É pouco provável que Richard Rouget, que foi um atirador contratado durante duas décadas no sangrento conflito africano, tenha de participar da campanha norte-americana contra os rebeldes na Somália.
Rouget, 51, um forte ex-oficial do Exército francês, que comandou um grupo de soldados estrangeiros durante a guerra civil da Costa do Marfim em 2003, foi condenado por um tribunal sul-africano por vender seus serviços militares e prestar serviços para a guarda presidencial das Ilhas Comoros, um arquipélago que sofre com o tumulto político e tentativas de golpe.
Agora Rouget trabalha para a Bancroft Global Development, uma companhia de segurança privada norte-americana que o Departamento de Estado financia indiretamente para treinar soldados africanos que lutam uma guerra urbana nas ruínas desta cidade contra o Al Shabab, o grupo militante somali aliado à Al Qaida.
A companhia desempenha um papel crucial no conflito violento da Somália, um país que foi efetivamente desgovernado e ficou atolado no caos durante anos. A luta contra o Al Shabab, um grupo que as autoridades norte-americanas temem que possa realizar ataques contra o Ocidente, foi principalmente terceirizada para soldados africanos e companhias privadas por conta da relutância de enviar soldados norte-americanos de volta a um país do qual saíram rapidamente há quase duas décadas.
“Não queremos nenhuma pegada norte-americana no chão”, disse Johnnie Carson, principal autoridade do Departamento do Estado norte-americano para a África.
Uma presença militar visível norte-americana seria provocativa, disse ele, em parte porque a história da Somália é um cemitério para as missões norte-americanas – incluindo o episódio “Black Hawk Down” de 1993, quando milicianos somalis mataram 18 membros do serviço dos EUA.
Ainda assim, durante o ano passado, os Estados Unidos aumentaram silenciosamente as operações dentro da Somália, reconhecem oficiais norte-americanos. A CIA, que financia em grande parte a agência de espionagem do país, treinou agentes de inteligência somalis, ajudou a construir uma base maior no aeroporto de Mogadishu – os somalis a chamam de “Casa Rosa” por causa do tom avermelhado de seus prédios, ou de “Guantanamo” por conta de suas ligações com os Estados Unidos – e interrogaram suspeitos de terroristas junto com seus colegas numa precária prisão somali.
O Pentágono se envolveu em ataques com aeronaves teleguiadas para matar militantes da Al Shabab e recentemente aprovou US$ 45 milhões em carregamentos de armas para soldados africanos que lutam na Somália.
Mas esta é uma abordagem parcial que muitos oficiais norte-americanos acham que não será suficiente para coibir a Al Shabab a longo prazo. Em entrevistas, mais de uma dúzia de oficiais e ex-oficiais norte-americanos e especialistas descreveram uma estratégia geral dos EUA na Somália que é prejudicada por uma falta de foco e batalhas internas durante a última década. Enquanto os Estados Unidos aumentaram significativamente as operações clandestinas no Paquistão e no Iêmen, oficiais norte-americanos estão profundamente preocupados com a Somália, mas não conseguem entrar em consenso quanto ao custo-benefício de aumentar os ataques militares no país.
“Acho que nem a comunidade internacional em geral, nem o governo norte-americano em particular sabem exatamente o que fazer com o fracasso do processo político na Somália”, diz J. Peter Pham, diretor do programa para a África no Conselho Atlântico, uma instituição de pesquisa de Washington.
Durante meses, dizem funcionários, o Departamento de Estado esteve em conflito com alguns oficiais militares e de inteligência sobre se atacar locais suspeitos de serem campos de militantes nos territórios do sul da Somália ou realizar ataques norte-americanos para matar líderes militantes enfraqueceria significativamente a Al Shabab – ou em vez disso, aumentaria suas forças permitindo que o grupo se apresentasse como um oponente ao poder estrangeiro.
Lauren Ploch, especialista em leste da África no Serviço de Pesquisa do Congresso, disse que o governo Obama enfrenta muitos dos mesmos problemas que frustraram seus antecessores - “equilibrar os riscos de uma presença norte-americana no local” com os riscos de usar “terceiros” para realizar a estratégia norte-americana na Somália.
Ensinando habilidades de guerra
A Al Shabab já mostrou sua capacidade de atacar além da Somália, matando dezenas de ugandenses no verão passado durante um ataque suicida que muitos acreditam ter sido uma represália contra a decisão do governo de Uganda de enviar tropas à Somália. Agora, entretanto, graças em parte à Bancroft, a companhia de segurança privada, os militantes foram forçados a recuar. Vários oficiais da ONU e da União Africana dão crédito à Bancroft por melhorar as habilidades de guerra das tropas africanas na Somália, que neste último final de semana forçaram militantes da Al Shabab a se retirarem de Mogadishu, a capital do país, pela primeira vez em anos.
Como outras companhias de segurança na Somália, a Bancroft prosperou como uma espécie de procuradora para o governo dos EUA. Com sede numa mansão na Embassy Row em Washington, a Bancroft é uma empresa sem fins lucrativos comandada por Michael Stock, um nativo da Virgínia, de 34 anos, que fundou a companhia pouco depois de se formar em Princeton em 1999. Ele usou parte da fortuna de sua família no sistema financeiro para abrir a Bancroft como uma pequena empresa de retirada de minas terrestres.
Nos últimos anos, a companhia expandiu sua missão na Somália e hoje comanda um dos únicos campos fortificados em Mogadishu – uma série de prédios pré-fabricados cercada por sacos de areia perto do aeroporto decrépito da cidade, próximo ao mar.
O campo da Bancroft tem um hotel simples para trabalhadores visitantes, diplomatas e jornalistas. Mas o verdadeiro lucro da companhia vem do governo norte-americano, embora por um longo caminho. Os governos de Uganda e Burundi pagam milhões de dólares à Bancroft para treinar seus soldados para missões contra-insurgentes na Somália pela União Africana, dinheiro que o Departamento de Estado reembolsa às duas nações africanas. Desde 2010, a Bancroft recebeu cerca de US$ 7 milhões por meio desse acerto.
Tanto oficiais dos EUA quanto da ONU dizem que a equipe da Bancroft em Mogadishu – uma mistura de cerca de 40 ex-soldados sul-africanos, franceses e escandinavos que chamam a si mesmos de “mentores” - melhorou as habilidades de soldados africanos e reduziu as mortes de civis ao persuadi-los a parar de lançar artilharia em áreas populosas de Mogadishu. Um consultor ocidental que trabalha para a União Africana dá crédito à Bancroft por ajudar a “transformar um exército da selva numa força de guerra urbana”.
Os conselheiros normalmente trabalham nas linhas de frente – mostrando aos soldados como construir trincheiras para atiradores ou fazer buracos em paredes para passar de uma casa para outra.
“A guerra urbana é uma guerra de atrito, você ataca aos poucos”, disse Rouget, da Bancroft. No ano passado, ele foi ferido em Mogadishu quando um estilhaço da explosão de um foguete da Al Shabab abriu sua coxa.
Ainda assim, ele parece gostar muito de seu trabalho. “Dê-me alguns técnicos” - um termo para camionetes armadas - “e alguns selvagens que eu fico feliz”, ele brincou.
Privatizando a guerra
Alguns críticos veem o papel desempenhado por Rouget e outros contratantes como uma tendência preocupante: depender de companhias privadas para entrar nas batalhas para as quais os países não têm estômago. Alguns funcionários do congresso norte-americano que investigam o dinheiro gasto para operações na Somália disseram que os acertos obscuros como o da Bancroft – em que o dinheiro passa por governos estrangeiros – torna difícil rastrear de forma apropriada como os fundos são gastos.
Isso também dificulta que oficiais norte-americanos monitorem que está sendo contratado para a missão na Somália. No caso da Bancroft, alguns treinadores são veteranos de guerras no interior da África que às vezes usam apelidos nos países em que lutaram. Rouget, por exemplo, usava o nome Coronel Sanders.
Ele nega que seja um mercenário e diz que sua condenação por um tribunal sul-africano foi “política”, muito mais uma “infração às regulações” do que um crime. Ele acrescentou que o governo francês, que enviou tropas de paz para a Costa do Marfim, estava a par de suas atividades lá.
Stock, presidente da Bancroft, também rejeita totalmente a ideia de que seus funcionários sejam mercenários, insistindo que os treinadores não participam do combate direto contra os guerrilheiros da Al Shabab e são apoiados por governos legítimos.
“A atividade mercenária é contrária os propósitos fundamentais para os quais a Bancroft existe”, disse ele, acrescentando que a companhia “não se envolve com atividades encobertas, clandestinas ou de alguma forma secretas”.
Ele disse, entretanto, que há apenas um pequeno grupo de pessoas que a Bancroft pode contratar que tem experiência em guerras africanas.
Nos últimos anos, de acordo com um relatório recente da ONU, um número cada vez maior de companhias se envolveu no caos da Somália com contratos para proteger políticos somalis, treinar soldados africanos e construir uma força de combate para lutar contra os piratas somalis armados.
O relatório fornece novos detalhes sobre uma operação da firma sul-africana Saracen International para treinar uma milícia antipirataria com mil homens para o governo de Puntland, uma região semi-autônoma no norte da Somália, criando efetivamente “a força militar local mais bem equipada da Somália”.
Usando companhias fantasmas, algumas das quais a ONU afirma estarem ligadas a Erik Prince, que fundou a empresa de segurança Blackwater Worldwide, a Saracen enviou secretamente armas e equipamentos, violando um embargo de armas, para o norte da Somália em aviões de carga que saíam de Uganda e dos Emirados Árabes Unidos. Vários oficiais da ONU disseram que os Emirados, preocupados com a epidemia de pirataria, estavam financiando secretamente a operação Saracen.
O Pentágono disse recentemente ao Congresso que planeja enviar quase US$ 45 milhões em equipamentos militares para fortalecer as tropas de Uganda e Burundi. Os pacotes de armas incluem caminhões de transporte, coletes à prova de balas, óculos de visão noturna e até quatro pequenos aviões teleguiados que as tropas africanas podem usar para espionar as posições da Al Shabab.
Diferentemente dos soldados do governo somali, os comandos somalis treinados pela CIA são equipados com novas armas e coletes à prova de balas, além de óculos de sol e máscaras de esqui para esconder sua identidade. Eles fazem parte da Agência Nacional de Segurança da Somália – uma organização de inteligência financiada em grande parte pela CIA – que responde ao governo federal de transição da Somália. Muitos em Mogadishu, entretanto, acreditam que o serviço de inteligência somali está construindo uma base de poder independente do fraco governo.
Um oficial somali, falando sob condição de anonimato, disse que o serviço de espionagem estava se tornando um “governo dentro do governo”.
“Ninguém, nem mesmo o presidente, sabe o que a NSA está fazendo”, disse ele. “Os norte-americanos estão criando um monstro.”
Um papel para a CIA
A CIA também se uniu ocasionalmente com oficiais somalis no interrogatório de prisioneiros, incluindo Ahmed Abdullahi Hassan, um queniano preso em Nairobi em 2009 por conta de uma informação de inteligência norte-americana e entregue à Somália pelos quenianos. As operações da CIA na Somália foram divulgadas pela primeira vez no mês passado pela revista The Nation.
Um oficial da CIA, falando sob condição de anonimato por não poder discutir relações com serviços de inteligência estrangeiros, disse que os oficiais da agência interrogaram Hassan numa prisão somali usando regras rígidas de interrogatório.
“O país anfitrião precisa dar garantias de que os suspeitos serão tratados de forma humana”, disse o oficial, e os agentes de inteligência “precisam estar convencidos de que o indivíduo em custódia tem informações prementes sobre operações terroristas contra os interesses norte-americanos.”
Um porta-voz da CIA disse que a agência de espionagem não estava mantendo prisioneiros em prisões secretas dos EUA, como fez nos anos após os ataques de 11 de setembro de 2001.
“A CIA não tem prisões na Somália ou em nenhum outro lugar, ponto final”, disse a assessora de imprensa Marie Harf. “O programa de detenção e interrogatório da CIA acabou há dois anos e meio.”
Em Washington, oficiais norte-americanos dizem que há debates em andamento sobre o quanto os Estados Unidos devem depender de treinamento clandestino de milícias e ataques de aviões teleguiados para lugar contra a Al Shabab. Ao longo do ano passado, a embaixada norte-ameriana em Nairobi, de acordo com um oficial norte-americano, se tornou um ninho de funcionários militares e de inteligência que estão ansiosos para aumentar as operações na Somália. Mas Carson, oficial do Departamento de Estado, foi contrário aos ataques teleguiados por causa do risco de fazer com que mais somalis se juntem à Al Shabab, de acordo com vários oficiais.
Numa entrevista por telefone, ele minimizou os desacordos burocráticos e rejeitou as críticas de que a abordagem norte-americana quanto a Somália tem sido improvisada. É um país historicamente com problemas difíceis, disse ele, e o apoio norte-americano às tropas de paz africanas tem ajudado a combater as forças da Al Shabab.
E quanto ao resto do sul da Somália, continua firme nas mãos da Al Shabab?
“Um passo de cada vez”, disse ele. “Um passo de cada vez.”
Stock, presidente da Bancroft, disse que as disputas em Washington sobre como conter a ameaça da Al Shabab tornaram o governo dos EUA ainda mais dependente de companhias como a sua.
Como ele diz: “nós somos os melhores no momento”.
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Exploração e atos mercenários a parte cometidos pelo império americano temos q admitir algo eles são mto,+ mto inteligentes mesmo,mto + inteligentes q os imérios anteriores. Se eles podem explorar ás divisões internas dos paises e usarem da força da CIA e das empresas de segurança privadas (q na pratica atuam com papel similar a mercenários de guerra), para q ir invadir paises e ficar atolados em pós-guerras q nem Afeganistão e Iraque? O modelo de guerra da Libia vamos ver mto nesse séc XXI, e esse ae da Somália tbm, isso de acordo com ás cincunstâncias, nações geralment são ficções de territórios com divisões internas sérias facilmente exploradas por quem tem $$$$$$ para isso
ResponderExcluirVendo o pragmatiscmo com q atuam os americanos, vai ser mto dificil esse império acabar, pode cair economicamente, socialmente pode desabar, pode cair ate tecnologicamente, mais quem sabe explorar circunstãncias de forma tão meticulosa como os EUA sabem, não vai acabar esse império.
ResponderExcluirnao vai acabar nao,so esta ruindo na frente de todos,ocorre que nem todo ser humano e capaz de enxergar.
ResponderExcluirEu nem gosto dos EUA, apenas não acredito que um império tão pragmatico venha a cair em um mundo tão limitado quanto oq vivemos, estão caindo mais mesmo assim gastam quase tanto ou mais até que o mundo todo em armas e inteligência, eu não cato chifre na cabeça de cavalo, por mim tomara que essa droga de império, mais esta mto longe disso acotnecer, mto longe msm
ResponderExcluirEu me refiri ao mundo todo junto eu não sei hj mais na época da invasão do Iraque cansaram de falar na TV q os EUA gastava mais que o mundo todo junto em armas e inteligência juntos, outra um império geralmente cae qdo surge outro, oq será a China será q vai ser além da maior economia mundial? Até agora a China só vem fazendo força na area economica, só tem 1 bi mais de pessoas para aplicar politicas sociais que os EUA tem, e ae adiantaria superar alguns bilhões em PIB daq uns anos? Outra questão a China vem crescendo com capital americano e europeu tbm, quantas empresas investem lá? Inumeras, então como a China vai peitar de frent EUA e UE? São detalhes cruciais para o futuro politico do planeta
ResponderExcluirO mundo é tão limitado hoje que nunca na história evolui tanto como nos últimos tempos. O mundo é tão limitado que hoje é multi-polar.
ResponderExcluirÁs limitações em forças politicas continuam significativas, eu não falei em tecnológia nem econômia, o que adianta a União Africana se opor frequentemente a uma guerra dentro do continente deles mesmos? Muda alguma coisa? Não, o que adianta a Russia querer dar uma de dipolomatica se opondo sempre ás guerras da OTAN muda alguma coisa? Não muda nada e por ae vai
ResponderExcluirNo entanto em tecnológia e economia o mundo de fato evoluiu muito, em politica a história ainda é outra
ResponderExcluirE vou além o mundo regridiu em forças politicas da guerra fria para hoje, politica multi-polar é ilusória, tem muito show isso sim, com um monte de diplomatas por ae,quem hoje se compara em força parela aos EUA como foi a URSS do final da déc de 40 até o final da déc de 80, quem hoje chega proximo em poder paralelo? Russia hoje fala muito e faz pouico, cansa de perder clientes na aerea belica por sanções que interessam os EUA como Irã e Libia, a China então nem fala ainda, é uma grande incognita que ainda depende da tecnológia russa, a UE junta só tem poder quando está aliado com os EUA, o que adiantou França e Alemanha serem cotnra a guerra do Iraque? Na época da URSS eles vendiam arma para quem eles queriam não tinha essa de respeitar sanções pro EUA como todo mundo hoje respeita que nem cachorrinho deles
ResponderExcluirEUA fazem show para o mundo, deixam um mundarel de paises falarem até o Brasil parece ter poder no falso show global em que vivemos, daqui 100 anos ainda vão contar com o fim do império ianque
ResponderExcluirO mundo é mais maduro do ponto de vista político do que ontem. Negar isso é desconhecer a geopolítica.
ResponderExcluirMais maduro eu concordo, não vemos por ae riscos das grandes forças guerrearem entre si no momento, mais como vc mesmo disse informante em outro tópico, palavras sem atitudes não servem para nada, hoje temos quem fala contra mais que também faz nada contra, Russia desrespeitarem umas sanções ridiculas da ONU de vez em quando não criaria nenhuma guerra mundial, apenas por causa disso, falta atitudes, é fácil o Putin, Medvedev darem uma de lideres da soberania e não fazer nada, nem mesmo vender armas a clientes dele que estão invadindo nenhum pais como Irã e Libia e perder bilhões com isso como a Russia perde
ResponderExcluirO mesmo se pode dizer da China, empresas americanas e europeias não vão deixar seus governos prejudicarem o pais com 20% da população mundial q podera trazer mega lucros para eles, a China de vez em quando se quizesse poderia quebrar algumas das sanções ridiculas criadas, faltam atitudes na politica mundial, principalmente Russia e China, não me levem a mal caso tenha algum descendete russo ou chines aq eu até gosto ate desses paises, mais Russai e China vem agindo que nem cachorro que late e não morte, é uma ´´oposição´´ que na pratica não representa nada expressivo
ResponderExcluirEu acho que a Rússia está correta em respeitar o que é acordado na ONU.
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