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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

El País: Conflito no Congo é ignorado pelo mundo

O líder do grupo rebelde M23, o brigadeiro-general Sultani Makenga (sentado)

A retirada dos rebeldes congoleses tutsi da estratégica cidade oriental de Goma, que ocuparam em 20 de novembro em uma operação relâmpago, é só um episódio menor no tabuleiro de uma guerra colossal no centro da África, que deixou mais de cinco milhões de mortos e que nunca se extinguiu, apesar de ser dada como terminada em 2003. A permanente desestabilização da região não pode ser entendida sem enraizá-la no genocídio da minoria tutsi ocorrido em Ruanda há quase duas décadas. Mas, além dos profundos agravos étnicos e políticos, o temor de Ruanda de que seus inimigos hutus se fortaleçam do outro lado da fronteira, está o fato de que o Congo oriental, a região de Kivu, da qual Goma é o centro nevrálgico, abriga uma concentração incomparável de minérios estratégicos cujo controle implica poder e riqueza e provoca a cobiça de Ruanda, mas também de Uganda.

O Congo, com as dimensões da Europa Ocidental, é um gigante com pés de barro. A corrupção generalizada, a discutida legitimidade do presidente Joseph Kabila, apesar de ter ganhado as eleições no ano passado, e a indisciplina de suas forças armadas agravam a situação e explicam que seu pequeno vizinho Ruanda, sob o punho de ferro do presidente Paul Kagame e com um exército organizado, tenha se transformado no cérebro e sustentáculo direto das milícias rebeldes congolesas, segundo evidência incontestável de um informe recente da ONU que Kigali rejeita furiosamente. O deslizamento para o abismo do Congo Oriental é favorecido pela inoperância das forças da ONU ali mobilizadas, mais de 8.000 soldados, em suposta e caríssima missão pacificadora, humilhados pela fulgurante tomada de Goma (1 milhão de habitantes) pelos insurgentes tutsi congoleses do M23, agora simbolicamente afastados a 20 quilômetros.

A explosiva situação acarreta o risco inadmissível de provocar uma nova guerra em grande escala em uma região onde ocorreram, em meio a uma pavorosa indiferença ocidental, algumas das maiores atrocidades de nossa era. Não basta que alguns países desenvolvidos congelem sua ajuda a Kigali. O Conselho de Segurança da ONU, no qual Ruanda tem agora um assento, é obrigado a abandonar sua complacência.

4 comentários:

  1. ' A explosiva situação acarreta o risco inadmissível de provocar uma nova guerra em grande escala em uma região onde ocorreram, em meio a uma pavorosa indiferença ocidental, algumas das maiores atrocidades de nossa era. Não basta que alguns países desenvolvidos congelem sua ajuda a Kigali. O Conselho de Segurança da ONU, no qual Ruanda tem agora um assento, é obrigado a abandonar sua complacência."==== Ainda ñ aprenderam a negociar...como último recurso a guerra.Só sabem fazer isso...lamentável.sds.

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  2. E essas coisas que falam onde está esse adestramento todo dos soldados ocidentais, para se menosprezar adestramento de soldados como da índia entre outros países? Vc só vê tropas ocidentais se ferrarem quando saem do confronto aberto, e no confronto aberto onde dominam, é graças a força aérea diga-se de passagem.

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    1. Quem falou da Índia? Mas em tempo, a Índia possui um exército mal adestrado.

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  3. Ninguém está despreocupado com a guerra no Congo, tem riquezas demais lá, incluindo grandes reservas de ouro, por isso tem tropas ´´pacificadoras´´ e com toda e absoluta certeza EUA & UE não deixaram o ´´povo´´ do Congo ´´sozinho´´ contra os ´´terroristas´´ do M23 kkkk. O presidente da Ruanda por apoiar o M23, daqui á pouco será o novo ditador macabro da mídia, para quererem derrubarem em, em anotem isso kkkk.

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