Empresa alemã será investigada pela remessa ilegal de fuzis e munições para zonas de conflito no México
A justiça alemã abriu um processo contra a fabricante de armas Heckler & Koch por o pressuposto delito de exportação ilegal de armas realizada em 2006 a diversos estados mexicanos com violentos conflitos internos, informou no domingo a Revista Der Spiegel.
A Procuradoria Geral e a alfândega alemã são os órgãos que encabeçam as investigações para determinar se a empresa violou a proibição vigente no país para a vender de armas à zonas de conflito. “Abriu-se um processo contra os responsáveis da empresa”, confirmou um porta-voz da Procuradoria, indicou o porta-voz.
O presidente executivo da Heckler & Koch, Peter Beyerle, rechaça as imputações e qualifica às acusações à Der Spiegel de “absurdas”.
De acordo com as informações, o fabricante de armas recebeu em 2006 a permissão oficial de vender a “várias policias nacionais de México” milhares de fuzis de assalto HK G36, fuzil padrão do infante alemão.
No entanto, essa autorização do Departamento Federal de Economia e Controle Exportador continha uma ressalva para que os Estados de Chiapas, Guerrero, Chihuahua e Jalisco não recebessem essas armas.
Uma ano depois, a empresa solicitou nova permissão, desta vez para fornecer sobressalentes para esses fuzis “a clientes com direção estabelecida” nos estados citados, algo que surpreendeu os controladores do BAFA (Bundesamt für Wirtschaft und Ausfuhrkontrolle). Em nota a empresa Heckler & Koch disse que tudo não passado de um “equivoco”.
As investigações no momento na justiça, surgiram depois da denúncia de um conhecido ativista pacifista e contrário ao comércio de armas da Alemanha, Jürgen Grässlin, que qualifica a empresa alemã, especialistas em criar armas em estado de arte de ser “a empresa mais letal do mundo”.
A empresa se defende afirmando que as armas foram vendidas em conformidade com as leis Federais do México e se houve alguma violação, fora das autoridades mexicanas que se encarregaram de distribuir as armas para diversos estados, disse Beyerle.
Jürgen Grässlin e seu advogado Holger Rothbauer dizem ter evidências que os milhares de fuzis HK G36 foram entregues aos estados excluídos da permissão que a Heckler & Hock fez, de “forma planificada e deliberada”.
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