Força Tarefa Naval russa parte em missão no Atlântico e Mediterrâneo

Su-33 a bordo do Admiral Kuznetsov

O porta-aviões “Admiral Kuznetsov” e mais 4 navios auxiliares da Frota Russa do Norte, iniciaram ontem uma travessia que se prolongará por vários meses e cobrirá as zonas do nordeste do Atlântico e Mediterrâneo, comunicou o capitão do navio Vadim Serga, porta-voz da Frota do Norte.

O militar precisou que o objetivo da expedição é “garantir a presença naval da Rússia em setores de importância operacional do Oceano Mundial”, com especial ênfase para tarefas relacionadas com a segurança da navegação e outras atividades econômicas da Rússia no espaço marítimo.

Acompanham o Admiral Kuznetsov o rebocador “Nikolai Chiker” e os petroleiros “Sergei Osipov”, “Vyazma” e “Kama”. Essa força tarefa zarpou ontem de Severodvinsk, principal base da Frota do Norte e planeja realizar durante a expedição exercícios conjuntos com as Frotas do Báltico e do Mar Negro.

O porta-aviões russo “Admiral Kuznetsov” é o único porta-aviões da classe Admiral Kuznetsov. Seu irmão gêmeo, o Varyag, agora está em mãos chinesas, aguardado o findar o seu processo de construção, para servir de plataforma de treinamento para os pilotos chineses. O filho soviético, agora tem uma mãe chinesa, mas nunca participará de uma missão real. Já o seu “irmão maior”, navio insígnia da Marinha Russa, símbolo de poder, não teve uma história fácil. Mudou de nome 3 vezes antes de ser conhecido pelo nome atual. Antes de ser construído, o porta-aviões recebeu o nome de Riga, mas foi para os testes de mar o nome de Leonid Brezhnev, mas terminado os testes de mar passou a ser chamado de Tbilisi.

A classe Admiral Kuznetsov de porta-aviões foi idealizada para ser a mais poderosa do mundo. Também, não era para menos. Para a criação da classe mais poderosa de porta-aviões do mundo, 16 ministérios da então URSS foram envolvidos, sem contar nas mais de 700 empresas que participaram de sua construção.

Para se ter uma ideia da complexidade do projeto, o mesmo pode ser facilmente comparado com a construção da estação espacial soviética “Mir”.