Cinco décadas após o estabelecimento do serviço militar obrigatório na República Federal da Alemanha (RFA), os últimos jovens foram hoje chamados às filas.
Segundo informações do Ministério de Defesa, por volta de 12 mil jovens têm que começar sua instrução militar básica até o derrogamento do serviço militar obrigatório em 1º de julho.
A medida faz parte das reformas do serviço militar na Alemanha.
Para profissionalizar as forças armadas e economizar dinheiro, o exército alemão consistirá no futuro de 170 mil soldados profissionais.
Atualmente, mais de 240 mil soldados, muito deles recrutas, fazem parte das tropas.
A reforma militar se realiza em meio a um intenso debate sobre a participação do exército alemão na guerra do Afeganistão, à qual, segundo as pesquisas de opinião, opõe-se a grande maioria dos alemães.
Em vista do fim do serviço militar obrigatório, alguns meios recordaram os conflitos sobre o rearmamento da Alemanha ocidental nos anos 50 do século passado.
Entre 1950 e 1953, o movimento pela paz organizou manifestações para impedir a re-fundação do exército, em apenas poucos anos após a derrota do fascismo.
A disputa afetou também aos partidos burgueses. Em outubro de 1950, o então ministro do Interior da RFA e militante do partido democrata-cristão, Gustav Heinemann, se demitiu para protestar contra o rearmamento.
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