quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Ministério da Defesa da Rússia formula as especificações para o novo BMP anfíbio dos Morskaya Pekhota
Apesar do vice-premiê russo Dmitry Rogozin fazer duras críticas a aquisição de dois porta-helicópteros franceses da classe Mistral para a Marinha Russa, o Ministério da Defesa da Rússia formou as especificações para um novo veículo de combate de infantaria (IFV por sua sigla em inglês), veículo esse que será transportado pelos próprios porta-helicópteros e por aeronaves de transporte.
Segundo o jornal russo Izvestia, o comando da Marinha deseja que o novo IFV possa transportar 15 fuzileiros (Morskaya Pekhota) devidamente equipados com armas padrão, bem como lança-granadas automáticas portáteis, MANPADS (lançador de míssil antiaéreo portátil) e metralhadoras pesadas.
O novo blindado deve ter peso semelhante aos modelos antecessores (BMP-2, BMP-3 e BTR-80), ou seja, deve pesar cerca de 30 toneladas.
Outros requisitos da Marinha é que o novo veículo tenha um conjunto de proteção passiva e um sistema de proteção ativa. Nesse caso o veículo deverá ser equipado com a nova versão do sistema Arena.
Os fuzileiros navais russos querem que o novo blindado seja capaz de prover apoio de fogo, bem como engajar outros veículos blindados, até mesmo tanques de batalha. O novo veículo também será capaz de abater helicópteros inimigos.
O novo BMP russo deverá ter um canhão de 30mm, uma metralhadora coaxial de 7.62mm e poderá lançar mísseis guiados.
O novo veículo blindado russo deverá ser relativamente grande, o que o torna vulnerável as armas anti-taque modernas, mas segundo os russos, esse tipo de veículo anfíbio não pode ser compacto como o AAV-7 dos marines americanos, haja vista que esses não tem nenhuma chance no campo de batalha atual. Assim, a potência do motor será de pelo menos 400 hp, mas no futuro esse novo veículo terá uma turbina a gás ou um motor de 750 Cv idealizado para o Kurganets-25.
Segundo o jornal russo, os fuzileiros navais abriram mão de receberem novos veículos anfÍbios Kurganets-25 e BMP-3F.
Quem desenvolverá o novo BMP para os fuzileiros navais só será conhecido no final de 2013 e ele será escolhido em uma concorrência aberta. Na primavera seguinte (no hemisfério norte) defenderá seu projeto diante de uma comissão permanente do Ministério da Defesa da Rússia.
Russos não querem mais o motor francês TMZ-866.10 para seus tanques
As Forças Blindadas Russas abandonarão o uso do motor francês TMZ-866.10 em seus tanques.
Segundo o jornal russo "Izvestia", o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, propôs a Main Automotive-Armoured Tank Directorate of the Ministry of Defence of the Russian Federation (GABTU) a abandonar o projeto internacional.
Segundo uma fonte militar russa, o motor TMZ-866.10 é fabricado na JSC "Tutaev motor plant" e os militares russos não veem mais sentido na continuação de sua produção. O motor foi projetado para o tanque de batalha T-72, mas os russos não tem planos de modernizar esse modelo. Os tanques principais das Forças Armadas Russa serão o T-90A e o futuro Armata. A fonte disse que o Armata terá um novo motor, o qual está em desenvolvimento.
O T-90 e o T-90AM tem um motor V-92S2 de 1000hp e logo esse novo motor será substituído por motores à diesel de 1,13-1,2 mil hp que está em desenvolvimento na Chelyabinsk Tractor Plant.
O motor TMZ-866.10 de 1-1100 hp, está equipado com uma transmissão automática ESM-350 da empresa francesa RENK. O Departamento de Guerra da Rússia ordenou o financiamento desse motor em 2010 devido a grandes problemas com os motores potentes russos.
Uma fonte ligada ao GABTU disse que o motor francês em tese parece ser ótimo, mas que na prática apresenta problemas.
A Tutaev motor plant disse que o motor TMZ-866.10 é excelente, mas não deu mais detalhes.
Um represente do alto escalão da Tutaev motor plant disse que o motor TMZ-866.10 tem problemas de aquecimento, mas isso é corrigível. Porém eles precisam de 2.3 bilhões de rublos para corrigir esse problema, a GABTU se recusa a financiar esse dinheiro.
Os motores russos V-46 a T-72 e B-84 e B-92 para o T-90 tem câmbio manual com uma unidade separada. Em caso de avaria ou defeito, o motor deve ser removido primeiro já que a transmissão é separada. O TMZ-866.10, por sua vez, a transmissão e o motor forma uma unidade e ela pode ser reparada em 30 minutos.
"Em Chelyabinsk eles destinaram 25 bilhões de rublos (para Chelyabinsk Tractor Plant) estão fazendo um motor de potência semelhante", reclama o representante da Tutaev motor plant.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
IRGC exibe as últimas minas marítimas iranianas
O Corpo dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) apresentou na última segunda-feira (28) as últimas minas submarinas produzidas pela indústria bélica iraniana em uma cerimônia no sul do Irã.
As novas minas iranianas foram apresentadas em uma exposição à margem da primeira conferência especial sobre minas marítimas realizada na cidade portuária de Bandar Abbas, sul do Irã, disse o comandante da Marinha Iraniana, o almirante Ali Fadavi.
Minas submarinas de países estrangeiros também foram exibidas na exposição.
Enquanto isso, membros da Research and Self-sufficiency Jihad do IRGC disseram que estudaram às últimas táticas para a gestão de minas de guerra, minas de "plantação" e táticas de varredura de minas.
No mês passado, a Marinha Iraniana testou as suas capacidades operacionais de suas unidades de submarinos, exercendo a operações de implantação de minas e conduziu diferentes táticas de defesa de suas águas territoriais e zonas costeiras.
Helicópteros da Marinha e barcos de alta velocidade também realizaram operações de plantio de minas.
Misseis, caças e blindados
O Vice-Chefe do Estado Maior da Forças Armadas Iraniana, brigadeiro-general Massoud Jazzayeri, disse recentemente que seu país irá revelar os últimas avanços da indústria bélica iraniana, sobretudo na aérea de mísseis.
"Além de novos caças feitos nacionalmente, novos avançandos mísseis serão apresentados nos próximos dias", disse Jazzayeri, acrescentando que os novos mísseis produzidos pelos especialistas iranianos tem alcances diferentes.
"Durante o Ten-Day Dawn novos tanques e veículos blindados também serão apresentados", concluiu Jazzayeri.
Venezuela recebe mais obuseiros autopropulsados e sistemas de defesa antiaérea da Rússia
Acima um Msta-S da Venezuela |
O Ministério da Defesa da Venezuela recebeu um novo lote de obuseiros autopropulsados Msta-S e outro lote do sistema de defesa antiaérea Pechora-2M.
As armas chegaram pelo porto de Puerto Cabello, no estado venezuelano de Carabobo. O volume de armas que chegaram à Venezuela é desconhecido e só se sabe que atracaram 5 cargueiros com obuseiros e sistemas de defesa antiaérea.
O fornecimento de Msta-S começaram em 2011. Dos anos antes, a Venezuela obteve da Rússia um crédito de US$ 2.2 bilhões para a aquisição de armamentos.
Com esse dinheiro, o departamento militar venezuelano adquiriu cerca de 92 tanques de batalha T-72B1V, sistema de artilharia Smerch, sistema de defesa costeira Bal-E e sistema de mísseis antiaéreos portáteis Igla-S.
Em junho passado foi informado que a Rússia e a Venezuela chegaram a um acordo sobre o fornecimento de um novo lote de 100 tanques T-72B1V, que serão comprados com um crédito de US$ 4 bilhões, crédito esse que foi concedido pela Rússia em outubro de 2012.
Crimes contra humanidade na Coreia do Norte devem entrar na agenda internacional, diz especialista
Foto mostra o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, discursando durante abertura da 4ª Reunião de Secretários de Células do Partido dos Trabalhadores do país, em Pyongyang |
A Coreia do Norte é notícia de novo, e pelo mesmo motivo de sempre – testes nucleares. O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) estava certo ao aprovar uma resolução; o mundo está certo em estar profundamente preocupado.
Há também outra razão para que a Coreia do Norte seja alvo de medidas restritivas: o país provavelmente tem o pior histórico do mundo em relação aos direitos humanos. No país mais oprimido do mundo, não há liberdade de expressão nem de culto; no país mais fechado do mundo, não há liberdade para a circulação de informações; no país mais sombrio do mundo, há pouca luz política, espiritual e até mesmo física. Se você olhar para uma foto de satélite da Península Coreana, o sul aparece fortemente iluminado; o norte, onde a energia elétrica é quase tão escassa quanto à esperança, o mapa aparece quase totalmente escuro.
A Coreia do Norte é governada pela única ditadura do mundo que é, ao mesmo tempo, uma dinastia e – acreditam seus governantes – uma divindade. Estima-se que 200 mil habitantes da Coreia do Norte vivem em condições terríveis nos campos de prisioneiros do país, chamados de kwan-li-lo. Casos extremos de tortura, violência sexual, trabalho escravo, fome e execução são comuns.
Os casos de abuso são tão generalizados e graves que o ex-relator especial de direitos humanos da ONU para a Coreia do Norte, Vitit Muntarbhorn, descreveu o país como "sui generis, que pertence a uma categoria própria". Ele pediu para que as Nações Unidas tratassem do caso norte-coreano "na mais alta instância do sistema" e exortou a comunidade internacional a "mobilizar toda a ONU para... apoiar processos que atribuam responsabilidades de forma concreta e coloquem um ponto final na impunidade". Até muito recentemente, os apelos de Muntarbhorn entraram por um ouvido e saíram pelo outro.
Atualmente, no entanto, vem ganhando impulso a pressão para que seja estabelecida uma comissão de inquérito destinada a investigar os crimes contra a humanidade praticados na Coreia do Norte. Pela primeira vez, os fatores favoráveis para que essa comissão seja formada estão confluindo e proporcionando uma janela de oportunidade. Mas essa janela é estreita.
A atual composição do Conselho de Direitos Humanos da ONU significa que essa proposta, que será apresentada durante uma sessão a ser realizada em março, tem uma boa chance de ser aprovada. Por isso, agora é uma questão de liderança e iniciativa. Um governo, ou um grupo de governos, provavelmente da Europa, mas com forte apoio do Japão, da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, precisa responder ao desafio e apresentar uma recomendação.
Os governos que optarem por agir podem ter certeza de que contarão com um apoio altamente confiável. O atual relator da ONU, Marzuki Darusman, pediu explicitamente que seja feita uma investigação sobre as "flagrantes" violações na Coreia do Norte. No início deste mês, o alto comissário de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, disse que, um ano após Kim Jong-un assumir o poder praticamente "não há nenhum sinal de melhoria", e argumentou que "uma investigação profunda sobre uma das piores e, ao mesmo tempo, menos compreendidas e analisadas situações relacionadas aos direitos humanos do mundo não apenas é totalmente justificada, mas já deveria ter sido realizada há muito tempo".
O especialista em direito internacional William Schabas e o ex-procurador chefe que atuou no julgamento de Slobodan Milosevic, Geoffrey Nice, apoiam uma investigação. Durante sua audiência de confirmação no Senado dos EUA, John Kerry, candidato indicado para ser o próximo secretário de Estado norte-americano, disse que o governo de Barack Obama deve ser mais insistente e firme em suas críticas em nome dos prisioneiros políticos norte-coreanos.
No final do ano passado, 179 fugitivos norte-coreanos escreveram para os ministros das Relações Exteriores de vários países, solicitando que eles estabelecessem uma comissão de inquérito. Mais de 40 organizações de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, apoiaram a ideia. Legisladores de todo o mundo também têm se mostrado favoráveis à medida. Mais recentemente, o Japão e a Austrália juntaram-se aos pedidos pelo estabelecimento de um inquérito. Essa não é mais uma questão marginal.
No entanto, o que um inquérito como esse seria capaz de alcançar? É provável que a Coreia do Norte não se mostre disposta a cooperar – e é muito improvável que, caso o inquérito recomendasse o encaminhamento ao Tribunal Penal Internacional, o Conselho de Segurança cumpriria essa medida.
Mesmo que isso viesse a acontecer, o fato de Omar al-Bashir, do Sudão, ainda estar livre – apesar de ter um mandado de prisão expedido em seu nome – dificilmente inspira confiança de que seriam tomadas as medidas necessárias para fazer Kim Jong-un prestar contas.
No entanto, esses argumentos não devem justificar a inércia. Mesmo que, como é provável, Pyongyang não aceite cooperar, existem milhares de fugitivos da Coreia do Norte que prestariam depoimentos. O corpo de investigadores, formado por respeitados especialistas mundiais atuando com plena autoridade, credibilidade e recursos da ONU, poderia reunir e avaliar esses depoimentos.
A simples atribuição do rótulo de "crimes contra a humanidade" – se essa fosse a conclusão do inquérito – poderia pressionar Pyongyang a moderar seu comportamento. Uma comissão de inquérito faria as recomendações referentes ao tipo de medida a ONU e a comunidade internacional deveriam adotar.
Alguns podem argumentar que uma investigação poderia ameaçar qualquer esperança duradoura de diálogo. Eu discordo. Há muito tempo venho defendendo o engajamento crítico, em vez do isolamento, pois nosso objetivo deve ser o de arrombar as portas da nação mais fechada do mundo, e não o de girar a chave na fechadura. Em 2010, viajei com dois legisladores britânicos a Pyongyang para falar sobre direitos humanos com os dirigentes do regime.
Mas o ponto principal desse diálogo deve ser a preocupação com os direitos humanos. Assim como Margaret Thatcher e Ronald Reagan colocaram a preocupação com os dissidentes soviéticos de maneira firme sobre a mesa de negociação, o mundo de hoje precisa olhar a Coreia do Norte nos olhos e desafiar Pyongyang em relação a seus gulags. Engajamento crítico, investigação, informação e prestação de contas andam de mãos dadas.
Uma comissão de inquérito colocaria as horríveis práticas de direitos humanos da Coreia do Norte onde elas pertencem – no centro da agenda internacional. É hora de jogar luz sobre um dos cantos mais escuros da terra.
(Benedict Rogers é líder da equipe do leste da Ásia da Christian Solidarity Worldwide e co-fundador da International Coalition to Stop Crimes Against Humanity in North Korea [Coalizão Internacional para Deter os Crimes Contra a Humanidade na Coreia do Norte].)
China e França preparam comemoração de cinquentenário do reconhecimento da China por De Gaulle
M. Kong Quan, embaixador da China na França |
"O General tinha um cozinheiro?", "Que tipo de pratos ele apreciava?", "Quantos membros tinha a família De Gaulle?". Na segunda-feira (28), na sala de jantar de La Boisserie, diante da lareira coberta de azulejos de Delft, Kong Quan, embaixador da China, parece dispor de uma inesgotável reserva de perguntas para Yves de Gaulle. O neto do estadista responde a elas com prazer durante essa visita íntima à residência de Colombey-les-Deus-Eglises (Haute-Marne).
Em janeiro de 2014, os dois países celebrarão o 50º aniversário do reconhecimento da China popular pelo general De Gaulle – primeiro chefe de Estado ocidental a realizar esse gesto diplomático. "E comemoraremos com grande pompa", garante ao "Le Monde" o embaixador. Esse 49º aniversário organizado pela Fundação Charles-de-Gaulle é a promessa disso.
Para escrever, em chinês, no livro de visitantes, Kong Quan se senta na escrivaninha do general, em um cômodo hexagonal que dá para o jardim coberto de bruma. As máscaras africanas na entrada, o cubículo sob a escada destinado ao único telefone da casa, a biblioteca, as fotos, não falta nada. Em 2012, o diplomata visitou a casa onde De Gaulle nasceu, no número 9 da Rue Princesse, em Lille.
Kong Quan realiza seu percurso com convicção: flores sobre o túmulo, visita ao memorial, hinos nacionais diante da imensa cruz de Lorena sobre a colina. O reconhecimento de 1964, lembra o diplomata, parecia impossível "para aqueles que estavam imersos na guerra fria. Mas esse gesto deu forma ao tabuleiro mundial. Um gesto visionário da parte de Mao e de De Gaulle".
E qual seria o programa para os próximos anos? Um mundo onde a parceria franco-chinesa seria reforçada por um benefício mútuo, a prosperidade compartilhada, e onde as duas potências trabalhariam pela estabilidade mundial...
"É passado"
Bernard Accoyer, "seu amigo" desde que ele se recusou a içar a bandeira tibetana sobre a Assembleia Nacional, quando era presidente, conta ter cultivado relações com o Parlamento chinês. "O problema não é a diferença total de nossos regimes políticos", explica o deputado de Alta-Saboia. "Há exigências que devem transcender essas diferenças".
O outro convidado do dia, Jean-Pierre Chevènement, que considera De Gaulle "o maior estadista do século 20", conhece há muito tempo o embaixador, ex-aluno do ENA. "A inserção da China no mundo do século 21 é fundamental. É uma garantia de paz e de equilíbrio", enfatiza o senador de Belfort.
Em off, Kong Quan ressalta o quanto a memória do General ainda está viva em seu país, ainda que isso não valha para toda a população. As tensões com o ex-presidente, Nicolas Sarkozy, antes dos Jogos Olímpicos de 2008, "são coisa do passado", ele jura, antes de se mostrar "extremamente tocado pelo fato de ter sido recebido por François Hollande no dia seguinte à sua eleição".
Indagado se o futuro presidente chinês, Xi Jinping, visitaria a França na ocasião do 50º aniversário de 1964, Kong Quan respondeu: "E por que não antes?"
Ministro das Relações Exteriores da Alemanha critica legislação russa por lei 'antigay'
Policias do OMON prendem um ativista gay após confronto com nacionalistas russos |
O esforço legislativo provocou indignação nos países do Ocidente, e agora ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, também entrou na briga. Westerwelle, que há anos se declarou abertamente gay, é casado com Michael Mronz, seu companheiro de longa data.
Na tarde de segunda-feira (21), o ministro das Relações Exteriores alemão, 51, reuniu-se com o embaixador russo que atua na Alemanha, Vladimir Grinin, no Ministério do Exterior em Berlim. Uma fonte ligada à questão disse à Spiegel Online que o político, membro do Partido Democrático Livre (FDP), que apoia as empresas, falou sobre a nova legislação com seu convidado. Em uma atitude pouco comum por parte de diplomatas, Westerwelle foi bastante direto em relação a sua opinião sobre o tema.
Durante a conversa, ele disse que, do ponto de vista da Alemanha, o projeto de lei é uma violação da Convenção Europeia dos Direitos Humanos. Westerwelle acrescentou ainda que a legislação agravará as relações russo-europeias e também prejudicará a imagem da Rússia na Europa, disse um funcionário do Ministério das Relações Exteriores ao descrever a posição de Westerwelle.
Westerwelle expressa decepção pessoal
Além disso, Westerwelle disse que, como amigo da Rússia e defensor das boas relações, ele estava pessoalmente decepcionado com o ocorrido. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, a democracia também está relacionada à proteção das minorias.
No momento, aparentemente não será possível impedir que a Rússia aprove a legislação. Uma ampla maioria aprovou a primeira revisão do projeto de lei na Duma – 388 parlamentares votaram a favor, um votou contra e alguns parlamentares se abstiveram.
Na sociedade russa, a homofobia, os insultos, a marginalização e os ataques diários contra gays e lésbicas são fenômenos generalizados e que fazem parte do cotidiano. As medidas adotadas por agências governamentais em todo o país também foram criticadas no Ocidente, incluindo a decisão de um tribunal de Moscou, que no ano passado proibiu a realização de paradas do orgulho gay em Moscou durante os próximos 100 anos – supostamente por razões de segurança pública. A decisão foi anunciada após Nikolai Alekseyev, ativista do grupo GayRussia, ter solicitado autorizações para a realização de 102 paradas do orgulho gay durante os próximos 100 anos.
Se a nova lei russa for implementada, ela não apenas transformará as paradas gays em crime sujeito a ação judicial: ela poderá acarretar punições até mesmo para atitudes tão simples quanto agitar a bandeira do arco-íris (símbolo gay). Com base em uma lei local semelhante em vigor em São Petersburgo, Alekseyev foi condenado a pagar uma multa de € 130 (US$ 174) em maio passado por protestar com um cartaz que dizia: "Homossexualidade não é perversão".
O projeto de lei jogará na ilegalidade a promoção de eventos públicos e a divulgação de informações sobre a comunidade lésbica, gay, bissexual e transsexual a menores de idade. Mas os críticos também temem que a nova lei venha a impedir que grupos de defesa dos homossexuais distribuam informações sobre o HIV e a Aids à população gay e que as ofertas de aconselhamento psicológico para jovens gays e lésbicas também sejam proibidas.
As multas que devem ser instituídas também são bastante altas em relação ao rendimento médio dos russos: quem violar a lei será obrigado a pagar entre € 100 e € 12.500 – este último valor corresponde ao salário médio anual pago no país.
Repressão
Os opositores do projeto de lei veem a medida como um novo sinal de repressão contra as minorias no país, mas o Partido da Rússia Unida, do presidente Vladimir Putin, defende a legislação. Sergei Dorofeyev, parlamentar que atua no partido do governo e é autor do projeto, argumenta que a homossexualidade na Rússia moderna "está sendo divulgada em grande escala" e que ela representa uma ameaça aos valores familiares tradicionais.
A oposição reagiu com um misto de protestos e sarcasmo. Após olhar para trás e lembrar que durante a era soviética, Leonid Brezhnev, líder do Partido Comunista da Rússia, frequentemente cumprimentava os líderes do Bloco Oriental com selinhos fraternais nos lábios, o membro da Duma Dmitry Gudkov perguntou recentemente: "Será que os selinhos de Leonid Brezhnev também se enquadrariam na categoria de propaganda?"
O projeto de lei terá que passar por mais duas revisões na Duma antes de ser transformado em lei pelo presidente russo, Vladimir Putin. Ainda assim, é pouco provável que ele cause muita indignação na Rússia. Uma pesquisa de opinião realizada no ano passado pelo respeitado Levada Center descobriu que quase dois terços dos russos consideram a homossexualidade "moralmente inaceitável e merecedora de condenação". Um terço dos entrevistados considera a homossexualidade como resultado de "uma doença ou trauma psicológico", informou a AP.
Diante da crise financeira, Europa busca novos heróis
Faltavam minutos para começar o debate sobre "Europa e o caos", e aquilo era um caos europeu. Enquanto Umberto Eco e Julia Kristeva dançavam alguns passos com a velha canção "Istambul", os alemães Peter Schneider e Hans Christoph Buch discutiam com o húngaro György Konrád e o espanhol Juan Luis
Cebrián sobre a suposta sabedoria de Angela Merkel, e o anfitrião e autor do texto que deu título ao ato, Bernard-Henri Lévy, corria de moto pelas ruas de Paris para chegar a tempo.
Pouco a pouco, o público foi entrando na sala do teatro Rond Point, os estudantes do Colégio Europeu de Bruges se sentaram e os sete intelectuais contaram suas ideias e preocupações. Eco honrou sua pátria e foi o mais expressivo. "A Europa está cheia de perigos e inimigos. A Liga, Berlusconi, que um dia é europeísta e no outro lhe declara guerra, Cameron... É escandaloso que 50 anos depois tenhamos que assinar manifestos sobre a Europa. Creio que o problema é que nos faltam heróis. Devemos educar melhor nossos filhos. Só estudam os heróis nacionais, Joana d'Arc, Garibaldi... É preciso um novo programa, e elogiar os heróis realmente europeus, como lorde Byron, que foi lutar na Grécia pelos gregos."
A búlgara Kristeva foi mais otimista. "Há uma cultura europeia que sustente a federação de que precisamos? Sim. Embora muitos critiquem os gregos e os franceses, essa cultura é de todos. Só falta transformá-la na base do projeto." Os germanófilos revelaram que as diferenças culturais ainda são enormes. Konrád defendeu que Merkel salvou a Europa da crise causada pela "negligência dos países do sul", mas qualificou como "superficiais, nefastas e muito perigosas as divisões ideológicas Norte-Sul". Buch, que se qualificou como social-democrata, pediu uma política externa realmente comum e mais disciplina fiscal aos países mediterrâneos.
Cebrián, presidente de "El País", defendeu "um pacto imediato pelo emprego" e um compromisso que proteja o Estado do bem-estar e a cultura, e conclamou a UE a aproveitar as eleições europeias de 2014 para aproximar a democracia europeia dos cidadãos. "Se demos centenas de bilhões aos bancos, deve ser possível dar 100 bilhões para criar emprego."
Também se falou da posição europeia diante da guerra do Mali. Criticando o "silêncio estrondoso da Europa" no conflito, Bernard-Henri Lévy negou que a intervenção seja um resquício do colonialismo francês: "Isso foi o velho mundo, e o novo mundo é este: a Europa está vendo surgir um Estado terrorista nas suas portas e lava as mãos".
No texto "Europa ou o Caos", que deu origem ao debate e foi publicado no sábado (26) por "El País", "Le Monde" e outros jornais europeus, um grupo de filósofos, escritores e jornalistas alertou sobre os riscos de desfazer a Europa sonhada depois da Segunda Guerra Mundial. Vassilis Alexakis, Hans Christoph Buch, Juan Luis Cebrián, Umberto Eco, György Konrád, Julia Kristeva, Bernard-Henri Lévy, Antonio Lobo Antunes, Claudio Magris, Salman Rushdie, Fernando Savater e Peter Schneider lançaram uma advertência: união política ou morte.
Acusações de corrupção colocam governo espanhol na defensiva
Os poderosos reagiram da forma como os poderosos reagem quando se veem em apuros. O ex-primeiro-ministro José María Aznar instruiu seus advogados a processarem o jornal "El País". O atual primeiro-ministro Mariano Rajoy, um conservador como Aznar, ameaçou processar quem faça acusações ao seu Partido do Povo (PP).
Há semanas os jornais espanhóis publicam novos detalhes sobre um dos maiores escândalos de corrupção do país, chamado "caso Gürtel", cujo nome em alemão faz menção ao sobrenome do empresário Francisco Correa. Por anos, Correa supostamente subornou autoridades do PP com dinheiro e presentes em troca de contratos públicos.
As linhas gerais do caso eram conhecidas, mas não o fato de que o ex-tesoureiro do Partido do Povo, Luis Bárcenas, reuniu até 22 milhões de euros de fontes suspeitas em contas do Dresdner Bank em Genebra. O juiz do Tribunal Nacional Espanhol só tomou conhecimento disso em consequência da assistência legal da Suíça. Até mesmo o jornal conservador "El Mundo" não pôde mais deixar de tratar do escândalo.
Enquanto Bárcenas cuidava das finanças do PP, escreve o "El Mundo", o político entregava às autoridades do partido envelopes contendo entre 5 mil euros e 15 mil euros em dinheiro todo mês. Um ex-membro do Parlamento pelo PP confirmou a prática. Apesar da aceitação de pagamento adicional não ser proibida se a pessoa o declarar em seu imposto de renda, os conservadores estão preocupados. Bárcenas pode ter registrado a fonte dos fundos em seus livros (doações anônimas para partidos políticos foram proibidas desde 2007), assim como para quem o dinheiro foi repassado e o motivo.
Uma ‘Bomba Atômica’
Bárcenas aceitou o equivalente a mais de 1,3 milhão de euros em propinas, uma circunstância da qual o empresário Correa se gabou em conversas gravadas que levaram à descoberta do escândalo, em 2009. Rajoy, chefe do PP e líder da oposição na época, protegeu primeiro seu tesoureiro e o partido pagou um advogado. Mas um ano depois, os conservadores forçaram Bárcenas a renunciar de sua cadeira no Senado e a deixar o Partido do Povo.
Poucos dias depois da prisão de Correa em 2009, Bárcenas começou a transferir o dinheiro que estava na Suíça e, em 2010, as contas em Genebra já tinham sido esvaziadas. Graças a uma anistia fiscal declarada pelo governo Rajoy, ele transferiu perto de 10 milhões de euros de volta à Espanha nos últimos meses, disse seu advogado. Mas a anistia não cobre os fundos obtidos ilegalmente, destaca o ministro das Finanças.
Bárcenas negou todas as acusações. E se for enviado para a prisão, ele ameaçou que uma "bomba atômica" explodiria.
A secretária-geral do PP, María Dolores de Cospedal nega qualquer conhecimento dos envelopes recheados de dinheiro e diz que nunca discutiu essa prática com Rajoy. "O PP não tem nada a ver com a conta e esse cavalheiro não tem mais nada a ver com o partido." Rajoy, atormentado pela dívida pública e pelo déficit orçamentário persistente, ordenou uma auditoria interna e externa. Ele também espera que ex-autoridades do partido assinem uma declaração de que não coletaram nenhum dinheiro ilegal. O primeiro-ministro planeja responder as perguntas da oposição nesta semana.
Simpatia pela doce vida
Alfredo Rubalcaba, líder do Partido Socialista dos Trabalhadores, pediu por um pacto anticorrupção no início do ano, mas até o momento encontrou poucos adeptos, apesar de mais de 200 políticos enfrentarem acusações de corrupção em seis das 17 regiões autônomas. Na socialista Andaluzia, seis altos funcionários do governo foram indiciados em um caso de fraude envolvendo fundos de aposentadoria antecipada. Na Catalunha, as autoridades estão examinando os negócios realizados por membros da família do líder do governo regional.
Não causa surpresa o fato dos cidadãos não confiarem mais em seus políticos. Em uma pesquisa, 95% dos entrevistados disseram estar convencidos de que os partidos políticos do país encobrem a corrupção e as propinas. Logo após suas preocupações com o desemprego e a renda, os espanhóis veem os políticos e o nepotismo como o maior problema do país.
Nas últimas eleições, autoridades notoriamente corruptas foram reeleitas. Mas no sexto ano da crise, na qual o governo conservador está pedindo constantemente por novos sacrifícios e aumentando impostos, e na qual mais e mais pessoas estão perdendo seus empregos, não há mais qualquer simpatia pela doce vida dos poderosos.
Quando os primeiros relatos dos supostos pagamentos especiais por Bárcenas foram discutidos no rádio e pelo Twitter, centenas de pessoas marcharam até a sede do partido em Madri e protestaram contra os políticos que enchem seus bolsos à custa do contribuinte.
Também foram feitas novas revelações nos últimos dias sobre como o genro do rei, casado com a princesa Cristina, pode ter desviado dinheiro de uma caridade para sua própria conta. Ele foi chamado novamente a depor sobre o assunto em fevereiro, apesar de ele negar as acusações. O julgamento poderia se tornar desagradável para o rei, porque a secretária particular de sua filha também estaria envolvida no assunto.
Mary Jo White chega para supervisionar Wall Street com desafio de 'não dar mole' aos bancos
O timing escolhido foi particularmente saboroso. Enquanto entre as espessas paredes do Fórum Econômico de Davos (Suíça) os figurões das finanças internacionais lamentavam as regulações excessivas infligidas ao seu setor, o presidente americano, Barack Obama pedia oficialmente ao Congresso, na quinta-feira (24), que nomeasse Mary Jo White, advogada especialista em crimes de colarinho branco, à frente da poderosa Comissão de Valores (SEC, na sigla em inglês), a agência que regula as operações financeiras americanas.
Aos 65 anos, essa senhora de cabelos curtos e de ar austero, chefe do departamento litigioso do escritório de advocacia nova-iorquino Debevoise & Plimpton, carrega uma reputação de dura na queda. Primeira mulher a ocupar o posto de procuradora federal (US Attorney) em Manhattan em 1992, assim que ela chegou teve um papel central na instrução dos atentados ao World Trade Center em 1993.
Depois de obter diversas condenações em casos de terrorismo, de crimes de direito comum e de crimes financeiros, ela voltou para o setor privado no início dos anos 2000 para defender bancos, instituições e pessoas envolvidas em casos de desvios financeiros. O JP Morgan Chase, a National Football League e ainda a Siemens são alguns de seus ex-clientes.
É o suficiente para apavorar os vilões da Bolsa, que têm tudo para temer a experiência acumulada por White durante essa década. A menos que sua experiência junto ao "1%" se torne um problema. Os potenciais conflitos de interesses de fato podem ser muitos. E seu passado de ex-advogada poderia obrigá-la a declinar, caso ela precise brigar com algum antigo cliente.
"Essas ressalvas são normais para esse tipo de posto", relativiza Evariste Lefeuvre, economista-chefe para as Américas na Natixis de Nova York, "ela é criticada por ter um potencial de conchavo com o meio, mas eu penso o contrário, que sua passagem pelo setor privado e seu passado de procuradora fazem dela uma excelente candidata".
A nomeação de uma advogada que, embora seja próxima dos meios financeiros, não é um produto de Wall Street, mostra uma mudança de direcionamento para uma instituição que foi criticada por sua permissividade antes da crise de 2008, e depois por sua casualidade com os processos contra os responsáveis pelo crash.
Qual o desafio? Que os processos abertos contra os bancos e as instituições suspeitas de irregularidades culminem em veredictos – de culpa ou não – e, caso seja necessário, em condenações dissuasivas.
Washington quer acabar com o modus operandi habitual da SEC, os acordos, os "settlements", transações negociadas em particular em torno de uma soma de dinheiro avaliada de acordo com os danos causados. "Duvido que ela consiga romper com a tendência à conciliação que prevalece na SEC desde o início da crise", acredita Evariste Lefeuvre, economista-chefe para a América do Norte da Natixis.
As expectativas que pesam sobre Mary Jo White são ainda maiores pelo fato de que a SEC foi incumbida de colocar em funcionamento uma peça-chave do primeiro mandato de Obama, o Dood-Frank Act, amplo conjunto de leis que reformam o setor bancário e os mercados, e cuja aplicação sofreu um atraso considerável.
Mary Jo White tem cinco anos para provar que ela pode mudar as coisas.
Índia convocará uma concorrência para o fornecimento de 120 helicópteros multifuncionais
Um SeaKing Mk42B da Marinha Indiana |
As Forças Navais da Índia planejam abrir uma concorrência para a compra de 120 helicópteros multifuncionais no valor de US$6.5, informaram fontes militares citadas pela agência de notícias indiana PTI.
Atualmente, as Forças Navais da Índia utilizam helicópteros Westland WS-61 Sea King, de fabricação britânica, adquiridos na década de 80. A Índia necessita de novos helicópteros devido a modernização de seu exército e a ampliação dos interesses estratégicos.
A Índia já convocou uma concorrência para a aquisição de 16 helicópteros multifuncionais, a qual participaram a empresa europeia NHIndustries com seu NH90 e a empresa americana com o seu S-70 Bravo.
Em pouco tempo, a Índia pode convocar uma nova licitação para a aquisição de helicópteros, a qual chegaria a ser a mais importante da história, segundo a PTI.
Dessa concorrência poderiam participar as maiores fabricantes de helicópteros do mundo, entre elas a ítalo-britânica AugustaWestland, a francesa Eurocopter, as americanas Sikorsky e Lockheed Martin e a russa Helicópteros da Rússia.
Rússia completa a modernização do submarino indiano Submarino Sindhurakshak INS (S63)
Submarino Sindhurakshak INS (S63) |
Um submarino convencional indiano, o qual estava passando por uma profunda modernização no estaleiro russo Zvezdochka, retomou no último sábado (26) ao serviço ativo na Marinha Indiana.
O contrato para a modernização do submarino Sindhurakshak INS (S63), um submarino da classe Project 877 EKM (classe Kilo) foi assinado em junho de 2010.
O Sindhurakshak INS (S63) foi equipado com mísseis de cruzeiro Klub-S (3M54E1 anti-navio e 3M14E de ataque a litoral), sistemas indianos e estrangeiros incluindo o sonar Ushus e o sistema de rádio comunicação CSS-MK-2. Além disso, o sistema de refrigeração do submarino foi modificado.
O submarino Sindhurakshak INS (S63) zarpou para Mumbai em 29 de janeiro através de uma rota no Mar do Norte, acompanhado de um navio quebra-gelos. Será a primeira vez que um submarino indiano realizará uma viagem em águas gélidas após uma modernização.
O O Sindhurakshak INS (S63) começou a ser construído por um dos mais antigos estaleiros russos, o Estaleiro do Almirantado (Admiralty Shipyard/Admiralteiskie Verfi), em São Petersburgo, em 1995. Ele foi lançado em 1997 e transferido à Marinha Indiana em dezembro do mesmo ano.
O submarino desloca 2.300 toneladas, transporta 52 tripulantes, tem uma velocidade máxima de 19 nós e profundidade de mergulho de 300 metros. Os funcionários do centro de reparação e modernização do estaleiro Zvezdochka são especialista na reparação e modernização de submarinos nucleares, porém já reformaram 4 convencionais da classe Kilo da Marinha Indiana: Sindhuvir (S58), Sinduratna (S59), Sindhugosh (S55) e Sindhudvhaj (S56).
Forças Armadas da Rússia estão prontas para uma grande guerra, afirma a maior autoridade militar do país
Forças Russas partem para a Guerra na Geórgia em 2008 |
As Forças Armadas da Federação Russa estão prontas para uma grande guerra, disse no último sábado (26) o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Russas, o coronel-general Valery Vasilevich Gerasimov.
"Ninguém descarta a possibilidade de uma grande guerra, e não se pode dizer que estamos despreparados", disse Gerasimov em uma reunião na Academia de Ciências Militares.
Nessa reunião muitas questões foram abordadas. Questões classificadas, outras nem tanto como a profissionalização do Exército Russo. Para Gerasimov a profissionalização das Forças Armadas Russas é necessária, a fim de aliviar os soldados de determinadas funções, mas isso só é necessário em tempo de bases e só em bases permanentes.
O presidente da Academia de Ciências Militares, o general Makhmut Gareev, disse por sua vez, que ideia atual de profissionalização atual das Forças Armadas Russas precisa ser revista.
"Pensamos que o sistema de profissionalização deve ser revisto por completo: as leis devem ser abranger os cenários de combate, sua transparência (do soldado) em guerra e sua subordinação total as comandantes de unidades", explicou Gareev.
Inércia dos EUA é risco para o Oriente Médio
Os sinais que o governo americano enviar no segundo mandato de Obama ajudarão a determinar se as partes se dirigem para a guerra ou a paz
Os israelenses foram às urnas ontem numa eleição que provavelmente dará ao primeiro-ministro Binyamin Netanyahu um terceiro mandado e, como a atual, a próxima coalizão de governo provavelmente dependerá vigorosamente dos partidos religiosos e de direita.
Mesmo assim, o segundo mandado de Barack Obama pode propiciar uma oportunidade crucial para uma retomada do processo de paz entre israelenses e palestinos. Em seu primeiro mandado, Obama afastou-se do processo, estimando que os EUA só poderiam fazer uma mediação se as partes realmente desejassem firmar a paz - e novas conversações não deveriam ser produtivas. Um erro. O maior inimigo de uma solução de dois Estados é o grande pessimismo que domina os dois lados. A menos que o presidente Obama utilize seu novo mandado para assumir a liderança, a região não terá lugar para os moderados, tampouco para os EUA.
A razão da inércia americana tem por base pressupostos relacionados. Forças mais raivosas dominaram o processo em razão de suas ideologias; o status quo - ou seja, as tendências demográficas que levariam à liberação dos territórios palestinos ocupados, "solução de um Estado", e ao fim de Israel como democracia judaica - no final obrigarão Israel a voltar à razão; que a condição de Estado observador obtida pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, na ONU não tem sentido, pois seu governo na Cisjordânia está falido, disfuncional e carece de um amplo apoio; e diante do poder do lobby israelense Obama tem as mãos presas.
Essas suposições parecem assustadoras, mas são equivocadas. Em primeiro lugar, embora o Hamas, o grupo de militantes islâmicos que controla a Faixa de Gaza, e a ultradireita israelense, que promove a construção das colônias, estejam crescendo em popularidade, a razão disso não está em suas ideologias, mas no desespero dos jovens com a violência da ocupação.
No mês passado, uma pesquisa realizada pelo Centro S. Daniel Abraham para a Paz no Oriente Médio, com sede em Washington, constatou que dois terços dos israelenses apoiariam a solução de dois Estados, no entanto, mais da metade dos militantes de esquerda afirmou que Abbas não conseguirá chegar a decisões que sejam vinculantes para pôr fim ao conflito. No mesmo mês, o Palestinian Center for Policy and Survey Research, em Ramallah, realizou um levantamento em que constatou que 52% dos palestinos são a favor de um acordo de dois Estados (uma queda em relação aos três quartos em 2006, antes de dois confrontos com Israel envolvendo Gaza). Mas para dois terços dos entrevistados não existe nenhuma chance, ou é muito reduzida, de um Estado Palestino funcionando plenamente nos próximos cinco anos.
Em resumo, os moderados de ambos os lados desejam a paz, mas primeiro necessitam de esperança.
Em segundo lugar, o status quo não é o caminho na direção de uma solução de um Estado, mas de uma limpeza étnica como a verificada na Bósnia, que pode ter início tão rápido como os combates em Gaza no ano passado e se estender a cidades árabes israelenses. A direita em Israel e os líderes do Hamas estão pressionando para uma luta cataclísmica. Abbas, cuja facção, a Fatah, controla a Cisjordânia, renunciou à violência, mas sem sinal de uma via diplomática ele não consegue o apoio da população para novas conversações. Se o seu governo se desintegrar, ou se mais áreas do território palestino forem anexadas (como pretende a direita israelense), ou se o impasse em Gaza levar a uma invasão terrestre por Israel, um banho de sangue e inúmeros protestos por todo o mundo árabe serão inevitáveis. Este caos poderá também levar o Hezbollah, grupo militante xiita com base no Líbano, a fazer disparos de foguetes contra Israel.
Em terceiro lugar, o Estado Palestino não é uma ficção imposta pela Fatah, mas um caminho na direção do desenvolvimento econômico, apoiado por doações e a diplomacia internacional, que muitos palestinos desejam que tenha êxito. Esse futuro Estado tem uma economia de US$ 4 bilhões; uma rede em expansão de empresas e profissionais; e um sistema bancário com US$ 8 bilhões de depósitos. Um robusto setor privado pode ser desenvolvido se houver oportunidade.
Em quarto lugar, apoio americano não significa necessariamente conversações diretas. O governo poderia promover investimentos na educação e na sociedade civil palestina, o que não irá prejudicar a segurança de Israel.
Obama poderia exigir que Israel permita que as empresas palestinas tenham mais acesso a talentos, fornecedores e clientes. E também a criação de um corredor de transporte entre Cisjordânia e Gaza, a que Israel se comprometeu nos acordos assinados em Oslo em 1993.
Os EUA são tanto um ator neste cenário, como também um facilitador. Os sinais que enviar ajudarão a determinar se as partes se dirigem para a guerra ou a paz. A Casa Branca, apesar de seu relacionamento frio com Netanyahu, não se mostrou um mediador digno, opondo-se à adesão palestina à ONU e vetando resoluções condenando a ampliação dos assentamentos.
Ao indicar Chuck Hagel para comandar o Pentágono, Obama ignorou os ataques de grupos pró-Israel (na verdade pró-Netanyahu). Ele deveria nomear um negociador no qual ambas as partes depositem confiança - digamos, Bill Clinton ou Colin Powell. Ele precisa liderar, e não frustrar, as tentativas europeias com vistas a um acordo.
Obama declarou que as colônias levarão Israel a um isolamento global; deve deixar claro que elas colocam em risco os interesses americanos, também.
Washington tem uma influência fundamental, embora isso não vá durar para sempre. Quando exercida, ela se torna um fato político preocupante para ambas as partes. Se Obama continuar mantendo-se à distância, o desespero prevalecerá. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
* AVISHAI É ESCRITOR AMERICANO-ISRAELENSE EM JERUSALÉM; BAHOUR É UM CONSULTOR AMERICANO-PALESTINO NA CISJORDÂNIA
As restrições econômicas sofridas pelo país são leves em comparação a outras nações, como Irã, Cuba e Síria
As restrições econômicas sofridas pelo país são leves em comparação a outras nações, como Irã, Cuba e Síria
A ONU aprovou, na semana passada, o endurecimento das sanções econômicas contra a Coreia do Norte. O país proscrito reagiu com a ameaça de mais um teste nuclear. Depois da imposição de tantas restrições à Coreia do Norte na área do comércio, haverá ainda algo que já não tenha sido sancionado? Muitas coisas, na realidade. Atualmente, é proibido vender armas ou bens de luxo (caviar, bolsas de mão, iates, etc.) a qualquer cidadão daquele país.
Por outro lado, as companhias americanas estão relativamente livres para comercializar seus produtos na Coreia do Norte, desde que evitem aproximadamente cem indivíduos, companhias e agências estatais que constem da lista negra elaborada pelos Estados Unidos e pela ONU. (Quando a ONU intensifica as sanções, frequentemente o que ocorre é apenas um aumento do número de entidades à lista.)
Entretanto, a importação de bens do país do Norte exige uma licença especial do Departamento do Tesouro, mas não há muito o que comprar da República Democrática Popular da Coreia. Em geral, as restrições econômicas sofridas pelo país são leves em comparação com outras nações que não desfrutam dos favores do governo americano, e este tem ampla possibilidade de endurecer ainda mais as sanções contra o regime de Kim Jong-un. Por exemplo, pode aplicar à Coreia do Norte as mesmas restrições gerais usadas contra Irã, Cuba e Síria.
Isso não significa que o intercâmbio com a Coreia do Norte seja fácil ou que os EUA o estimulem. O governo americano oferece vários programas para facilitar o comércio com outros países. Digamos, por exemplo, que uma empresa queira exportar fraldas para a França. O Export-Import Bank of the United States oferecerá a ela um empréstimos para a compra de polietileno e de fragrâncias para fabricar o produto, e caminhões para transportá-lo. Também pode emprestar recursos a seus compradores no exterior, e ainda segurar a empresa contra a falta de pagamento.
Empréstimo. Mas se a empresa pretender vender seus produtos a um país marxista-leninista, como a Coreia do Norte, não obterá nenhuma ajuda do Eximbank. (A propósito, a China não é considerada um país marxista-leninista, portanto, os parceiros comerciais chineses podem solicitar empréstimos do banco.) Ou talvez a empresa queira abrir uma fábrica no exterior, para produzir batatinhas fritas a serem importadas nos EUA.
A Overseas Private Investment Corporation do governo federal poderá lhe emprestar os recursos para a aquisição de uma fritadeira industrial e de batatas, mas se a empresa quiser construir sua fábrica no país proscrito, não receberá nenhum empréstimo.
Esses impedimentos, além da falta de capital no país do Norte, contribuem para um intercâmbio bastante modesto. Em 2012, o total de suas compras dos Estados Unidos foi inferior a US$ 12 milhões e, daqui a alguns meses, o comércio deixará de existir. Em comparação, no ano passado, os EUA venderam bens no valor de cerca de US$ 39 bilhões à Coreia do Sul.
Nem todos os países levam tão a sério as sanções contra a Coreia do Norte como os EUA. A escassa precisão das resoluções da ONU leva em parte a certa ambiguidade.
A proibição da venda de bens de consumo, por exemplo, não explica em que consiste um bem de luxo, permitindo que os países criem sua própria definição. A União Europeia tem uma lista específica desses itens, que inclui charutos caros, veículos e produtos eletrônicos, entre vários outros. A China mantém-se vaga em sua definição de "luxo", mas, de acordo com a definição dos EUA ou da UE, somente em 2009, o gigante asiático vendeu mais de US$ 136 milhões de bens de luxo à Coreia do Norte, e o grosso do intercâmbio foi de tabaco, carros e computadores.
Muitos membros da ONU não apoiam, ou simplesmente não se importam com as sanções. Mais de cem países não apresentaram relatórios à ONU sobre seu comércio com a Coreia do Norte.
Usando uma complexa rede de companhias de fachada, entidades norte-coreanas conseguem contornar as sanções e, em alguns casos, supostamente com o conhecimento de seus parceiros comerciais.
Armas e mulheres
Assédio e carreirismo eram razões para tirar americanas do front
As mulheres nas Forças Armadas dos EUA terão de servir em combate. E não era sem tempo. "Acredito que as pessoas chegaram à conclusão sensata de que não se pode dizer que a vida de uma mulher é mais valiosa do que a vida de um homem", disse-me certa vez a general da reserva da Força Aérea Wilma Vaught.
Desde quando a recomendação tornou-se pública, na quarta-feira, exceto por críticas da Concerned Women for America ("nossas forças militares não podem continuar preferindo a experimentação social e correção política, em lugar de preparar-se para o combate"), a recepção parece em geral positiva.
É difícil lembrar - tantas partes da história recente parecem difíceis de lembrar hoje em dia -, mas foi o espectro de mulheres sob fogo que, mais do que qualquer outra coisa, ajudou a esmagar o movimento por uma Emenda de Direitos Iguais à Constituição dos EUA nos anos 70. "Nós dizíamos que esperávamos que ninguém entrasse em combate, mas, se entrasse, as mulheres deveriam estar lá também", recordou a feminista Gloria Steinem.
O medo de pôr mulheres nas trincheiras dispersou-se em dois fronts. Um, é claro, foi a mudança do modo como o público americano pensa sobre as mulheres. O outro foi a escassez de trincheiras na guerra moderna, quando um oficial nas linhas de frente não está necessariamente numa posição mais perigosa que um trabalhador de apoio.
Shoshana Johnson, uma cozinheira, foi baleada nos dois tornozelos, capturada e mantida em cativeiro por 22 dias após sua unidade ser separada de um comboio que cruzava o deserto iraquiano. Lori Piestewa, como Johnson uma mãe solteira, estava guiando no mesmo comboio repleto de funcionários e trabalhadores de manutenção. Ela estava conduzindo habilidosamente seu Humvee em meio ao fogo de morteiros quando um caminhão imediatamente à sua frente deu uma guinada e a roda dianteira do seu veículo foi atingida por um foguete. Ela morreu no acidente que ocorreu logo em seguida.
A maior preocupação de segurança para mulheres nas forças militares não é realmente tanto o fogo inimigo, mas sim abusos sexuais de colegas. Como o crime é bem pouco denunciado, é impossível dizer quantas mulheres sofrem ataques sexuais quando estão de uniforme, mas 3.192 casos foram registrados em 2011. Permitir que mulheres recebam os benefícios de servir em postos de combate não agravará essa ameaça. Aliás, poderá melhorar as coisas, pois significará mais mulheres nos altos escalões das Forças Armadas e isso, inevitavelmente, levará mais atenção às questões femininas.
A ideia dos militares sobre o que constitui um posto de combate tem mais a ver com burocracia do que com balas. Hoje, as mulheres estão em patrulhas armadas e aviões de caça. Mas não podem ocupar aproximadamente 200 mil postos oficialmente denominados "de combate", que com frequência trazem melhor remuneração e são o trampolim para promoções. O sistema é complicado. Mas os cínicos poderiam especular se algumas altas patentes militares não temem mais a mobilidade hierárquica das mulheres do que o perigo no front.
"Só temos uma mulher que é general quatro estrelas", disse a senadora Kirsten Gillibrand, de Nova York, membro da Comissão das Forças Armadas do Senado, que elogiou a nova recomendação do Estado-Maior. Foi "um grande passo adiante para nossos militares", disse ela, e um passo que não era de fato esperado. Só recentemente, recordou Gillibrand, ela e seus aliados declararam vitória quando meramente conseguiram uma fraseologia na lei de autorização de defesa requerendo que o Departamento de Defesa estudasse a questão de mulheres em combate.
As mulheres constituem hoje quase 15% dos militares americanos e sua disposição de servir tornou possível a mudança para um Exército só de voluntários. Elas assumiram seus postos com tanta tranquilidade que o país mal tomou conhecimento. O espectro que adversários julgavam impensável - nossas irmãs e mães morrendo sob fogo em terras estrangeiras - já aconteceu muitas vezes. Mais de 130 mulheres morreram e mais de 800 foram feridas no Iraque e no Afeganistão. A Câmara dos Deputados tem uma mulher duplamente amputada, a recém-eleita Tammy Duckworth, de Illinois, uma ex-piloto militar que perdeu as duas pernas quando seu helicóptero foi abatido no Iraque.
Percorremos um longo, por vezes trágico, e heroico caminho.
*GAIL COLLINS é escritora e colunista do jornal americano The New York Times.
As mulheres nas Forças Armadas dos EUA terão de servir em combate. E não era sem tempo. "Acredito que as pessoas chegaram à conclusão sensata de que não se pode dizer que a vida de uma mulher é mais valiosa do que a vida de um homem", disse-me certa vez a general da reserva da Força Aérea Wilma Vaught.
Desde quando a recomendação tornou-se pública, na quarta-feira, exceto por críticas da Concerned Women for America ("nossas forças militares não podem continuar preferindo a experimentação social e correção política, em lugar de preparar-se para o combate"), a recepção parece em geral positiva.
É difícil lembrar - tantas partes da história recente parecem difíceis de lembrar hoje em dia -, mas foi o espectro de mulheres sob fogo que, mais do que qualquer outra coisa, ajudou a esmagar o movimento por uma Emenda de Direitos Iguais à Constituição dos EUA nos anos 70. "Nós dizíamos que esperávamos que ninguém entrasse em combate, mas, se entrasse, as mulheres deveriam estar lá também", recordou a feminista Gloria Steinem.
O medo de pôr mulheres nas trincheiras dispersou-se em dois fronts. Um, é claro, foi a mudança do modo como o público americano pensa sobre as mulheres. O outro foi a escassez de trincheiras na guerra moderna, quando um oficial nas linhas de frente não está necessariamente numa posição mais perigosa que um trabalhador de apoio.
Shoshana Johnson, uma cozinheira, foi baleada nos dois tornozelos, capturada e mantida em cativeiro por 22 dias após sua unidade ser separada de um comboio que cruzava o deserto iraquiano. Lori Piestewa, como Johnson uma mãe solteira, estava guiando no mesmo comboio repleto de funcionários e trabalhadores de manutenção. Ela estava conduzindo habilidosamente seu Humvee em meio ao fogo de morteiros quando um caminhão imediatamente à sua frente deu uma guinada e a roda dianteira do seu veículo foi atingida por um foguete. Ela morreu no acidente que ocorreu logo em seguida.
A maior preocupação de segurança para mulheres nas forças militares não é realmente tanto o fogo inimigo, mas sim abusos sexuais de colegas. Como o crime é bem pouco denunciado, é impossível dizer quantas mulheres sofrem ataques sexuais quando estão de uniforme, mas 3.192 casos foram registrados em 2011. Permitir que mulheres recebam os benefícios de servir em postos de combate não agravará essa ameaça. Aliás, poderá melhorar as coisas, pois significará mais mulheres nos altos escalões das Forças Armadas e isso, inevitavelmente, levará mais atenção às questões femininas.
A ideia dos militares sobre o que constitui um posto de combate tem mais a ver com burocracia do que com balas. Hoje, as mulheres estão em patrulhas armadas e aviões de caça. Mas não podem ocupar aproximadamente 200 mil postos oficialmente denominados "de combate", que com frequência trazem melhor remuneração e são o trampolim para promoções. O sistema é complicado. Mas os cínicos poderiam especular se algumas altas patentes militares não temem mais a mobilidade hierárquica das mulheres do que o perigo no front.
"Só temos uma mulher que é general quatro estrelas", disse a senadora Kirsten Gillibrand, de Nova York, membro da Comissão das Forças Armadas do Senado, que elogiou a nova recomendação do Estado-Maior. Foi "um grande passo adiante para nossos militares", disse ela, e um passo que não era de fato esperado. Só recentemente, recordou Gillibrand, ela e seus aliados declararam vitória quando meramente conseguiram uma fraseologia na lei de autorização de defesa requerendo que o Departamento de Defesa estudasse a questão de mulheres em combate.
As mulheres constituem hoje quase 15% dos militares americanos e sua disposição de servir tornou possível a mudança para um Exército só de voluntários. Elas assumiram seus postos com tanta tranquilidade que o país mal tomou conhecimento. O espectro que adversários julgavam impensável - nossas irmãs e mães morrendo sob fogo em terras estrangeiras - já aconteceu muitas vezes. Mais de 130 mulheres morreram e mais de 800 foram feridas no Iraque e no Afeganistão. A Câmara dos Deputados tem uma mulher duplamente amputada, a recém-eleita Tammy Duckworth, de Illinois, uma ex-piloto militar que perdeu as duas pernas quando seu helicóptero foi abatido no Iraque.
Percorremos um longo, por vezes trágico, e heroico caminho.
*GAIL COLLINS é escritora e colunista do jornal americano The New York Times.
Atirador do Exército Árabe Sírio efetua disparo certeiro e mata um insurgente do FSA
Obs.: O atirador do Exército Árabe Sírio agiu como manda a cartilha do atirador. Ele poderia ter alvejado alguns dos companheiros de Abu Zarra, que revidaram a agressão atirando a esmo. Ao não efetuar mais disparos, o atirador do Exército Árabe Sírio não revelou sua posição para os insurgentes.
Abu Musa morre aos 86 anos de idade
Abu Musa |
O líder militar palestino Said Musa Maragha, mais conhecido como Abu Musa, morreu de câncer ontem num hospital de Damasco (Síria), aos 86 anos.
Abu Musa notabilizou-se por romper com o líder palestino Yasser Arafat (1929-2004) em 1982 e fundar uma dissidência da Al-Fatah, organização que hoje governa a Cisjordânia.
O grupo de Abu Musa assumiu a autoria de diversos ataques a alvos israelenses na segunda "Intifada" (levante) palestina, entre 2000 e 2005.
USAF adia decisão do programa Light Air Support
Um Super Tucano da empresa privada de segurança americana Academi, antiga Blackwater |
A Força Aérea Americana (USAF por sua sigla em inglês) adiou novamente a decisão sobre o programa Light Air Support (LAS), que visa a aquisição de 20 aviões de ataque leve para serem empregados pela Força Aérea do Afeganistão em missões de patrulha, reconhecimento, vigilância, apoio aéreo aproximado e contra-insurreição.
Em 28 de dezembro de 2011 foi anunciado que o A-29 Super Tucano fabricado pela Embraer tinha sido o vencedor da concorrência, desclassificando o Beechcraft AT-6 Texan II. Poucos dias depois, após muita pressão política realizada principalmente pela Beechcraft, alegando desprestígio da indústria aeronáutica local por parte do governo norte-americano, a compra foi cancelada.
A Usaf chegou a declarar que haviam problemas relacionados à documentação enviada pela Embraer e decidiu reiniciar o programa, prometendo que a decisão seria anunciada em janeiro deste ano. Porém, segundo a própria Usaf deu a conhecer, a decisão só será anunciada nos próximos meses.
O contrato LAS está avaliado em US$ 335 milhões.
Becker Avionics e Helibras fornecerão sistema digital de Intercomunicação para helicópteros militares
A Becker Avionics e a Becker do Brasil, em conjunto com a Helibras e da Aviação do Exército, atuarão no fornecimento do sistema digital de Intercomunicação e de Áudio DVCS6100 para os helicópteros Fennec AS550 A2 e Esquilo AS350 L1 da Aviação do Exército que estão sendo modernizados em Itajubá (MG).
O projeto inclui a integração do DVCS 6100, além da instalação de um Sistema “glass cockpit” com três displays, a integração de um sistema de controle automático de voo (AFCS), novos equipamentos de rádio comunicação e navegação, novos bancos com absorção de energia (impacto) e ajuste em altura, proteção balística do posto de pilotagem e novos braços (cabides) do armamento.
A parceria entre Helibras e a Becker Avionics atende também aos requisitos de nacionalização da produção, manutenção e serviços dos helicópteros no Brasil. O programa de modernização teve início em janeiro de 2012 e o término está previsto para 2018.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Ilyushin Il-76MD-90A realiza seu primeiro vôo de longo alcance
Um protótipo do avião de transporte militar pesado Ilyushin Il-76MD-90A (também conhecido como o Il-476), completou seu primeiro vôo prolongado nesta terça-feira, afirmou a Aviastar, fabricante da aeronave.
O vôo durou 4:25 horas em uma altitude de 10.000 metros (33.000 pés) e foi destinado a avaliar o desempenho dos seus aviônicos, motores, sistema de controle automatiza e outras características, informou a planta da Aviastar baseada em Ulyanovsk.
O protótipo será em breve enviado para o centro de testes de vôo em Zhukovsky, perto de Moscou para testes adicionais.
O Il-76MD-90A é uma versão modernizada do avião de transporte militar Il-76 militar, em uso há mais de 40 anos nas Forças Armadas Russas. Ele está equipada com uma nova asa, motores turbofan Aviadvigatel PS-90A que consome o combustível de forma inteligente e uma avançada gabinete de voo, a qual permite que apenas 3 pessoas possam pilotar a aeronave.
O Ministério da Defesa da Rússia assinou contrato de fornecimento de 39 Il-76MD-90A em outubro passado, contrato esse que espera-se ser concluindo em 2018.
A Aviastar espera construir até 100 aeronaves até 2020 somente para a Rússia.
Corveta Serpuhov, a 5ª da classe Buyan-M, começou a ser construída na Rússia
Concepção artística da classe Buyan-M |
Um estaleiro russo na República do Tartaristão começou a construção da 5ª corveta lançadora de mísseis da classe Project 21631 Buyan-M, informou na última sexta-feira (25) o estaleiro Zelenodolsk Gorky.
A corveta se chamará Serpuhov e também prestará serviço na Frota do Cáspio quando estiver na ativa.
A primeira corveta da classe Buyan-M, a corveta Grad Sviyazhsk começou a ser construída no estaleiro Zelenodolsk Gorky em 27 de agosto de 2010, já a segunda corveta, a Uglich, começou a ser construída em 22 de julho de 2011, já a terceira, a corveta Veliki Ustyug, começou a ser construída em 27 de agosto de 2011. Todos essas fragatas também prestarão serviço à Flotilha do Mar Cáspio.
As corvetas do Buyan e Buyan-M foram idealizadas para prover a defesa da costa russa, bem como das zonas econômicas do país. Essas fragatas estão armadas com excelentes mísseis e sistemas de artilharia, bem como equipamentos de contra-medidas.
As convertas da classe Buyan-M medem 74,1 metros, tem 11 de largura, um Draft de 2 metros, desloca cerca de 949 toneladas e pode atingir a velocidade de 25 nós.
Os navios são equipados com um canhão A-190 de 100mm, um CIWS com duplo canhão de 30mm, foguetes A-215 "Grad-M", mísseis SS-N-27 (Kalibr), metralhadoras de 14,5 e 7,62 mm e para defesa aérea mísseis ar-ar 3M-47 Gibka (Igla-1M).
Porta-helicópteros francês “Mistral” não pode operar em águas geladas, diz Rogozin
Os dois porta-helicópteros franceses da classe Mistral que estão sendo construídos para a Marinha Russa por um estaleiro francês sob um acordo de 1.2 bilhão de Euro, não será capaz de operar em temperaturas inferiores a -7°C, admitiu no último sábado o vice-premiê da Rússia, Dmitry Rogozin.
“É muito estranho que os navios de desembarque de tropas, flutuando em nossas latitudes não possa operar em temperaturas abaixo de -7°C”, disse Rogozin que é incumbido de fiscalizar a indústria bélica da Rússia.
“Talvez eles pensaram que nós iriamos realizar operações especiais na África, mas duvido que isso possa acontecer”, acrescentou Rogozin.
Ele não entrou em detalhes sobre porque os navios não iriam operar em temperaturas gélidas e também não ficou claro se ele quis dizer 7°C ou -7°C. Os russos geralmente não usam o termo “sete graus abaixo de zero” quando estão a falar de temperaturas congelantes.
Rússia e França assinaram em junho de 2011 um contranto de US$ 1,2 bilhão para a construção de dois porta-helicópteros franceses da classe Mistral, incluindo a transferência de tecnologia.
Nos termos do contrato, a STX France irá realizar a montagem final do dos 24 blocos dos cascos, blocos esses que serão fabricados na Rússia.
A STX France entregou em julho um documento preliminar técnico sobre o projeto de outros dois Mistral que serão construídos na Rússia. O estaleiro russo que construirá esses dois porta-helicópteros será o Admiraltyeyskiye Vyerfi (Admiralty Shipyard).
O primeiro porta-helicópteros para a Marinha Russa, o Vladivostok, esta estaleiro DCNS, em Saint-Nazaire deve ser entregue Marinha Russa em 2014, enquanto o segundo navio, o Sevastopo, está previsto para ser entregue em 2015.
Os outros dois navios eram esperados para ser 80% construído na Rússia e 20% em França.
O porta-helicópteros Mistral desloca 21 toneladas, mede 210 metros de comprimento e pode se deslocar a uma velocidade de 18 nós. Sua autonomia de até 10,800 km.
O navio pode operar até seis helicópteros, seis lanchas de desembarque e dois hovercraft, sem contar que pode abrigar um batalhão de tanques de combate Leclerc ou outros 70 viaturas blindadas.
Sua tripulação costa de 160 homens e pode transportar outros 450 homens.
China testa com sucesso seu sistema antimísseis
A China realizou no último domingo um teste de interceptação de mísseis, comunicou no mesmo dia o Ministério da Defesa da China.
O jornal Huanqiu Shibao informou que foi o segundo testes do sistema de defesa antimísseis chineses com base em terra e que o primeiro testes acontecera em janeiro de 2010.
Os detalhes do novo testes não foram mencionados e só se comentou que o “objetivo foi alcançado”.
Segundo o departamento militar chinês, os exercícios de interceptação de mísseis são de caráter defensivo e que não são destinados a nenhum país. Não obstante, o testes chinês coincidiu com o teste de um míssil americano, destinado a interceptar mísseis balísticos no meio de sua trajetória de voo (Ground-based Midcourse Defense).
Ademais, os testes do sistema antimísseis chinês tivera como pano de fundo a agravação do litigio territorial entre a China e o Japão, países esses que disputam a soberania das ilhas Senkaku (Diaoyu em chinês).
Ministério da Defesa da Rússia planeja comprar 7 helicópteros AW139
O Ministério da Defesa da Rússia planeja comprar 7 helicópteros multifuncionais AgustaWestland AW139, comunicou ontem a Agência Federal para o Fornecimento de Armamento (Rosoboronpostavki).
"A concorrência aberta para o fornecimento de 7 helicópteros será convocada em fevereiro. A ordem do contrato alcança US$ 21 milhões", indica o comunicado.
A produção dos helicópteros AgustaWestland começou na Rússia em 2012. Em julho de 2008, a empresa AgustaWestland e a holding Helicópteros da Rússia assinaram um acordo para a produção conjunta de helicópteros.
A empresa mista HeliVert montará anualmente entre 15 e 20 helicópteros. O primeiro AW139 realizou seu primeiro vôo em dezembro de 2012 e o segundo estará pronto para testes em fevereiro.
O modelo AW139 é considerado um dos melhores de sua classe no que tange a velocidade, características de voo e capacidade de passageiros. Sua velocidade de cruzeiro é de cerca de 306 km/h e sua autonomia de voo é de 5 horas.
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