Americanos testam equipamento que pode transformar militares em máquinas de guerra com força e resistência sobre-humanas
Batizado de Hulc (sigla em inglês para carregador humano universal), o exoesqueleto está nos sonhos do maior Exército do mundo há décadas. No início dos anos 2000, dois inventores americanos entraram em uma briga de gente grande para conquistar esse mercado. Em 2004, no entanto, o engenheiro mecânico Hami Kazerooni, então da Universidade de Berkeley, saiu na frente e apresentou um protótipo capaz de seduzir os capitalistas da guerra. Depois de abrir sua própria empresa, associou-se ao gigante do setor de armamentos Lockheed Martin e passou um bom tempo aprimorando o seu invento. O resultado foi apresentado no ano passado e impressionou os especialistas graças a duas qualidades fundamentais: sua mobilidade e seu controle altamente intuitivo.
Segundo o fabricante, o Hulc não é operado por nenhum tipo de controle manual. Sensores espalhados pela máquina antecipam o movimento do operador e fazem com que os seus músculos hidráulicos entrem em ação – seja na hora de carregar algo, seja ao caminhar longas distâncias ou até mesmo ao correr em velocidades que podem alcançar 16 km/h. Mesmo sem ter extensões acopladas aos braços do soldado, o sistema, instalado em uma mochila nas costas do usuário, transfere a carga para as suas pernas sem que ele perceba.
Outro ponto primordial para o sucesso do invento é sua autonomia. Dotado de uma bateria de lítio similar à dos celulares, mas muito mais potente, ele deixa o soldado totalmente desconectado de fontes de energia. No videodemonstração disponível no site de ISTOÉ é possível ver paramilitares em campo com agilidade digna de um super-herói. Agora, é a vez de o Exército americano fazer suas avaliações. “Os testes biomecânicos vão medir a energia gasta por um soldado ao usar o Hulc”, afirma um comunicado oficial da Lockheed Martin. Eles também mostrarão quanto tempo os usuários levarão para aprender a controlar o exoesqueleto ao carregar pesos variados e movimentar-se em velocidades distintas.
A novidade é apenas mais uma das desenvolvidas pela iniciativa privada sob encomenda do Pentágono. Há tempos os militares americanos contam com o auxílio da alta tecnologia para amplificar seus sentidos – vide os óculos de visão noturna – ou localizar-se – via GPS, por exemplo. Além disso, um órgão governamental trabalha exclusivamente na criação de novas tecnologias de guerra. Trata-se da Darpa (sigla em inglês para Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa).
De lá surgiu outra invenção que promete ajudar os militares americanos – mais especificamente, aqueles que sofreram na carne o flagelo da batalha. Também na semana passada, a Darpa anunciou que testará o primeiro braço mecânico totalmente operado pelo cérebro humano, muito provavelmente com a ajuda de soldados mutilados.
Resta saber quem serão os inimigos que esses verdadeiros robocops enfrentarão nas batalhas de um futuro cada vez mais próximo.
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