Rafik al Hariri e seu filho Saad al Hariri |
As declarações foram publicadas na segunda-feira pelo jornal Asharq al Awsat. A Síria repetidamente rejeita as acusações de envolvimento no atentado que matou o ex-premiê libanês Rafik al Hariri e 22 outras pessoas em fevereiro de 2005, em Beirute.
O crime causou uma reação doméstica e internacional que obrigou o presidente sírio, Bashar al Assad, a retirar suas tropas do Líbano, encerrando mais de três décadas de presença militar no país vizinho.
Uma vez no poder, Hariri promoveu uma reaproximação com Damasco, fazendo várias visitas a Assad no ano passado e salientando a necessidade de o Líbano ter relações sólidas com a Síria.
"Avaliamos os erros que cometemos com a Síria, que fizeram mal ao povo sírio e às relações aos dois países", disse Hariri ao jornal. "A certa altura cometemos erros e acusamos a Síria pelo assassinato do martirizado premiê. Essa foi uma acusação política, e essa acusação política acabou."
Uma investigação da ONU implicou a Síria no crime, e a imprensa diz que um promotor da ONU pode indiciar membros do grupo militante xiita Hezbollah, que tem apoio do governo sírio. O Hezbollah nega envolvimento no crime e diz que o tribunal da ONU que irá julgar o caso é parte de um projeto israelense. Já Hariri defende a independência da corte.
A discussão sobre esse tribunal e a possibilidade de indiciamento de membros do Hezbollah abala o frágil governo libanês de unidade nacional, que é comandado pelo pró-ocidental Hariri, mas inclui ministros do Hezbollah.
"O tribunal não está vinculado às acusações políticas, que foram apressadas (...). O tribunal só irá examinar as provas," disse Hariri ao jornal.
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