Reino Unido põe à venda sua frota de aviões de pouso vertical; Índia é o comprador mais provável
O governo britânico busca compradores para sua frota de caças de pouso vertical Harrier. A razão da venda é estritamente econômica, pois a Fleet Air Arm foi obrigada a reduzir os seus gastos.
Assim informou hoje o jornal Financial Times, adiantando que Índia e Estados Unidos poderiam ser o destino mais provável dos 50 caças. Caso nenhum dos países compre os caças, os mesmos estariam destinados a parar em museus britânicos.
O secretário de Estado de Defesa Peter Luff declarou ao jornal britânico que parte do material militar que o país abriu mão, poderia parar em um segundo país, isso inclui os aviões de reconhecimento Hawker Siddeley Nimrod.
“Não quero falar sobre o mercado. Não quero nem que pense que queremos nos livrar desse material, mas estamos estudando cuidadosamente as opções possíveis. Há mercado fora, em particular para os Harrier”, disse Luff.
A venda desses aviões, mesmo que a ‘preço de banana’ seria uma boa notícia para o MoD, que trata de cumprir este ano os metas econômicas firmadas pelo governo.
Não obstante, fontes do governo britânico, como do setor de defesa reconhecem que a venda não é uma tarefa das mais fáceis, visto que há outras e melhores alternativas no mercado e só um punhado de países têm experiência com o Harrier.
Já o caso dos aviões de reconhecimento Nimrod MRA4 é mais complicado, visto que sua produção sofreu um atraso de 9 anos e seu custo foi maior que o previsto.
A renúncia do Harrier, caça que teve papel importante na Guerra das Malvinas, contra a Argentina, é uma decisão tremendamente significativa, já que Londres deixará de ter por pelo menos 10 anos aviões de pouso vertical para seus porta-aviões.
No entanto, obrigado por escolher entre o Harrier e o Tornado, o governo optou pelo último dado a sua maior funcionalidade.
Segundo o Financial Times, o país que poderia estar mais interessado no Harrier, é a Índia, que nos anos 80 comprou 30 Sea Harriers.
Outro possível comprador seriam os EUA, que poderiam com eles completar sua própria frota, ao serviço do Corpo de Fuzileiros.
Espanha e Itália também utilizam algumas versões desse caça.
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