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domingo, 22 de agosto de 2010

Nova pista sobre os diários de Mussolini

Filho de membro do governo fascista revela que, em 1945, o Duce confiou a seu pai uma mala que supostamente continha documentos secretos  

O líder fascistas discursando em 1929
Uma descoberta reavivou os rumores de que o ditador Benito Mussolini, que governou a Itália entre 1922 e 1945, manteve diários em que detalharia sua relação com o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, durante a Segunda Guerra. Segundo o jornal inglês Daily Mail, Rocco della Morte, filho de Guglielmo Della Morte – que naquele tempo era cônsul-geral em Berlim –, disse que em abril de 1945 seu pai encontrou Mussolini em Milão e recebeu uma maleta lacrada.

“A pasta tem as iniciais BM e está fechada por um cadeado. Meu pai presumiu que continha diários e documentos, e não dinheiro, porque Mussolini disse para não abri-la por 80 anos”, declarou Rocca. Ele também contou ao jornal que o material foi enterrado, em caixa de zinco, perto da fronteira italiana com a Suíça. Guglielmo revelou a existência da pasta ao filho em 1954, quando Rocco completou 18 anos, e pediu segredo. “Mas como estou com 74 anos e não sei se estarei vivo até 2025, resolvi contar a história”.

Cauteloso, Mariano Vigano, historiador de Mussolini, lembra que na década de 1950, Vittorio, filho do ditador, disse que o pai entregara os diários ao embaixador japonês. E, há alguns anos, o senador italiano Marcello Dell’ Utri alegou ter encontrado parte dos textos de Mussolini, que depois foi tida como falsa.

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