quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Irã critica ameaça militar, e aiatolá rejeita negociar com americanos
Teerã recorreu à ONU ontem para condenar o mais alto comandante militar dos EUA, que em 1º de agosto disse que seu país tem um plano de ataque ao Irã para evitar que o país persa obtenha armas nucleares.
O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas americanas, almirante Mike Mullen, dissera que a opção militar existe, apesar de a diplomacia ser prioridade.
O embaixador iraniano em exercício na ONU, Eshagh Alehabib, circulou cartas ao secretário-geral do organismo, a presidentes do Conselho de Segurança e à Assembleia Geral dizendo que Mullen "ameaçou" o Irã sob pretextos "totalmente falsos" e que a ação vai contra "esforços globais para reforçar a paz internacional". Teerã alega que seu programa nuclear tem fins pacíficos.
O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, advertiu ontem que a resposta do país a um eventual ataque será "muito mais ampla" do que uma retaliação regional.
Afirmou ainda que não quer negociar com Washington no atual clima. "O presidente [Mahmoud Ahmadinejad] e outros se disseram dispostos a negociar. É verdade, mas não com os EUA", disse Khamenei na TV estatal. "[Os EUA] devem deixar de ameaçar, anular as sanções e não fixar um objetivo para negociações. Então, estaremos prontos."
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