Félix Antonio Muñoz Lascarro |
"Informamos que o comandante Pastor Alape é o novo integrante pleno do Secretariado do Estado Maior Central", disse a nota divulgada pela Internet pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O governo do presidente Juan Manuel Santos disse que a morte de "Mono Jojoy" foi o maior golpe desferido contra as Farc em mais de quatro décadas de existência dessa guerrilha, acusada de terrorismo e ligação com o narcotráfico.
Alape já era o comandante do Bloco Magdalena Médio, que opera numa ampla região do centro da Colômbia. O governo dos EUA o acusa de supervisionar toda a oferta de cocaína nessa região, além de participar da implantação da política de narcotráfico das Farc, destinada a controlar a produção, o processamento e a distribuição de centenas de toneladas de cocaína.
O Departamento de Estado dos EUA oferece uma recompensa de até 2,5 milhões de dólares por informações que levem à sua prisão.
As Farc admitiram a morte de Jojoy e de outros nove guerrilheiros na chamada "Operação Sodoma", realizada pelos militares no sudeste colombiano. A guerrilha acrescentou que "o Bloco Oriental das FARC-EP (Exército do Povo) se chamará a partir de hoje Bloco Comandante Jorge Briceño, que continuará o desenvolvimento dos seus planos sob o mando do comandante Mauricio Jaramillo".
Mais uma vez, a guerrilha afirmou estar disposta a dialogar com o governo, mas rejeitou as condições do presidente Santos, que incluem a libertação de reféns, a suspensão das hostilidades, entrega das armas e reintegração dos combatentes à vida civil.
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