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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Cameron compara Gaza a "campo de prisioneiros"

Para premiê britânico, situação criada por bloqueio de Israel a território palestino desde 2007 exige mudanças

Em discurso em Ancara, conservador faz ainda defesa enfática da entrada da Turquia na União Europeia


O premiê britânico, David Cameron, fez um discurso ontem em Ancara, capital da Turquia, que de um lado enfurece Israel, França e Alemanha e, de outro, adula os turcos e agrada aos EUA, que temem perder a Turquia como a grande aliada do Ocidente no mundo islâmico.

O ataque a Israel foi mais duro. Cameron disse que a faixa de Gaza se transformou num "campo de prisioneiros" para os palestinos, com o bloqueio imposto pelo governo israelense.

"A situação em Gaza precisa mudar. Não se pode permitir que continue um campo de prisioneiros", afirmou.



Não é a primeira vez que Cameron critica o bloqueio, imposto em 2007 e que impede o livre trânsito de pessoas e mercadorias. Mas foi a primeira vez que usou a expressão "prison camp".

Depois o premiê chamou de inaceitável o ataque de Israel a uma frota turca que levava ajuda humanitária aos palestinos. Nove pessoas morreram no ataque, e as relações entre Turquia e Israel se deterioraram.

O embaixador de Israel no Reino Unido, Ron Prosor, criticou Cameron e afirmou que o Hamas, organização islâmica que controla Gaza, é que deve ser responsabilizado pela situação na região.

"As pessoas de Gaza são prisioneiras da organização terrorista Hamas."

Entrada na UE

Cameron fez também uma enfática defesa da entrada da Turquia na União Europeia, cujas negociações se arrastam desde 2005. França e Alemanha são os principais opositores da adesão turca.

O britânico diz que fica irritado ao ver que existe um jogo duplo: a UE se beneficia do poderio militar da Turquia para defender seu território, mas não permite seu acesso ao mercado comum.

A viagem do primeiro-ministro à Turquia ocorre logo após ele voltar dos EUA, onde esteve com o presidente Barack Obama. Os EUA têm dito que, ao fechar a porta para a Turquia, a UE está empurrando o país, de maioria islâmica, para o mundo árabe-muçulmano.

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