Irá pode optar por armamento chinês depois que Moscou se negou a vender o sistema S-300
O Irã pode optar por armamento chinês dois da recusa de Moscou em vender o sistema S-300, escreve hoje o jornal russo Nezavisimaya Gazeta.
Com sua negativa de fornecer os mísseis, a Rússia obriga o Irã a comprar armas da China e perde um importante comprador. As perdas de Moscou alcançaram o preço do contrato, mas as multas previstas nesses casos.
É pouco provável que Teerã aceite firmar novos acordos com Moscou. A República Islâmica elegerá a China como seu fornecedor alternativo de armamento. As perdas que a Rússia sofrerá pelo rompimento da cooperação militar com o Irã, alcançaram 300 a 500 milhões de dólares ao ano.
Moscou decidiu suspender o fornecimento de mísseis anti-aéreos S-300 ao Irã em 17 de junho passado em virtude das sanções que o CS-ONU aprovou contra Teerã.
O presidente do comitê de assuntos internacionais da Duma (câmara dos deputados), Konstantin Kosacho, declarou que o S-300 era um sistema defensivo e portanto não estaria sujeito as sanções. Pouco depois foi confirmado pelo porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores da Rússia, Andrey Nesterenko.
Especialistas divergem sobre as perdas que Moscou terá com o rompimento da cooperação militar com Teerã. O diretor da Fundação de Segurança Energética Nacional, Konstatin Simonov, assegura que o bloqueio econômico ao Irã é vantajoso para Rússia, porque a política que Teerã aplica contradiz os interesses de Moscou.
“Como produtor de gás, o Irã representa um perigo muito maior do que o Qatar, que fornece ao mercado mundial gás natural liquefeito”, disse Simonov.
Ao mesmo tempo, o diretor do Centro de Estudos Iranianos, Rajab Safarov, considera que a decisão de suspender o fornecimento de mísseis ao Irã foi pouco razoável.
“A postura anti-iraniana põe em perigo os projetos bilatérias, obrigando as empresas russas a abandonar o mercado iraniano. Contudo, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, está decidido em continuar e desenvolver ainda mais a cooperação com a Rússia”, disse o especialista.
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