Há 10 anos atrás acontecia a tragédia do submarino K-141 Kursk, no Mar de Barents, no norte da Rússia. Esta tragédia provocou a morte de todos os tripulantes. Nessa quinta, todas as frotas das forças navais do país comemoram a memória das vítimas desse acidente.
O afundamento do Kursk, com 118 tripulantes a bordo, que ocorreu em 12 de agosto de 2000, foi a pior catástrofe naval da história da Rússia após a queda da URSS. A operação de resgate internacional fracassou e nenhum tripulante pode ser resgatado com vida.
“Esse fato faz 10 anos”, recorda Lidia Panarina, mãe de um tripulante do Kursk falecido. “Mas para nós é como se fosse ontem. Eu morro quando penso na dor que ele sofreu. Faria todo o possível, daria a minha vida para que ele não tivesse dor, tudo pelo meu menino.”
O filho de Lidia, Andrei, servia como tenente no submarino e naquele momento tinha apenas 24 anos. Sua mãe e irmãos sempre visitam seu tumulo e sua lembrança é a única coisa que restou.
A investigação demonstrou que a tragédia aconteceu devido a uma explosão no setor de torpedos. A maioria dos marinheiros faleceu em seguida, mas 23 tripulantes conseguiram se refugiar em um compartimento seguro e lutaram por sua vida, esperando o resgate. Mas quando o resgate chegou, já era muito tarde.
Segundo alguns especialistas, os marinheiros que conseguiram sobreviver a explosão, faleceram devido a intoxicação pelo óxido de carbono, oito horas depois. Outros afirmam, que teria sido possível salvá-los, se a operação de resgate tivesse começado imediatamente depois do acidente.
O Comando Militar Russo tirou sérias conclusões da tragédia, afirma o Almirante Vyacheslav Popov, ex-comandante da Armada do Norte (Severnyy Flot). A Armada Russa conseguiu um considerável dinheiro para comprar equipamentos de salvamento no exterior e produzi-los na Rússia.
Havia diferentes versões do que realmente aconteceu ali, no fundo do mar e qual foi a verdadeira causa da tragédia. Alguns continuam crendo que o submarino se chocou com um submarino americano que estava nas mesmas águas, ou que se chocou com uma mina dos tempos da Segunda Guerra. Mas seja lá qual for a causa do acidente, as vidas não voltaram e a tragédia não deve ser esquecida.
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