Avião militar KC-390, ainda em fase de projeto, já despertou interesse dos governos de países como Colômbia, Portugal e República Checa
O Ministério da Defesa da Argentina assina em outubro uma carta de intenções para a participar no programa de desenvolvimento do jato militar KC-390, da Embraer, projeto de avião para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo. O chefe de Gabinete do Ministério, Raúl Alberto Garré, afirmou à Agência Estado que a Força Aérea Argentina (FAA) tem uma demanda inicial estimada em cinco cargueiros.
"Estamos sujeitos ao resultado do ciclo de planejamento, mas calculamos que vamos precisar de mais ou menos uns cinco aviões", disse. O primeiro plano estratégico da antiga fábrica militar, rebatizada como Fábrica de Aviões de Córdoba (Fadea), depois de sua estatização, em 2009, será apresentado no final deste ano, e contempla um período de cinco anos, a partir de 2011.
Garré disse que a Argentina aposta em ter uma participação ativa, como sócio de risco, na engenharia de protótipos e produção de peças e compra dos aviões. "A nossa ideia é participar desde a origem do desenvolvimento do projeto, ser fornecedores de peças do avião e, obviamente ser compradores", ressaltou. Neste sentido, a carta de intenções entre os dois países será assinada entre os dias 28 e 29 do próximo mês, quando está prevista a reunião do grupo de trabalho conjunto.
Custos. Ele antecipou que os detalhes específicos sobre o peso da Argentina no projeto não serão definidos nesse documento. "Ainda há um longo caminho para percorrer nesse assunto", reconheceu, afirmando que "a Embraer já pediu à Fadea o orçamento de algumas peças possíveis do novo modelo para ver se os custos de produção são compatíveis com a necessidade de desenvolvimento do projeto".
Ainda em fase de desenvolvimento, o KC-390 vem se mostrando um grande sucesso. Além do Brasil, com interesse em 28 aviões, e a Argentina, com 5, também já anunciaram sua intenção de compra Portugal (6 aviões), Chile (6), Colômbia (12) e República Checa (2).
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