terça-feira, 20 de março de 2012
EUA acelera desenvolvimento de novas armas cibernéticas
O departamento de Defesa dos Estados Unidos acelera hoje o desenvolvimento de uma nova geração de armas cibernéticas capazes de perturbar as redes militares do inimigo, inclusive quando estas não estão conectadas à internet.
Cientistas militares buscam aproveitar tecnologias emergentes como a utilização de sinais de rádio para inserir à distância códigos digitais em redes informáticas, entre outros procedimentos.
Para afetar um sistema, você deve ter acesso a ele e até o momento não aperfeiçoamos a capacidade de chegar e acessar um sistema desconectado da internet, assinalou Joel Smith, ex-oficial do Exército e ex-diretor do Instituto de Informação de Operações.
Na opinião de funcionários governamentais estadunidenses, as novas ciber-armas dispõem do potencial para desabilitar os componentes de um sistema inimigo de armamentos, porém não é capaz de destruir o sistema.
Ao combinar ferramentas cibernéticas com outras tácticas e armas, se poderia, por exemplo, desencadear um ataque sem que o adversário o detecte até que se inicie, destacou o jornal The Washington Post.
No entanto, existe o perigo de danos colaterais aos sistemas civis, como a interrupção do fornecimento de energia a um hospital.
Além disso, um código de informática destrutivo, uma vez liberado, poderia causar efeitos inversos e converter alvos estadunidenses em pontos mais vulneráveis para agências estrangeiras de espionagem, comentou a publicação.
Por isso devemos empregar mais recursos na criação de ciber-armas; é preciso mover o investimento para a parte ofensiva, defendeu James Cartwright, general aposentado do Corpo de Infanteria da Marinha.
Outrora vice-chefe da Junta de chefes do Estado Maior, Cartwright defendeu em 2011 a aplicação de 500 milhões de dólares em cinco anos na Agência de Investigação Avançada de Projetos de Defesa, uma das principais organizações de investigação do Pentágono.
A despesa do departamento de Defesa neste tipo de tecnologia está crescendo, enquanto outras áreas inclusive reduzem seu orçamento, assinalaram especialistas.
Atualmente as forças armadas estadunidenses gastam mais dinheiro em defender-se de ataques cibernéticos que em preparar a execução das operações ofensivas nesse campo, afirmou o periódico.
Para este ano, o Pentágono disporá de um orçamento de 3,4 bilhões de dólares dirigidos ao programa de cibersegurança e tecnologia cibernética, em seus componentes ofensivo e defensivo, agregou.
Em 2010, Washington criou o denominado Comando Cibernético, com sede em Fort Meade, Maryland, e conta com um orçamento de 154 milhões de dólares para 2012.
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