Benjamin Netanyahu |
O lema da campanha de eleição de Benjamin Netanyahu foi "um líder forte para uma nação forte", mas, na última terça-feira (22), ele sofreu um importante contragolpe. Diante dos ganhos significativos dos partidos de centro-esquerda, o atual primeiro-ministro de direita de Israel pode ter problemas para montar um governo estável.
As pesquisas mal tinham terminado, e as projeções iniciais começavam a chegar, quando Benjamin Netanyahu foi ao Facebook para anunciar que o povo havia decidido que ele deveria continuar sendo o primeiro-ministro de Israel. "As eleições agora ficaram para trás, e muitos desafios complexos estão diante de nós", escreveu, agradecendo os eleitores.
Seu comentário na mídia social foi um esforço evidente para dar um tom positivo ao que foi, essencialmente, uma derrota. O Rei Bibi, como foi apelidado pela mídia, perdeu seu jogo de eleição. O lema da campanha de Netanyahu tinha sido "um líder forte para uma nação forte", mas em vez disso ele sofreu um contragolpe. Agora ele está em uma posição mais fraca, enquanto tenta forjar uma coalizão para governar o país.
Netanyahu adiantou as eleições esperando uma vitória fácil que pudesse cimentar seu poder por anos, como sugeriu recentemente em uma conversa particular. Em vez disso, os resultados o deixaram em uma situação difícil.
Padrões interrompidos
Netanyahu associou seu partido ao partido ultranacionalista Yisrael Beiteinu (Israel nosso lar), de seu antigo ministro de relações exteriores Avigdor Liberman, seguindo a sugestão do estrategista político americano Arthur Finkelstein. A aliança estratégica rendeu muito menos que as expectativas, e Netanyahu superestimou seu potencial. Em 2009, os dois partidos conseguiram 42 assentos no Knesset, mas têm apenas cerca de 30 assentos no Parlamento israelense em Israel, que conta com um total de 120 assentos.
Depois desta noite de eleição, não se falará mais na "finkelsteinização" da política israelense. Netanyahu agora está pagando o preço por uma campanha que não foi de fato conduzida como tal. Ele havia considerado a eleição meramente como uma oportunidade de adular a si mesmo. Durante a campanha, o Likud e seu parceiro de coalizão, Yisrael Beiteinu não apresentaram plataformas políticas. Em vez disso, eles repetiram sem cessar o jingle "nossa força está em nossa união", como se isso por si só fosse o suficiente para angariar votos.
Contudo, aparentemente, os eleitores pensaram de forma diferente. Eles derrubaram a certeza política dos últimos anos, que muitos acreditavam estar gravada em pedra. A certeza de existência continuada de dois blocos políticos, por exemplo, com o atual bloco governante religioso conservador de direita de um lado e partidos de centro e de esquerda do outro. "Esse padrão está quebrado", escreveu o comentador do "Haaretz" Ari Shavit.
Surpresa eleitoral
A maior surpresa destas eleições, em que não eram esperadas surpresas, foi o Partido Yesh Atid (Há um futuro), liderado por Yair Lapid, que está firmemente baseado no centro da politica israelense. Seu sucesso deixou todos os especialistas em pesquisas eleitorais completamente abismados. Lapid --que foi um proeminente apresentador de televisão e colunista e hoje é um homem rico-- conquistou quase três vezes mais assentos parlamentares que as pesquisas previam.
Os cerca de 20 assentos que seu partido conquistou agora o deixam seguramente na posição de segunda maior força política do Knesset, apesar de nem um único candidato da lista de seu partido jamais ter tido um assento no Parlamento antes. Desta forma, é quase certo que o partido seja o fiel da balança em qualquer negociação na criação de uma coalizão.
A mensagem de mudança do partido parece ter se concretizado. Lapid busca representar a classe média em particular, e ele quer assegurar que toda a sociedade compartilhe os deveres e encargos igualmente. "Não vamos fazer parte de um governo que não alista os ultraortodoxos no serviço militar, nem os leva a ingressar no mercado de trabalho", diz Lapid. Com poucas exceções, os ultraortodoxos, chamados "haredim", que muitas vezes têm as maiores famílias e muitos filhos, são altamente subsidiados pelo Estado.
Tudo é possível
Lapid elaborou condições adicionais para que seu partido participe do governo. Ele está disposto a trabalhar lado a lado com Netanyahu, mas se recusa a ser uma espécie de maquiagem para um governo religioso de extrema direita. Ele tem pouca simpatia por sua clientela de colonos, ultraortodoxos e nacionalistas religiosos.
Entre outras exigências de Lapid, está a estipulação que Netanyahu também inclua na coalizão outro partido do espectro da centro-esquerda. Mas isso pode ser difícil, pois a líder do Partido Trabalhista, Shelly Yachimovich, rejeitou essa opção desde o início. Além disso, seria difícil para Netanyahu aceitar como parceiro de coalizão o ex-ministro de relações exteriores Tzipi Livni, do novo Partido Hatnuah (O movimento). Lapid também diz que se recusa a fazer parte de um governo que não se disponha a negociar com os palestinos.
De qualquer forma, não serão apenas as condições de Lapid que tornarão difícil para Netanyahu forjar um governo de coalizão estável. A única coisa que parece certa nesta altura é que Netanyahu, no final, terá a tarefa de formar tal governo.
Mesmo junto com os chamados parceiros de coalizão naturais em seu atual governo --os partidos dos ultraortodoxos, Shas, e dos ultra nacionalistas, pró-assentamentos, Jewish Home- a aliança de Netanyahu, Likud-Yisrael Beitenu, que tinha sido a maior facção no Knesset até estas eleições, não terão suficientes assentos para alcançar uma maioria confortável. Os especialistas dizem que até mesmo a opção improvável de um governo de centro-esquerda-ortodoxo não pode ser eliminada.
É claro que uma pessoa certamente seria excluída de tal governo: Netanyahu.
Mesmo junto com os chamados parceiros de coalizão naturais em seu atual governo --os partidos dos ultraortodoxos, Shas, e dos ultra nacionalistas, pró-assentamentos, Jewish Home- a aliança de Netanyahu, Likud-Yisrael Beitenu, que tinha sido a maior facção no Knesset até estas eleições, não terão suficientes assentos para alcançar uma maioria confortável. Os especialistas dizem que até mesmo a opção improvável de um governo de centro-esquerda-ortodoxo não pode ser eliminada. É claro que uma pessoa certamente seria excluída de tal governo: Netanyahu.=== Tomara, com esses partidos teocraticos e ultra...os Palestinos serão sempre o outro, o inimigo, os párias, os excluidos, e dizer q ambos os povpos são filhos de Abraão (Gên, 16:4 ) Trágico.Sds.
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