quinta-feira, 29 de março de 2012
Embraer de volta ao páreo
Fabricante brasileira planeja participar da reabertura da licitação para fornecimento de 20 aeronaves à Força Aérea dos Estados Unidos, em contrato de US$ 355 milhões
A Embraer planeja participar da reabertura da licitação para o fornecimento de 20 aviões Super Tucano AT-29, no valor de US$ 355 milhões, à Força Aérea dos Estados Unidos. A empresa brasileira já havia fechado contrato com a Defesa americana, mas o processo foi suspenso em fevereiro sob a alegação de problemas com a documentação, após uma ação legal da rival norte-americana Hawker Beechcraft Corp.
De acordo com o presidente da unidade de Defesa e Segurança da Embraer, Luis Carlos Aguiar, qualquer mudança nas exigências do contrato será uma surpresa. "Nós não vemos razão para alterar os requisitos agora", disse o executivo. "Se houvesse uma mudança nas condições, teríamos que repensar se vamos concorrer ou não. Nosso avião foi feito exatamente para aquela missão." O avião de combate leve e de treinamento Super Tucano será usado para armar o exército afegão.
Apesar da suspensão do contrato com os americanos, Aguiar afirmou que a capacidade do Super Tucano em operar em condições adversas e os baixos custos de operação levaram a um aumento da demanda pelo caça turboélice. Na terça-feira, a Embraer anunciou encomendas de US$ 180 milhões para três países africanos — Burkina Faso, Angola e Mauritânia — para missões de controle de fronteira e contrainsurgência. Os contratos incluem um pacote de suporte logístico, treinamento e peças de reposição.
A Força Aérea de Burkina Faso, primeiro operador do modelo na África, já recebeu três aeronaves que são utilizadas em missões de vigilância de fronteiras. A Força Aérea de Angola pediu seis aeronaves para a mesma finalidade, sendo que três aeronaves já serão entregues neste ano, afirmou a companhia durante a Feira Internacional do Ar e Espaço, no Chile. Já a Força Aérea da Mauritânia escolheu o A-29 Super Tucano para executar missões de contrainsurgência, mas não foi revelado quantas unidades foram vendidas.
Com os pedidos anunciados, atualmente são nove as Forças Aéreas que fizeram pedidos do Super Tucano na América Latina, África e Sudeste Asiático. As receitas da Embraer Defesa e Segurança deverão alcançar entre US$ 900 milhões e US$ 950 milhões neste ano. A receita total da companhia deverá ficar entre US$ 5,8 bilhões e US$ 6,2 bilhões.
Até 2020, a unidade representará 25% do total das receitas, ante 15% atualmente. Uma valorização do real em relação ao dólar ajudará a Embraer Defesa e Segurança, tendo em vista que 65% dos contratos da unidade são na moeda local. Segundo Aguiar, o volume grande representa exatamente um hedge (proteção) natural para a empresa como um todo. "Nós vamos criar um hedge natural para a Embraer, mas nós precisamos vender mais para ajudar a companhia como um todo. Nós necessitamos cerca de US$ 600 milhões em vendas locais para ter um hedge natural", destacou o executivo.
Vale venderá ativos
A Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, estuda vender alguns de seus menores ativos e outros recursos que fogem da atividade principal de mineração para concentrar investimentos em grandes projetos. O diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Tito Martins, confirmou a possibilidade de venda de ativos de carvão na Colômbia, conforme recentes relatos de potenciais compradores. Além disso, há chance de venda de concessões de petróleo e gás detidas pela companhia no Brasil, e de outros ativos em diferentes partes do mundo, para que a companhia possa se concentrar em projetos de fertilizantes e minério de ferro. A Vale começou a revisar o destino dos investimentos no fim do ano passado, com o objetivo de fazer frente a projetos prioritários bilionários, entre os quais o desenvolvimento de reservas de potássio na Argentina e no Brasil e a expansão de Carajás, a maior mina de ferro a céu aberto do planeta.
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