 1978, a Unifil tinha por objetivo permitir à ONU acompanhar a retirada das tropas israelenses do Líbano, ajudar na restauração da paz e da segurança na região e prestar assistência ao governo libanês.
As afirmações de Jobim foram feitas durante a abertura da 2.ª Oficina de Trabalho Diagnóstico da Base Industrial da Defesa. Na palestra, ele defendeu a aprovação pelo Congresso do projeto de lei que muda a forma de aquisições de materiais de defesa, inclusive fardamentos, que hoje são em sua maioria importados, assim como o tratamento tributário.
Segundo o ministro, este tipo de produto precisa de "tratamento diferenciado" porque "são compras especiais e que por isso devem estimular o mercado interno e a produção nacional".
Caças. Jobim reafirmou ainda que a decisão sobre a compra dos caças, no processo FX-2, ficará para depois das eleições. "O presidente pretende aguardar a decisão da eleição para examinar o assunto", afirmou o ministro. "O projeto vai ser executado pelo próximo governo."
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