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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ventura, o policial civil número 1 da Swat

Integrante da Core foi o primeiro colocado em curso oferecido pela força de elite mais renomada do mundo, a Swat

Orgulho: esse é o sentimento que a equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) sentiu quando o policial civil Marcello Ventura  chegou dos Estados Unidos com a placa de número um do curso oferecido pela Swat (Special Weapons and Tatics), uma das forças de elite mais renomadas do planeta. Considerado pelos amigos um profissional extremamente técnico, apaixonado pelo trabalho e sempre correto nas suas ações, Ventura precisou suar muito.
Marcello Ventura
Foram três semanas de corridas, tiros e escaladas. Em uma das provas mais difíceis, conhecida como “Tower Drill”, subiu um prédio de cinco andares com o auxílio de apenas uma corda, entrou pela janela e atirou em dois supostos sequestradores. Na volta, desceu o prédio de rapel, pulou um muro de 1,90 metros de altura e caminhou 200 metros carregando uma pessoa de 80 quilos nas costas. Tudo isso em, no máximo, sete minutos.

Ventura foi o melhor nas provas de tiro e na parte física, e voltou ao Brasil como o primeiro colocado dos 30 alunos – americanos, em sua maioria. Feliz pela conquista, o policial garante que não tinha como objetivo ser escolhido o melhor do curso.

- Confesso que nunca fiz um curso querendo ser o primeiro de nada. Acho que isso só serve para o ego. Eu sempre quero completar. Foi uma grande experiência, que ajuda a reforçar a minha opção de vida - diz Ventura, que está há oito anos na Polícia Civil e já atuou na equipe do helicóptero.

A viagem para Miami aconteceu em março, graças a um convênio com a Swat que já enviou vários policiais da Core para os EUA. Ventura chegou a ser convidado algumas vezes, mas compromissos pessoais o impediam de ir. Dessa vez, viajou acompanhado de outros quatro policiais da Core - inclusive um delegado. Todos completaram o curso com louvor.

A primeira semana em terras americanas foi de muito exercício físico e uma prova de corrida. Depois vieram os testes de tiro, com armas de vários calibres em diversas simulações de confronto. O “Tower Drill” ficou para o último dia de curso, e foi o que lhe valeu mais pontos.

- Não tem muito que assuste a gente - garante Ventura, que aproveitou o inglês fluente para contar aos americanos um pouco sobre o trabalho da Core no Rio de Janeiro:

- Eles perguntam muito. Alguns até querem vivenciar a nossa rotina, mas ficam com medo, não sabem como reagiriam.

Acompanhado de dois policias da Core, Ventura foi para o stand de tiros da Polícia Civil, no Caju, colocar em prática um pouco do que trouxe dos Estados Unidos. Os dois colegas estavam de folga, mas quiseram acompanhar o amigo.

- Aqui somos todos irmãos, de sangue e de alma. Tenho na Core uma família – diz, emocionado, o número um da Polícia Civil.

Oração do Guerreiro


Na bagagem, além das homenagens por ter terminado em primeiro lugar, Ventura trouxe ótimas histórias. A melhor delas, que deve ficar guardada para sempre na memória do policial, foi quando, no último dia do curso, depois de passarem duas horas correndo pela cidade de Miami, Ventura foi chamado para fazer a “Oração do Guerreiro” no terraço de um prédio alto. Estavam presentes instrutores da Swat e o chefe de polícia. Todos abriram os braços e acompanharam as palavras de Ventura.

- Fico arrepiado de falar da oração. No começo do curso eles perguntaram quem sabia e disse que poderia ser eu. Sempre fazia em português e muitos não entendiam nada. Traduzi e fiquei esperando o dia que eles pediriam de novo. Aconteceu de ser no alto do prédio, no último dia, com a presença de todos. Foi muito legal - explica ele, que aprendeu a oração no curso do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), feito em 2003.

Paixão pelos oceanos


Antes de se tornar policial, Ventura fez vestibular e passou para Oceanografia. Chegou a entrar na faculdade, mas como as aulas não o empolgavam decidiu fazer concurso público. Agora, acumula as duas coisas, e com muito prazer. Com mestrado em Geologia Marinha e Geomática, Ventura ainda quer fazer doutorado.

- Costumo dizer que a minha vida é em cima de uma corda bamba. Existe uma força gigante me levando para o combate, mas uma outra enorme que é a Ciência, o estudo dos oceanos, me levando para o outro lado. E isso me equilibra - garante ele.

Apaixonado pelo fundo dos oceanos, Ventura pode passar um dia inteiro estudando. Garante já ter percorrido as profundezas oceânicas do mundo inteiro pela internet. Água e fauna pouco importam. O que ele gosta mesmo é de estudar as rochas, a geologia do fundo dos oceanos.

- Eu mergulhava muito, mas cansei. Agora pelo computador navego por todo o mundo. Tenho prazer em estudar - garante.

6 comentários:

  1. Não é PM animal es Charlie ok ?

    Parabens ao amigo do core .!

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  2. Parabéns ao POLICIAL CIVIL pelo reconhecimento da polícia brasileira no exterior. Não podendo esquecer também do BOPE, onde o Papa Charlie treinou. PC na veia!!!

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  3. Papa Charlie na alta!! Parabéns!!
    Força e Honra!

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  4. Parabéns ao colega, nos aqui da Policia Civil de Minas Gerais ficamos muito honrados por ter um colega com tamanho profissionalismo.
    O duro é ouvir um almofadinha da PF, falando bobagens da PC do Rio... Nos aqui sabemos quem realmente foi linha de frente na operação que culminou na morte do Playboy.

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  5. Admiro demais a elite da polícia civil sou mil vezes mais a CORE eles são o bicho.

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