Anwar El Sadat, Jimmy Carter e Menachem Begin assinam o Tratato de Paz entre Egito e Israel em 26 de março de 1979 |
"O tratado de Camp David pode a qualquer momento ser discutido ou modificado, pelo interesse da região ou simplesmente pela paz", declarou Sharaf, segundo informações da agência oficial Mena.
Para Sharaf, que está no posto desde março, a preocupação agora deve ser com a "raiz do problema" no Oriente Médio, que "é a ocupação israelense dos territórios palestinos".
A declaração veio depois de autoridades israelenses tentarem pôr panos quentes sobre a crise que eclodiu recentemente com o Egito. Na última sexta-feira, uma violenta manifestação terminou com a invasão da embaixada de Israel no Egito, que obrigou o embaixador israelense no Cairo a deixar às pressas o país com a família.
Os protestos, que pediam a revisão do tratado de paz, tiveram como estopim o assassinato de soldados egípcios por forças israelenses na fronteira entre os dois países.
A junta militar que governa o Egito desde a queda do ditador Hosni Mubarak afirmou, em várias ocasiões, que manterá seu compromisso com os pactos internacionais assinados pelo regime anterior, entre eles o tratado de paz com Israel.
O último conflito que envolveu os dois países foi a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Em 1978, o presidente egípcio Anwar El Sadat e o primeiro-ministro israelense Menachem Begin assinaram os acordos de Camp David, sob a mediação do presidente americano Jimmy Carter e que levaram ao primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel, em 1979.
O momento é particularmente delicado para Israel, que está em tensão crescente com a Turquia, por conta da morte de nove ativistas turcos que tentavam chegar a Gaza num navio, em 2010. O país teme ainda o reconhecimento do Estado palestino na ONU na próxima semana.
Ontem, houve protestos também em frente à embaixada israelense na Jordânia.
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