Yukiya Amano, chefe da AEIA |
Já são mais de dois anos desde que a agência recebeu acesso pela última vez ao local, bombardeado por Israel em 2007. A Síria, aliada do Irã, nega ter tido alguma vez um programa para o desenvolvimento de bombas nucleares.
"Com o tempo, alguma informação necessária pode se deteriorar ou se perder por completo", escreveu o chefe da AIEA, Yukiya Amano, em relatório confidencial obtido pela Reuters.
Relatórios da inteligência norte-americana sinalizam que o local, conhecido como al-Kibar ou Dair Alzour, era um incipiente reator nuclear desenhado pela Coreia do Norte para produzir combustível atômico.
Neste ano, a AIEA validou suspeitas de que ocorreram atividades atômicas ilícitas na instalação, afirmando que seus inspetores encontraram rastros de urânio em uma visita realizada em 2008.
"Os elementos do edifício e sua conectividade para esfriamento adequado são similares ao que poderíamos achar em uma instalação nuclear", afirmou o último relatório.
A agência deseja inspecionar novamente o local para obter amostras dos escombros removidos imediatamente após o ataque aéreo.
Amano instou a Síria a cooperar e criticou seu governo por não prover documentos relacionados o local de Dair Alzour, sobre o qual fez somente declarações "limitadas em detalhes".
Também reiterou seu chamado para que a AIEA tenha acesso a três outras instalações sírias sob controle militar, cujas aparências foram alteradas por jardins quando os funcionários da ONU solicitaram uma visita.
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