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segunda-feira, 5 de março de 2012

Líder ruma para, como Brejnev, ter uma vida passada na Presidência


Vladimir Putin

A noite passada foi o momento Leonid Brejnev de Vladimir Putin. Foi quando ele deixou de ser um mero líder eleito e rumou para uma vida na Presidência.

Ao deixar engenhosamente as regras de lado atuando um período como premiê (nenhum presidente russo pode cumprir mais de dois mandatos seguidos), Putin agora pode seguir indefinidamente.

Brejnev ficou 18 anos no poder (1964-82), como chefe do Partido Comunista soviético. Apesar dos sussurros de revolução batendo nos muros do Kremlin, quem apostaria que Putin não vai se igualar a Brejnev?

Mas o Putin que volta ao Kremlin em maio vai enfrentar uma Rússia radicalmente diferente daquela silenciosa que comandou por 12 anos.

Ainda que tenha apoio nas províncias, para os manifestantes que vão se reunir aos milhares hoje em Moscou ele se tornou uma figura repugnante e de escárnio.

Putin sabe muito bem que os protestos atuais são os mais sérios desde a perestroika (abertura, nos anos 80).

São liderados por uma sofisticada classe média urbana, mas incluem todos os tipos de russo, cansados das falsidades, da condescendência feudal e do roubo galáctico que caracterizam o regime.

Tendo pela frente o fantasma de uma revolta, ele tem duas opções.

Pode acalmar os manifestantes com vagas promessas de reformas liberais ou pode recorrer às mesmas macabras táticas repressivas da KGB usadas por ele antes: prisões, propaganda negativa contra líderes oposicionistas e acusações de que são traidores a serviço do Ocidente.

Putin, aparentemente, está mais inclinado para a segunda opção.

Para aqueles que estiverem protestando hoje, a dificuldade é como derrubar o regime.

Não há resposta fácil. Putin não pretende sair e não há ninguém que possa forçá-lo.

A política russa está entrando num período de incertezas. Mas podemos presumir que Putin seguirá em frente.

3 comentários:

  1. A vitoria de Putin é mais uma derrota dos imperialistas

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  2. A vitória de Putin mostra que aquele país é muito corrupto, isso sim.

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  3. Concordo Michel. A Rússia tem um passado ditatorial nefasto. Começou com os czares e segue até hoje. Até no tempo dos Imperadores a coisa era braba. Ivan ganhou apenas o apelido de o Terrível. E Pedro o Grande mandou matar o próprio filho.

    Nicolai II, Filho do czar Alexandre III, governou desde a morte do pai, em 1 de Novembro de 1894, até à sua abdicação em 15 de Março de 1917, quando renunciou em seu nome e no nome de seu herdeiro, passando o trono para seu irmão, o grão-duque Miguel Alexandrovich Romanov. Durante seu reinado viu a Rússia Imperial decair de um dos maiores países do mundo para um desastre econômico e militar. Nicolau II foi apelidado pelos críticos, Nicolau, o Sanguinário por causa da Tragédia de Khodynka, pelo domingo sangrento e pelos fatais pogroms anti-semitas que aconteceram na época de seu reinado. Como Chefe de Estado, aprovou a mobilização de agosto de 1914 que marcou o primeiro passo fatal em direção à Primeira Guerra Mundial, a revolução e consequente queda da Dinastia Romanov.

    Para um insight maior do que a Rússia foi e segue sujeita leia: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/cesares-russos-497561.shtml

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