A conquista da selva começa pelo céu. Os helicópteros do 4º Bavex (Batalhão de Aviação do Exército), com sede em Manaus, são essenciais para o cumprimento das missões na Amazônia. Subordinado ao CMA (Comando Militar da Amazônia) e ligado tecnicamente ao Cavex (Comando de Aviação do Exército), em Taubaté, o 4° Bavex conta com 340 militares e 12 aeronaves para defender a Amazônia. Para tanto, os aviadores têm à disposição três tipos de helicópteros: o norte-americano Black Hawk e os europeus Pantera e Cougar. A unidade conta ainda com companhias de manutenção e suprimento.
O grupo é responsável por missões na selva que vão desde transportar equipes de comando até patrulha à noite, nas quais os pilotos usam óculos de visão noturna. As aeronaves também são empregadas em ações de resgate e salvamento.
Na Amazônia, segundo o tenente coronel Carlos Waldir Aguiar, comandante do 4º Bavex, as grandes distâncias, as dificuldades de acesso, as ações militares e o apoio aos civis exigem operações constantes da aviação do Exército.
E tudo começou em 1993 com um acidente na fronteira entre Tabatinga (AM) e Colômbia. "A partir daí, algumas aeronaves vieram para cá e nunca mais retornaram, dada a importância do meio aéreo para o cumprimento das missões. O CMA ganhou muito em operacionalidade quando chegaram os helicópteros", disse Aguiar.
Operações. Entre as principais operações da aviação do Exército na Amazônia, estão combate a crimes na fronteira, apoio logístico e missões humanitárias, além de resgate em caso de acidentes aéreos, como em 2006, com o avião da Gol, na região do Pará. "Fomos os primeiros a localizar os destroços."
As atividades são tão intensas na Amazônia e, ao mesmo tempo, revestidas de patriotismo, que o comandante Aguiar se emocionou ao falar sobre as dificuldades da selva. "Não existe reconhecimento maior do que sentir a missão cumprida. Não tem medalha, troféu, mas a sensação do dever cumprido", afirmou.
Salvamento
Após se formar em Taubaté, no Cavex, o sargento Alexander Junqueira de Moura, 30 anos, se tornou auxiliar do pelotão de busca e salvamento do 4° Bavex. O grupo se mantém em constante treinamento para encarar as missões de resgate. Para tanto, os militares precisam saber escalar, fazer rapel e mergulhar. Além disso, todos fizeram o curso de guerra na selva.
"Nos mantemos em condição de treinamento porque não sabemos em qual meio o acidente pode ocorrer, se na selva, nos rios ou em montanhas", explicou Moura. "Na selva, tudo é uma surpresa."
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Só 12 aeronaves para defender a Amazônia? Não sou nenhum especialista, mas é um número pequeno, não?
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S. B.