O Hizbollah divulgou nesta segunda-feira supostas imagens de reconhecimento israelense do local onde Rafic Hariri foi assassinado, tiradas antes do crime, mas informou não possuir "provas claras" para envolver Israel no crime.
Essas imagens foram divulgadas durante um discurso do chefe do Hizbollah, Hassan Nasrallah, que falava por videoconferência a jornalistas e políticos reunidos em um prédio do partido xiita libanês nos subúrbios de Beirute.
O Sheik Nasrallah informou que as imagens foram tiradas por um avião de reconhecimento de tipo MK e "interceptadas" por seu movimento.
"Tirar esse tipo de imagem é, em geral, um preparativo para executar uma operação", disse.
As imagens mostram as ruas próximas ao Parlamento no centro da cidade de Beirute, a residência do ex-premier libanês Rafic Hariri, assim como a avenida à beira-mar, perto do local onde Hariri foi assassinado em 2005.
As imagens não têm data e não mostram claramente a procedência israelense.
O Sheik Nasrallah disse não ter provas concretas de um envolvimento israelense no assassinato, mas que esses dados podem servir para obter a verdade sobre o crime.
Em 3 de agosto passado, o Sheik Nasrallah acusou Israel, de forma explícita, pelo assassinato de Rafic Hariri e prometeu revelar "elementos" neste sentido.
Rafic Hariri, ex-premier que se tornou opositor da hegemonia de Damasco no Líbano, morreu com outras 22 pessoas em um atentado com carro-bomba em Beirute em 14 de fevereiro de 2005.
Em 22 de julho, o Sheik Nasrallah anunciou esperar que o Tribunal Especial para o Líbano (TSL), criado em 2007 pela ONU, acusasse membros de seu partido por envolvimento no crime.
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