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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mísseis americanos Tomahawk são implantados próximo a China para enviar mensagem

Se os satélites chineses e espiões estavam trabalhando devidamente, então houve uma avalanche de informação inquietante, na semana passada, para a sede da Armada Chinesa, em Pequim. Uma nova classe americana de super-arma, apareceu nas proximidades. Se trata de um submarino da classe Ohio, que durante décadas apontou seus mísseis nucleares contra a URSS e em seguida para a Rússia. Mas essa é diferente: durante quase 3 anos, a Armada Americana modificou a doutrina dos submarinos lançadores de mísseis. Quatro dos 18 submarinos SSBN já não carregam mais mísseis nucleares Trident. Em vez disso, carregam até 154 mísseis de cruzeiro Tomahawk, capaz de atingir qualquer coisa num raio de 1.000 milhas (1,609 km aprox.)

Sua capacidade faz ver estes submarinos em particulares de forma interessante. Os 14 submarinos com mísseis nucleares Trident são úteis apenas no improvável Armageddon nuclear, e Rússia continuar a ser o primeiro alvo. Mas os 4 submarinos que carregam mísseis de cruzeiro Tomahawk, transportam uma arma que os militares americanos têm usado repetidamente em alvos no Afeganistão, Bósnia, Iraque e Sudão.

É por isso que sinos alarmantes teria soado em Pequim, em 28 de junho, quando o USS Ohio SSGN-726 apareceu na Baía de Subic, nas Filipinas.Mais alarmes, provavelmente soaram, quando o USS Michigan SSGN-727 chegou em Pusan, Coréia do Sul, no mesmo dia. E os Klaxons chegaram ao máximo, quando o USS Florida SSGN-728 subiu a superfície, também no mesmo dia, na base naval conjunta américo-britânica de Diego Garcia, no Oceano Índico. No total, os militares chineses despertaram para encontrar 462 novos Tomahawks, implantados pelos EUA em sua vizinhança. "Houve uma decisão de reforçar as nossas forças no Pacífico", diz Bonnie Glaser, um especialista na China Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington. "Não há dúvida de que a China vai se levantar e tomar nota."

Oficiais americanos negam que qualquer mensagem está sendo dirigida à Pequim, dizem ainda que a ‘tripla de Tomahawk’ fora obra do acaso. Mas eles garantem que a notícia a respeito da implementação dos submarinos chegou no dia 4 de julho ao South China Morning Post, baseado em Pequim. Os chineses tomaram conhecimento em silêncio. "No momento, as aspirações comuns dos países da Ásia e do Pacífico é buscar a paz, estabilidade e segurança regional", disse Wang Baodong, disse na quarta-feira, um porta-voz da embaixada chinesa em Washington. "Esperamos que as atividades militares relevantes americanas servirão para a paz, estabilidade e segurança, e não o contrário."

No mês passado, a Marinha anunciou que os quatro submarinos convergidos para lançarem mísseis Tomahawk, foram implantados operacionalmente longe de seus portos de origem pela primeira vez. Cada submarino tem “o poder de fogo dos navios múltiplos de superfície”, disse capitão de submarino Tracy Howard, do Squadron 16, em Kings Bay, na Georgia, e pode “responder a diversas ameaças a curto prazo”, concluiu.

O movimento faz parte de uma política do governo americano para substituir o poder de fogo do Atlântico para o teatro do Pacífico, que Washington vê como o foco militar do século 21. Com a redução das tensões da Guerra Fria, fez com os EUA reduzirem a implementação de armas nucleares, com isso a Marinha Americana reduziu sua frota de Trident de 18 para 14.

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