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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Caça, helicóptero, fusão: a luta da EADS para crescer


Conglomerado europeu de defesa tenta amarrar parcerias para não depender só da Europa

Embora não assuma, o interesse do Eurocopter em desenvolver no Brasil um helicóptero mundial faz parte dos esforços do poderoso conglomerado de aviação e defesa EADS de avançar seus domínios para novos mercados e depender menos do continente europeu.

Neste sentido, a companhia de capital francês, alemão e espanhol está às voltas com a proposta de fusão com outra grande representante do segmento de defesa, a inglesa BAE Systems. A operação, caso saia do papel, deve criar a maior companhia do segmento do mundo, com US$ 45 bilhões em negócios por ano. A fusão daria à EADS acesso ao ultraprotegido mercado americano por meio dos contratos firmados pela BAE com as Forças Armadas locais.

Entretanto, o negócio sofre com o fogo cruzado de acionistas e governos dos países que abrigam instalações das duas empresas. Elas têm até o dia 10 para ratificar a intenção de levar o negócio adiante.

O primeiro sinal contrário ao negócio foi de Arnaud Lagadere, um dos principais acionistas individuais da EADS. "Ainda não está claro qual será o ganho de escala que a fusão das empresas irá gerar", questionou o empresário francês por meio de sua assessoria de imprensa. Os comentários aumentaram a pressão sobre os ombros dos presidentes da EADS, Tom Enders, e da BAE, Ian King, horas depois de pedirem que os investidores peçam em seus países regras mais flexíveis para que a operação siga adiante, uma forma de conter a forte oscilação dos papeis das empresas nas bolsas internacionais.

Caças
A EADS também se esforça, mesmo que indiretamente, para emplacar as vendas do caça Rafale, produzido pela francesa Dassault para as forças aéreas internacionais, incluindo o Brasil. O conglomerado francês é dono de pouco mais de 46% das ações da Dassault.

E o Brasil, mais uma vez, é foco de atenção do conglomerado, uma vez que decidirá no início do ano que vem o fornecedor de 36 caças para reforçar a Força Aérea local. Além do Rafale francës, estão na disputa o Gripen, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da Boeing. Nos últimos tempos, a companhia americana é quem tem feito os maiores esforços para agradar ao governo brasileiro. Criou parcerias locais para o desenvolvimento de combustíveis limpos e formalizou parceria com a Embraer para desenvolver e comercializar o cargueiro militar KC 390, projeto que há muito tempo estava parado nas pranchetas.

3 comentários:

  1. isso me faz pensar no pq ter 3 delta-canards na europa. é claro q o rafale hj tem mais tecnologia à bordo, assim como acho q os motores ef-2000 do typhoon sao tão bons quanto os do rafale. mas nossa, nao seria melhor investir num caça só? sei q envolve politicas governamentais e usos diferentes pra cada caça...mas o typhoon tbm n pertence a eads?! é... nao entendo.

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    Respostas
    1. Nem o Rafale nem o Typhoon pertencem a EADS. Investir em um caça somente para Europa é complicado. A França também fazia parte do programa de desenvolvimento do Typhoon, mas divergiu em alguns aspectos com outras nações acerca das características do caça. Se não fosse as sabotagens que a Dassault sofrera nas concorrências que participará, arrisco a dizer que o Rafale seria bem mais sucedido do ponto de vista de vendas do que o Typhoon.

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  2. Se fosse por potencial eu escolheria o Rafale se saiu muito bem na guerra da Líbia 7 meses de ataques e nenhuma perda. Mais escolher o avião americano tem suas vantagens, vc ser cliente da maior potencial bélica e econômica do mundo, é uma aliança inteligente, o governo saudita não pensaria em quem escolher hehe.

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