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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Der Spiegel: Por causa dos novos assentamentos, analistas alemães dizem que é hora de ser duro com Israel

Judeus constroem uma casa no assentamento de Havat Gilad, na Cisjordânia

Pode-se pensar que a visita do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, a Berlim na  passada poderia causar alguns protestos enraivecidos. Ele foi alvo de críticas significativas por parte da UE (União Europeia) após Israel ter anunciado que construirá 3.000 novas casas para colonos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental.  Na semana passada, a Grã-Bretanha e a França negaram informações de que estariam considerando retirar seus embaixadores de Israel – apesar de ambos os países, além da Suécia, terem expressado sua raiva ao convocarem seus embaixadores israelenses para transmitir suas preocupações.

Na terça-feira (28), os ânimos pareciam estar mais calmos. O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, descartou a possibilidade de a UE adotar sanções contra Israel. “Eu não acredito que haja entusiasmo na União Europeia... para a adoção de sanções econômicas contra Israel”, disse ele. “Eu não acredito que estejamos, de forma nenhuma, próximos de um consenso, e nem é essa a nossa abordagem”. A França também indicou que não adotaria sanções.

Além disso, apesar da advertência da própria Angela Merkel em relação ao plano de construção de assentamentos de Israel – na segunda-feira, o porta-voz da chanceler disse que ela estava “extremamente preocupada” –, parece mais provável que a experiente estadista venha a repreender Netanyahu em particular, em vez de publicamente.

Ainda assim, a raiva em relação ao plano de Israel é generalizada na Europa. O plano foi anunciado logo após as Nações Unidas terem aprovado, na semana passada, o “status de estado observador não-membro” para a Autoridade Nacional Palestina, o que representa, basicamente, o reconhecimento do estado da Palestina. Além do programa de assentamentos, Israel também anunciou que irá reter mais de US$ 100 milhões em receitas fiscais devidas aos palestinos neste mês em reação à decisão da ONU.

“Nós lamentamos a recente decisão de Israel de construir 3.000 novas unidades residenciais”, disse na segunda passada o Ministério do Exterior britânico.

Os palestinos também estão tentando usar seu novo status para fazer pressão sobre Israel e tentar deter o plano de expansão dos assentamentos. Após terem recebido o status de estado observador da ONU, os palestinos têm agora acesso ao Tribunal Penal Internacional – e na terça-feira eles ameaçaram acusar Israel por crimes de guerra caso as construções nos assentamentos sigam adiante.

Igualmente, a Europa não desistiu completamente de aplicar pressão sobre Israel. Hague disse na terça-feira que o foco se mantém em trazer os dois lados de volta à mesa de negociações. Mas ele acrescentou que “se a decisão anunciada (por Israel) não for revertida, consideraremos quais outras medidas os países europeus deverão tomar”.

Na terça-feira, analistas alemães comentaram em detalhes o conflito que está prestes a estourar.

O Financial Times Deutschland publicou:

“Só podemos incentivar a chanceler a usar os planos para a construção de assentamentos de Netanyahu na Cisjordânia como uma oportunidade para criticar severamente esse presidente linha-dura. Pois o que Netanyahu está planejando torna a solução da criação de dois estados – um israelense e outro palestino – impossível”.

“A construção de assentamentos há muito tempo tem sido fonte de discórdia no conflito do Oriente Médio. Mas Netanyahu quer mais... Claramente, Netanyahu não quer um estado palestino. Mesmo que Berlim, Paris e Londres retirem seus embaixadores de Israel, desde que Netanyahu tenha o apoio fundamental dos Estados Unidos para prosseguir em seu curso de ação, ele não vai ser dissuadido. Mas seria fatal se os palestinos – e, indiretamente, os países árabes – se afastassem da Alemanha e da Europa devido a mais essa decepção”.

“Qualquer um que desista da meta palestina de ter um estado independente estará argumentando contra os interesses europeus. Naturalmente, a chanceler alemã precisa escolher suas palavras com cuidado, considerando-se o contexto da história nazista. Mas é exatamente essa história que obriga a Alemanha a criticar as medidas repressivas adotadas por um governo como o de Netanyahu”.

O diário conservador Frankfurter Allgemeine Zeitung escreveu:

“Netanyahu quer punir os palestinos, pois o presidente Mahmoud Abbas solicitou o status de “estado observador não-membro” nas Nações Unidas... Mas os assentamentos israelenses em terras palestinas são uma violação do direito internacional, contra o qual os palestinos poderiam tomar medidas no âmbito da ONU. Com sua abordagem, Netanyahu não está apenas despertando suspeitas de que não está interessado em retomar as negociações de paz. Ao contrário, seu governo está criando nessas terras fatos que apontam para uma anexação gradual da Cisjordânia. O primeiro-ministro de Israel está provocando tanto os palestinos quanto a comunidade internacional. Vários países europeus convocaram os embaixadores israelenses que atuam em seus territórios para expressar preocupação”.

“Se a comunidade internacional quer evitar que a porta para a paz se feche completamente, ela deve tentar convencer Netanyahu a mudar de estratégia e passar da punição para a negociação”.

O Süddeutsche Zeitung, de centro-esquerda, publicou:

“Isso é típico do governo de Binyamin Netanyahu, mas não é uma atitude inteligente. A vingança nunca é uma boa conselheira – e, no final das conas, os danos a Israel podem ser maiores do que os danos aos palestinos As fortes reações de Washington, assim como as reações de Londres, Paris e Berlim, mostram que Israel foi longe demais”.

“É claro que o governo de Israel já se acostumou há muito tempo aos protestos realizados em todo o mundo contra cada nova casa de colono que constrói. Mesmo que a lei internacional proíba o assentamento da população judaica no território palestino ocupado desde 1967, cerca de meio milhão de israelenses vivem lá agora. Infringir a lei se tornou rotina há muito tempo para os israelenses – e até se tornou um ritual com o qual cada transgressão palestina é punida. Mas, desta vez, Israel não está apenas punido os palestinos – o país está desafiando o mundo inteiro”.

“Dos 193 países membros da ONU, apenas oito votaram com Israel contra a concessão do novo status para os palestinos. Isso mostra muito claramente o crescente isolamento do estado judeu. Psicologicamente, o fato de Israel se atrever a mandar a comunidade mundial para aquele lugar após uma votação como essa provavelmente só pode ser explicado como uma mistura de provocação e megalomania”.

“Está nas mãos dos amigos de Israel mostrar a Netanyahu quais são os limites. Ficar só protestando não vai adiantar, pois os protestos acabam – nada menos do que o cancelamento do plano anunciado se faz necessário agora. Se Netanyahu não está preparado para fazer isso, ele e seus eleitores devem saber que correm o risco de perder o apoio de seus últimos aliados remanescentes. Angela Merkel terá a oportunidade de transmitir isso ao primeiro-ministro israelense durante seu jantar de quarta-feira. Ela deve fazer isso de forma tão clara quanto possível – e pelo interesse da Alemanha e de Israel”.

O diário conservador Die Welt publicou:

“O anúncio dos planos de construir 3.000 novas casas na especialmente delicada zona ‘E1’, localizada a leste de Jerusalém, é um outro tipo de punição para os palestinos – e provavelmente levará ao isolamento internacional de longo prazo de Israel. Os planos para construir novas residências de colonos dividiria, basicamente, a Cisjordânia em duas metades e isolaria, em grande medida, os palestinos de Jerusalém Oriental, que eles querem transformar na capital do seu futuro estado”.

“O governo alemão não foi tão longe quanto os governos de França, Reino Unido ou Suécia, que convocaram seus embaixadores israelenses e ressaltaram a clara escalada das medidas diplomáticas. Mas o governo alemão mencionou – mesmo que pouco antes das conversações entre Alemanha e Israel, realizadas em Berlim – uma ‘mensagem negativa’ por meio da qual ‘Israel está... minando a confiança em sua disponibilidade para negociar’. Quando foi a última vez que ouvimos o governo alemão direcionar esse tipo de discurso a seus parceiros israelenses?”

“Israel deve reconhecer que a comunidade internacional quer encontrar uma solução para a criação de dois estados no Oriente Médio com o intuito de, finalmente, por fim a esse conflito de longa duração. A questão já não é ‘se’, mas ‘como’ isso vai ser feito”.

13 comentários:

  1. Porque a comunidade internacional simplesmente ignora o fato desses 'estados' serem inimigos declarados de Israel, e terem como ''missão'' exterminar Israel e todos os Judeus?

    Ta tudo cooperando para o fim dos tempos... Achei que ia demorar mais.

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    1. Aí é que está. Tocaste no âmago do problema. Os Israelenses acham que estão em uma cruzada para evitar o fim dos tempos. Isto simplesmente é megalomania.
      Mas já que estamos evidentemente falando de Bíblia, Segundo o Evangelho de todos os discípulos de Jesus a Terra Prometida seria mostrada para os judeus DEPOIS da Segunda vinda de Cristo. NÃO ANTES.
      Como Deus iria compactuar com a tomada à força de terras que não lhes pertencem? E o que dizer da morte de centenas de milhares de vítimas inocentes da Cisjordânia ao Líbano ? E das guerras fomentadas por Israel e que foram levadas a cabo por Estados vassalos (eua e outros)
      Muito tem os sionistas invasores a responder perante Deus não acha ?
      Será que não percebem que será Israel que está cooperando ativamente para o final dos tempos com a imensa rede de terror imposta ao redor do globo via ameaças econômicas ?
      E o que dizer de Israel, que autorizou mais de 3000 novas casas a serem construidas em território palestino ? Isso não seria condenável ? Não seria um tapa na cara do mundo ?
      Israel é um estado militar fascista dirigido por uma elite megalomaníaca.
      É triste mas é verdade.

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    2. É Bruno Guimarães Zavan. os judeus são "SANTOS" "fazem tudo correto", "povo escolhido por Deus", "raça diferente, semita", são perseguidos por todos, não fazem nada errado>

      Deixa de ser TROUXA

      Israel não é um estado judeu, é um estado SIONISTA, guerreiro, assassino.

      O que os Nazistas fizeram com os judeus na Europa, os Sionistas, estão fazendo agora com os Palestinos.

      O estado Sionista de Israel, foi criado por Hittler, se ele não tivesser perseguido e matado milhares de judeus na Europa, Israel não existiria.

      Pouquíssimos judeus queriam voltar para aquela região, só mesmo os Ortodoxos e Ultra Ortodoxos, era uma terra péssima para se viver,

      Se você for Judeu, tem que saber que na TORAH, está escrito que os judeus, foram expulsos da região, pelos seus enormes pecados e só voltariam no FIM DO MUNDO, QUANDO O MESSIAS VIESSE. O mundo já acabou ? O Messias já apareceu ?

      NÃO

      Então a Israel, fundada em 1948, que massacra os palestinos é um estado SIONISTA.


      PS. E o massacre de Sabra e Chatila, que aquele PÓRCO IMUNDO, do Ariel Charon, foi o maior responsável ?

      Ele mandou armar e treinar um grupo de cristãos radicais, do Líbano e disse a eles:

      Invadam os campos de refugiados e matem quem vocês quiserem ! ! !

      Esse homem é digno, honrado ou é um dos maiores marginais da humanidade ?

      Se existir Inferno, ele ficará lá PARA SEMPRE.

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    3. Bruno Guimarães Zavan, qual país que é declarado inimigo de Israel?

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  2. Em um universo com cerca de 4 bilhões de estrelas, das quais 1% podem possuir sistema solar, e em que em 1% pode haver vida e que em 1% pode ser inteligente e em que 1% pode ter sobrevivido ha própria tecnologia, essas são as probabilidades levantadas pelos grandes astrônomos, dai vem um país e diz que pode matar e humilhar porque são os escolhidos de Deus, parem para pensar na imensidão do universo, parem para pensar que como há varias estrelas, vários sistemas solares, varias galaxias, e que a galaxia mais próxima Via Láctea está a 30 mil anos luz, e pensem que ainda pode haver mais universos além do nosso, ou seja é uma imensidão totalmente desconhecida, que nunca iremos vir a conhecer.

    E como "Nem um pé de passarinho veio a terra semear", essa é prova de que Deus existe, porque por mais que falem que tudo foi um processo químico? de onde vieram os átomos, com seus prótons, elétrons e nêutrons e partículas menores? de onde veio o tempo e o espaço? estavam ai desde e principio? pelo pouco conhecimento que tenho, sei que nada sai do lugar sozinho, nada se cria sozinho, ou seja alguém tem por a mão na massa, e penso que no caso dessa imensidão infinita que o universo e o alem universo não deva ter sido diferente.

    Concluindo...no meio de de uma imensidão sem fim como essa para cuidar, e provavelmente muitos outros projetos em andamento, fica difícil acreditar que esse SER esteja preocupado, com um pequeno país no oriente médio que mata e humilha seus vizinhos em seu nome, ou seja contem outra essa já está ultrapassada.

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    1. Só uma correção, o Universo nao tem só 4 bilhões de estrelas, até a via láctea tem mais estrelas que isso. Posso só dizer uma estimativa de que no Universo possam existir cerca de 100 bilhões de galáxias, cada uma com bilhões de estrelas.

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  3. Olha sem desmerecer opinião de ninguém, mais Bíblia não vale para análise nenhuma política tá legal,se for assim seria bom lerem todos os massacres do antigo testamento feitos supostamente por ordem divina, ai q mora o perigo da religião... a questão de Israel é complexa, os judeus são odiados por inúmeras pessoas de vários povos diferentes, e sempre foram, então os judeus como todo povo merece ter seu estado, como mereciam ter os curdos entre vários outros povos, agora os palestinos também merecem ter o estado deles,o certo seria ter 2 estados um de Israel e outro da Palestina, não tem mocinhos nem vilões os dois gostam é de guerra tá legal, o Fatah dá para negociar o resto dos grupos palestinos não dá, e os governos israelenses também não vem dando para negociar resultado vai ter guerra por muito tempo lá.

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    1. Quem menciona o evangelho é justamente Israel, não?

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    2. Pra começo de conversa, o estado de Israel não é uma unanimidade nem mesmo entre os judeus, por isso essa de que eles tem que ter um estado é uma falácia. Aquelas terras já eram habitadas quando Deus “deu” Israel para o povo de Moises. Depois de habitarem aqueles terras, eles simplesmente abandonaram a Terra Prometida 70 d.C. Foram os muçulmanos que deram a vida por aquelas terras.

      É possível negociar com o Fatah porque o Fatah se vendeu para Israel. Não é a toa que Israel usou o Fatah para tentar derrubar o governo do Hamas. Israel usa o Fatah para que seus militantes disparem foguetes de Gaza para acusar o Hamas. Abbas ficou rico com o dinheiro de Israel.

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  4. No entanto os últimos a falarem qualquer coisa do que Israel faz é a Alemanha, foi graças á perseguição nazista que ume stado judeu virou necessidade... se existisse justiça o que não existe nesse mundo, Israel teria sido criado dentro da Alemanha, com apenas 10% do território alemão Israel teria ume stado maior do que tem territorialmente, depois que milhões de judeus foram escravizados e posterioremente mortos pelos nazistas, seria totalmente justo se Alemanha tivesse perdiudo entre uns 5 e 10% do seu território para criação de ume stado judeu, afinal Hitler chegou ao poder pela força do partido nazista q contava com milhões de alemães, Hitler era imensamente mais popular do que a boneca de ventríluquo da Merkel.

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    1. Graças a perseguição nazista? Meu caro, os judeus não eram bem-quistos em nenhum lugar do mundo. O presidente Roosevelt chegou até fechar as fronteiras para os judeus na Segunda Guerra Mundial.

      Criar um território judeu na Alemanha? Pra qual finalidade? Você acha que os judeus da Polônia iriam querer deixar seu lar para morar na Alemanha, por exemplo? Isso que você falou não tem a mínima lógica.

      Leia o Der Judenstaat (O Estado Judeu) e você verá que os sionistas não querem a paz, mas sim causa problemas no mundo inteiro:
      http://en.wikipedia.org/wiki/Der_Judenstaat

      Por falar em criar confusão, vocês sabia quem os sionistas um dia sonharam com um estado na Patagônia? Vejam: http://es.altermedia.info/general/jefe-del-ejrcito-argentino-afirmo-que-grupos-israeles-se-quieren-apoderar-de-la-patagonia_767.html

      http://www.lanacion.com.ar/Archivo/nota.asp?nota_id=529017

      http://www.lanacion.cl/prontus_noticias/site/artic/20070605/pags/20070605185135.html

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  5. Conversa, td esses paíse, a UE bebem d'água dos judeuSS no memso copo...pura retórica.Ñ vai dar em nada e vão expandir os enclaves/colonias nas terras invadidas dos Palestinos, descumpindo resoluções da ONU/CS. Quem viver verá.sds.

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  6. Imagine se amanhã a ONU decidisse dividir o Brasil ao meio, empilhasse toda a população numa metade do país e na outra metade colocasse um povo qualquer destes que não tem pátria.Não satisfeitos a maior potência do planeta daria todo o apoio econômico e militar, inclusive doando armas nucleares a esse novo país, para ele invadir e tomar o restante do território brasileiro, nos transformando em fonte de mão de obra barata e gente sem qualquer tipo de direito. O que sentiríamos por essa gente?.

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