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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Comandos da Xª Flottiglia MAS afundaram o couraçado Novorossiysk em outubro de 1955

Há poucos dias, um veterano da Xª Flottiglia MAS, afirmou em entrevista a uma revista italiana que os mergulhadores de combate da Regia Marina italiana foram os responsáveis pelo explosão que culminou com o naufrágio do couraçado Novorossiysk, da Marinha Soviética.

Um dos maiores mistérios do século XX, Ugo d’Esposito manteve por quase 60 anos. O ex-mergulhador do Gruppo Gamma, da Xª Flottiglia MAS, e ex-agente do Servizio Informazioni Militare, Sicherheitsdienst des Reichsführers-SS e especialista em comunicação criptografada, admitiu a uma revista que a explosão do navio de guerra soviético Novorossiysk, foi obra dos italianos.

Segundo Ugo d’Esposito, nem mesmo os horrores da guerra e a humilhante derrota fez com que os ex-membros do Gruppo Gamma se separassem.

A maior parte de sua vida, o Novorossiysk carregou outro nome: Giulio Cesare. Durante a Primeira Guerra Mundial, o Novorossiysk não tomou parte de ação alguma, mas durante a Segunda Guerra Mundial, o navio fazia a escolda de comboios. Participou de combates com navios da britânicos como o HMS Warspite, navio esse que conseguiu ocasionar um certo dano depois de atingi-lo com uma granada de 381mm. Ele também ocasniou grandes danos aos destróieres HMS Hereward e HMS Decoy.

Durante a Conferência de Teerã, no final de 1943, Stalin exigiu que a URSS estivesse na partilha da Marinha Italiana e que o Giulio Cesare seria do seu país.

Em 1947, quando a Marinha Soviética se apoderou do navio, o mesmo já tinha quase 40 de serviço ativo. Ademais, ele era  navio mais poderoso da Marinha Soviética. Na Itália, a perda do navio foi considerada uma desgraça e o Junio Valerio Scipione Ghezzo Marcantonio Maria dei principi Borghese ou simplesmente Junio Valerio Borghese, comandante da  Xª Flottiglia MAS, jurou se vingar dos soviéticos a todo custo.

"Aqueles que foram da Xª Flottiglia MAS não queriam que o navio fosse repasso para os soviéticos e juraram destruí-lo. Eles fizeram todo o possível para afundá-lo", disse Ugo d’Esposito à revista italiana 4ARTS.

Ele falou sobre vários assuntos em sua entrevista, mas revelação mais sensacional feita por D' Esposito, certamente, diz respeito à alegação de que ele e seus companheiros afundaram o encouraçado Novorossiysk no porto de Sevastopol , em 1955,  por um comando da Xª Flottiglia MAS, hoje dissolvido.

Esta hipótese tem circulado por anos sem encontrar uma confirmação oficial, pois a causa da explosão nunca foi esclarecida e os documentos sobre esse assunto ainda não está totalmente desclassificado. Em apoio a isso, é importante mencionar uma investigação da revista russa Itoghi - data de 25 de outubro de 2005 - que documenta cuidadosamente os fatos que vieram confirmar a hipótese do naufrágio do navio por um comando da Xª Flottiglia MAS. Oito comandos da Xª Flottiglia MAS, sob as ordens dos serviços italianos e agindo em nome da OTAN, instalaram explosivos na quilha do navio fazendo-o afundar em 29 de Outubro de 1955.

Hoje, o relato de D' Esposito, pessoa que esteve diretamente nos acontecimentos, só vem a confirmar o excelente trabalho investigativo da Itoghi.

Repercursão
O depoimento de D' Esposito já repercuti muito na Rússia. Aliás, já repercutiu bem mais que o especial da revista russa Itoghi.

Veteranos do Novorossiysk estão pretendendo iniciar um pedido formal de investigação internacional.

No último dia 26 de agosto, a agência de notícias russas, publicou um artigo em que o ex-artilheiro aéreo do Novorossiysk e presidente do Conselho de Veteranos, Viktor Saltikov, diz que "se as notícias sobre a sabotagem dos italianos se confirmarem, o próximo passo será o inicio de um julgamento em um tribunal internacional por perdas e danos contra o Estado Italiano.

Segundo Saltikov muitos homens tiveram danos permanentes e foram incapacitados.

Saltikov também salientou que "a Rússia, como sucessora legal da União Soviética, em caso de confirmação de sabotagem, tem o direito de exigir que a Itália compense o custo do navio de guerra, que agora é igual ao custo de um cruzador movido a energia nuclear".

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